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domingo, 31 de maio de 2009
Pentecostes - Celebração do fogo do amor
“Pentecostes é a celebração do fogo do amor que pervaga os corações dos fiéis elevando a nível “teológico” sua bondade natural ou sua filantropia”. Gianfranco Ravasi
O homem, por sua própria natureza é bom. Tornou-se capaz do mal quando foi contaminado pelo demônio com o vírus do pecado. Assim como o homem só é livre para a verdade: somos livremente obrigados à verdade (a dizer que dois e dois são quatro) somos também livres apenas para o bem. O homem só pratica o mal quando perde sua liberdade interior.
O Espírito Santo, simbolizado no vento forte e no fogo, limpa e purifica o coração humano. Anestesia o vírus do egoísmo e torna a pessoa capaz da prática do bem com uma força bem maior e diferente na sua qualidade: o amor do céu.
O batizado, cheio do Espírito Santo passa a sentir uma necessidade de fazer o bem, de ajudar, de promover o fraco, o doente, o pobre, o esquecido, o solitário e todo aquele que experimenta alguma forma de sofrimento. O Espírito Santo infunde na pessoa uma necessidade da prática do bem como a necessidade de respirar. O ser humano torna-se apaixonado pela prática do bem. Sua alegria é levar alegria aos outros. Sua felicidade é conseguir fazer os outros felizes (Festa de Babete – filme de Just Betzer, de Isak Dinesen).
Uma pessoa sem o Espírito Santo é como um filme sem cor e sem som, sem legendas. Difícil de ser entendido naquilo que ele quer ser, significar e transmitir. A presença do Divino Espírito Santo leva a criatura humana à plenitude da realização de toda sua potencialidade enquanto imagem e semelhança de Deus. Mesmo em suas limitações físicas (doença, finanças, incompreensões) a pessoa sente uma alegria íntima de viver, de existir, de ser para os outros, de poder transformar, para melhor, o mundo humano ao seu redor.
Dom João Bosco (Bispo de Patos de Minas)
Publicado no Portal da Catequese Católica
sábado, 30 de maio de 2009
O que é a Festa de Pentecostes?
A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).
No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.
Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.
Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.
Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.
O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.
Publicado no Portal da Comunidade Católica Shalom
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Maio e Pentecostes
O final do mês de maio, com tantas celebrações tradicionais e marianas nos traz o encerramento da Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos e a grande Solenidade de Pentecostes. Que aquela que soube dizer “sim” ao chamado de Deus e viu em sua vida a ação do Espírito Santo fazer nascer o Filho de Deus nos ajude com seu exemplo a buscarmos a Unidade.
Pentecostes comunica ao nosso coração o ânimo novo para a missão, trazendo à nossa memória a mesma alegria dos apóstolos ao saírem do Cenáculo plenos do Espírito Santo, com coragem e ardor para serem testemunhas do Cristo Ressuscitado. Traz também a certeza da ação desse mesmo Espírito na caminhada da Igreja, dando possibilidade de vivermos em unidade em meio a tantas diversidades. Pentecostes é o contrário de Babel, pois da confusão das línguas o anúncio do Evangelho tornou-se possível para que todos compreendessem a grande notícia. É pela ação do Espírito Santo que temos a certeza de que as transformações profundas podem ocorrer em nossas vidas e também na face da terra. E é esse mesmo Espírito que, dando vida para todos, nos faz felizes e animados mesmo diante das dificuldades e problemas de cada dia.
O cristão é a pessoa da esperança, porque está alicerçado na certeza da ressurreição de Jesus e é iluminado pela ação do Espírito Santo.
Acredito que a palavra do apóstolo deste domingo – “há diversidade de ministérios, atividades, dons, mas o Espírito é o mesmo, como o corpo é um, embora tenha muitos membros” – pode marcar a nossa existência e caminhada.
Um dos mais belos e comoventes sinais que a Igreja pode dar ao mundo é justamente esse: o da Unidade! E não é à toa que no Brasil esta semana que antecede a Solenidade de Pentecostes foi também escolhida como a Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos.
Temos a busca e a necessidade de vivermos unidos enquanto cristãos! E isso é ainda mais sentido em nossa caminhada como Igreja, ou seja, no interior da Igreja somos chamados a viver na unidade em meio à diversidade.
São muitos os carismas, dons e serviços que hoje existem na Igreja, mas se não formos unidos acabamos perdendo a potência em sermos sinais do Cristo. As divisões e críticas entre nós demonstram a dificuldade dessa vivência de comunhão, de aceitação das pessoas entre si, do acolhimento da diversidade.
O grande desafio é o saber viver nessa comunhão com o coração desarmado e abrindo-nos à alegria de podermos conviver uns com os outros como irmãos que se amam e se aceitam no Senhor. Tenho visto belíssimos exemplos de pessoas felizes que assim vivem, trazendo em seus corações apenas a paz e a fraternidade. A construção de um mundo novo passa por pessoas que fazem essa experiência e a vivem com generosidade. Descobriram que é possível a convivência entre os diferentes e que, longe de ser problema, isso é um grande enriquecimento da vida e de nossas práticas.
Não é fácil e nem simples viver assim! As nossas tendências são justamente ao contrário de tudo isso: queremos nos vingar, retribuir o mal com o mal, aproveitar para levar vantagem em tudo. Eis os desafios de nosso problemático tempo – como levar adiante esse trabalho e ajudar para que no interior de nossas comunidades vivam todos na alegria e na paz.
Não somos ingênuos diante de um mundo competitivo que nos faz a cada instante disputar um lugar ao sol, mas sabemos que com corações novos poderemos ver brilhar a alegria de vidas novas compartilhando momentos difíceis sem nos acusarmos uns aos outros, e alegrias enormes sem egoísmo e compartilhando belos momentos.
Em Pentecostes, a ganância e o egoísmo humano, representados por Babel quando ninguém se entende, foram vencidos pela unidade e entendimento para que a humanidade unida e fraterna dê testemunho do Senhor! Que se renove Pentecostes nos corações, nas famílias, nas comunidades e em nosso mundo!
Publicado no portal da Comunidade Católica Shalom
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Viver em intimidade com Espírito Santo
“Vinde Espírito Santo, vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração de Maria, Vossa amadíssima esposa”.
Nesse tempo de caminho dentro no ministério de música e do serviço à Igreja, de forma geral, aprendi que todos nós desejamos ser instrumentos eficazes nas mãos de Deus. Esforçamo-nos para dar o melhor de nós e rezamos ao Pai que nos unja no exercício do nosso ministério. Não é mesmo?
Nós temos consciência de que é a ação do Espírito Santo em nós que nos possibilita experimentar o toque de Deus e, por consequência, a eficácia da missão. Daí sempre clamarmos a presença do Divino Espírito sobre nós, sobre nosso ministério, sobre todas as pessoas.
Estamos finalizando o mês de maio e nos aproximando da Festa de Pentecostes. Durante este mês nós conversamos um pouco sobre a importância de Maria, nossa Mãe e Mãe de Deus, para nos ensinar e nos ajudar a sermos servos e ministros do Senhor e do Seu Reino. Portanto, hoje, quero recordar-lhes que a Santíssima Virgem Maria, a Esposa do Espírito Santo, estava também reunida em oração quando do derramamento d'Ele sobre os apóstolos em Pentecostes.
Maria, a amadíssima esposa do Divino Espírito, intercede ainda hoje para que nós também sejamos batizados n'Ele e façamos a experiência de intimidade com Deus.
Ora, tendo consciência de que somente por um relacionamento com a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade nos tornamos ungidos, precisamos clamá-Lo todos os dias e em todos os momentos, não somente quando formos exercer o ministério, mas também nas funções do dia-a-dia, pois Ele nos santifica.
De várias orações que a Igreja possui para clamá-Lo, uma das mais belas é a que acima foi citada. É por meio da intercessão da Virgem Maria que pedimos ao Espírito Santo que venha sobre nós e fique conosco.
Portanto, meu irmão, a intimidade com Nossa Senhora também nos possibilita uma intimidade com o Espírito Santo Paráclito. Duas coisas ficam para nós hoje: sempre clamarmos o Espírito Santo e perseverarmos na amizade com a Virgem Mãe de Deus, nossa Mãe.
Que você, pelas mãos de Maria, seja repleto do Espírito Santo hoje e sempre!
Com orações,
Emanuel Stênio
Comunidade Canção Nova
Só em Deus encontramos repouso
Jesus quer nos dar muitas coisas, mas o mais importante é a vida eterna
No livro dos Números, Deus convocou o povo para reunir 80 homens na tenda de reunião. Enquanto isso, fora do acampamento, outros dois homens ficaram cheios do Espírito Santo e eles começaram a profetizar. Não há obstáculos para Jesus, mesmo quando Ele encontra as portas fechadas. Mesmo as pessoas que não estão aqui presentes, o Senhor vai a todos os lugares e você pode encontrá-Lo mesmo que as portas estejam fechadas.
Jesus disse: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” (Mateus 11, 28-30).
Quantos de nós experimentamos o cansaço em meio ao mundo de hoje. O Senhor nos propôs uma cura nessa passagem bíblica, mas na dimensão da fé. Nosso Senhor Jesus Cristo, vivo e ressuscitado, está no meio de nós. D'Ele ouvimos o convite: “Vinde a mim!” Você pode se perguntar: devo ir aonde?
Hoje em dia, muitos se apresentam como a solução para os seus problemas. Por isso precisamos tomar cuidado para não sermos enganados por pessoas que estão pensando somente em seus próprios interesses. Jesus tem para nós algo muito melhor, porém, para isso, você tem que deixar aqui o seu “homem velho”. Muitas pessoas deixaram de seguir o Senhor porque não foram atendidas na hora.
Jesus quer nos dar muitas coisas, mas o mais importante é a vida eterna. O restante é acréscimo, por isso, muitas vezes, não recebemos o que pedimos, porque para nós o mais importante é o Reio dos Céus. Santo Agostinho afirma que de nada adianta viver bem, se não viver eternamente.
A nossa presente tribulação, momentânea e passageira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável. Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem.
Há uns 800 anos, São Francisco disse: “Meus filhos, grandes coisas prometemos a Deus, mas muito maiores são as que Ele nos prometeu. Pequena é a pena, o sofrimento do tempo presente, mas a glória que nos espera é infinita”.
Quando não acreditamos na vida eterna, qualquer sofrimento parece ser insuportável. Mas quando acreditamos nela, o que são os sofrimentos da vida diante dos bens eternos?
Faço um apelo para sua fé: as coisas visíveis são momentâneas, mas os que Deus quer nos oferecer é eterno. Vale a pena dar a vida por aquilo que é eterno!
marciomendes@cancaonova.com
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quarta-feira, 27 de maio de 2009
Quem é o Espírito Santo?
O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, quando o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa. O Senhor Jesus no-lo apresenta e se refere a Ele não como uma potência impessoal, mas como uma Pessoa diferente, com seu próprio atuar e um caráter pessoal.
O Espírito Santo, o Dom de Deus
"Deus é Amor" (Jo 4,8-16) e o Amor que é o primeiro Dom, contém todos os demais. Este amor "Deus o derramou em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5).
Poste que morremos, ou ao menos, fomos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do Dom do Amor é a remissão de nossos pecados. A Comunhão com o Espírito Santo, "A graça do Senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunicação do Espírito Santo sejam todos vossos" (2Cor 13,13;) é a que, na Igreja, volta a dar ao batizados a semelhança divina perdida com o pecado.
Pelo Espírito Santo nós podemos dizer que "Jesus é o Senhor", quer dizer para entrar em contato com Cristo é necessário Ter sido atraído pelo Espírito Santo.
Mediante o Batismo nos é dado a graça do novo nascimento em Deus Pai por meio de seu Filho no Espírito Santo. Porque os que são portadores do Espírito de Deus são conduzidos ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver ao Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se alcança pelo Espírito Santo.
Vida e Fé. O Espírito Santo com sua graça é o "primeiro" que nos desperta na fé e nos inicia na vida nova. Ele é quem nos precede e desperta em nós a fé. Entretanto, é o "último" na revelação das pessoas da Santíssima Trindade.
O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo do Desígnio de nossa salvação e até sua consumação. Somente nos "últimos tempos", inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, é quando o Espírito se revela e nos é dado, e é reconhecido e acolhido como Pessoa.
O Paráclito. Palavra do grego "parakletos", o mediador, o defensor, o consolador. Jesus nos apresenta ao Espírito Santo dizendo: "O Pai vos dará outro Paráclito" (Jo 14,16). O advogado defensor é aquele que, pondo-se de parte dos que são culpáveis devido a seus pecados os defende do castigo merecido, os salva do perigo de perder a vida e a salvação eterna. Isto é o que Cristo realizou, e o Espírito Santo é chamado "outro paráclito" porque continua fazendo operante a redenção com a que Cristo nos livrou do pecado e da morte eterna.
Espírito da Verdade: Jesus afirma de si mesmo: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). E ao prometer o Espírito Santo naquele "discurso de despedida" com seus apóstolos na Última Ceia, diz que será quem depois de sua partida, manterá entre os discípulos a mesma verdade que Ele anunciou e revelou.
O Paráclito, é a verdade, como o é Cristo. Os campos de ação em que atua o Espírito Santo são o espírito humano e a história do mundo. A distinção entre a verdade e o erro é o primeiro momento de tal atuação.
Permanecer e atuar na verdade é o problema essencial para os Apóstolos e para os discípulos de Cristo, desde os primeiros anos da Igreja até o final dos tempos, e é o Espírito Santo quem torna possível que a verdade sobre Deus, o homem e seu destino, chegue até nossos dias sem alterações.
Publicado no Portal A Catequese Católica
terça-feira, 26 de maio de 2009
Maria - modelo para os cristãos
Para todos nós, ela é modelo de fé e de oração, de contemplação do mistério divino. É a mulher obediente à Palavra de Deus, de quem Isabel testemunhou: “Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”. (Lc 1, 45) É modelo de amor e doação, que se põe a caminho para servir a prima Isabel, que está a serviço e preocu- pada com os noivos nas Bodas de Caná. É a mãe terna que ampara e protege seus filhos e sempre nos aconselha para que sejamos fiéis a Jesus: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2, 5)
O carinho do povo por Maria faz com que ela seja louvada de diferen- tes maneiras, com diversos títulos. É o cumprimento da profecia que fez em seu cântico do Magnificat: “To- das as gerações me chamarão bem- aventurada.” (Lc 1, 48) O importante é que esse amor não se reduza a devocionismos ou meras celebra- ções festivas, mas se concretize na vivência do evangelho de seu Filho Divino. A verdadeira devoção a Maria se manifesta na imitação de suas virtudes, praticando os ensina- mentos de Jesus. A verdadeira devoção, também, reconhece que Maria é importante, mas é a segunda no plano da salvação. O primeiro lugar pertence a Jesus.
Ressalte-se, também, que Maria é uma mulher que viveu plenamente sua feminilidade. Muitas vezes os louvores que lhe tributamos pare- cem ofuscar esta verdade: ela é uma mulher simples, humilde, engajada na vida do povo. Mulher pobre, da periferia, que viveu a migração e a exclusão. Mãe zelosa, que cuidou de Jesus com afeto e dedicação, trocando suas fraldas, ajudando-o a dar os primeiros passos, cuidan- do de sua roupa e alimentação, ensinando as lições da vida, enfim, fazendo o mesmo que nossas mães fazem. Mulher forte aos pés da cruz e ao receber em seus braços o corpo exangue de seu Filho querido.
Ela nos convida a rezar e a lou- var: “Minha alma glorifica o Senhor e exulta meu espírito em Deus meu Salvador”. (Lc 1, 46-47) Mas tam- bém nos convida a empenhar na luta pela justiça, pela construção de um mundo novo, numa clara opção pelos pobres e marginaliza- dos, os seus filhos prediletos. Pois no seu cântico nos recorda de que lado Deus e ela estão: “Derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.” (Lc 1, 52-53)
Maria é muito importante na vida de Jesus e deve ser também em nossa vida. Ela é a cristã autêntica, comprometida com o Reino de Deus, sempre dócil e obediente à vontade do Senhor. Modelo de Igre- ja, modelo para todos os cristãos.
Muitos já falaram das maravilhas espirituais de Maria. É preciso, também, que lembremos suas outras dimensões. O fundamental é proclamá-la mãe de Deus, da Igreja e de toda a humanidade. Proclamá- la como imaculada, pura, santa, mas também como pessoa forte, corajosa, que assumiu plenamente seu papel de mulher e de mãe.
Publicado no Portal A Catequse Católica
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Crianças de Ruas - Anjos de Ruas (Rosa de Saron)
Video que retrata crianças de rua no mundo, com cenas do filme Jesus de Nazare, ao som da musica Anjos das Ruas da Banda Rosa de Saron.
"Já se consumiram os meus olhos com lágrimas, turbadas estão as minhas entranhas, o meu fígado se derramou pela terra por causa do quebrantamento da filha do meu povo; pois desfalecem o menino e a criança de peito pelas ruas da cidade."
Lamentações 2:11
Procurado e Amado por Deus
Ninguém duvida que o ser humano seja o único dotado de liberdade e de vontade, capaz de dizer "sim" e "não", de construir o seu futuro na paz ou de destruir o seu presente, ameaçando o amanhã através da guerra e da destruição mais brutal. Nenhum animal, por mais feroz que fosse, inventou os campos de concentração ou lançou a bomba atômica sobre os outros animais. É verdade que os animais defendem os seus territórios, mas não abortam os filhos que a natureza lhes concede.
A inteligência humana é de uma capacidade tal que não é possível medir e que, de vez em quando, dominada pelo orgulho, é tentada a substituir Deus. Essa mesma inteligência crê-se no direito de ultrapassar qualquer limite e de satisfazer qualquer capricho e sonho, até de clonar o ser humano.
O ser humano, corajoso navegador nos mares do saber, é grande à medida que sabe ser humilde. A humildade não humilha, mas enaltece aquele que é consciente de que há limite em tudo e que, por trás de todas as coisas, está sempre o desconhecido, o mistério que só pode acolher na fé pura quem ama.
Por trás de todas as coisas que vemos está sempre o ser humano. Quando contemplamos os outdors luminosos que enfeitam as ruas e avenidas das grandes cidades, por trás deles está o homem que os pensou e realizou. Quando paramos extasiados contemplando uma pintura, uma obra de arte, por trás dela está o ser humano que com sua inteligência soube traduzir numa forma plástica e harmônica algo que nos convida à paz ou infunde em nós o horror para com o mal... Por trás de tudo está o ser humano, desejoso de ir sempre além. Assim é em todas as ciências: da medicina à arte, à arquitetura, à astronomia, à agricultura transgênica...
Tudo leva-nos a gritar com o salmista: "Que maravilha sou eu, Senhor". Saber maravilhar-se humildemente do que somos capazes de fazer não é orgulho, mas humildade. Humildade é caminhar na verdade, na busca da única verdade que nos liberta e nos faz adoradores do Deus escondido e presente.
Onde estás? ... O que fizeste?
Mas por trás de todo homem está Deus, o Criador. Sem Ele nada existiria. O homem, para ser feliz, deve procurar a sua origem, o seu criador, a fonte de sua existência, este desejo que angustia e, em certo momento, faz-se dramático. É o único caminho da plenitude e da realização. Quem não tem fé sente-se necessariamente incompleto. Esta experiência de sentir-se incompleto e vazio não sou eu que afirmo, mas os filósofos de todos os povos e os teólogos de todas as religiões. A religião não é ópio e alienante, é necessidade para suprir a nossa deficiência. Deus nos criou necessitados e pobres, e isto faz parte da verdadeira antropologia. É o nosso DNA que, para ser pleno, deve estar ligado ao mistério.
Quanto mais estamos doentes, mais desejamos a saúde; quanto mais nas trevas, mais desejamos a luz. Assim, quanto mais estamos longe de Deus, consciente ou inconscientemente, mais o buscamos para dialogar com Ele.
Quando o homem descobre que está nu e tenta fugir de Deus, escondendo-se como nos relata o Gênesis, Deus sai do seu silêncio e vai à procura da criatura, criada por Ele por amor e feita à sua imagem e semelhança. Deus jamais poderá esquecer-se daquele que foi criado por amor e no amor. O amor é incapaz de esquecer. A memória do amor é mais forte do que a morte, recorda-nos o Cântico dos cânticos.
"Deus é o primeiro a chamar o homem. Ainda que o homem esqueça o seu criador ou se esconda longe de sua face; ainda que corra atrás de seus ídolos ou acuse a divindade de tê-lo abandonado, o Deus vivo e verdadeiro chama incessantemente cada pessoa ao encontro misterioso da oração. Essa atitude de amor fiel vem sempre em primeiro lugar na oração. A atitude do homem é sempre resposta a esse amor fiel" (Cat, 2567).
É necessário, para poder entrar no dinamismo da oração, sentir-se procurado e amado por Deus. Nós fugimos, mas alguém corre atrás de nós para que voltemos para a casa de onde saímos: o coração de Deus. Fora desta casa há frio, desolação, deserto, morte... Mas o homem geralmente gosta de "pedir as contas" a Deus Pai, como na parábola do filho pródigo, e percorrer outros caminhos, experimentar a brisa da falsa liberdade de fazer o que quer, de gerir a sua vida e de esbanjar o dom da graça. Mas, se for sincero consigo mesmo e com o Pai que abandonou, um dia, caindo em si mesmo, retomará o caminho da casa paterna.
O orante é quem percebeu a própria "nudez", a fragilidade, e escondeu-se para não se deixar ver tão miserável por Deus, que o havia criado tão belo, rico e bonito. Deus vem à nossa procura no nosso esconderijo de pecado e de dor, para reiniciar conosco um diálogo que nós mesmos interrompemos. É o que os místicos nos dizem constantemente: "Se é verdade que o homem procura a Deus, ainda é mais verdade que Deus procura o homem" (São João da Cruz). O próprio Jesus sai do coração do Pai para vir ao nosso encontro, para reatar conosco uma amizade que estava destruída pela força do pecado; e todos os profetas nos anunciam que o Senhor quer fazer conosco uma nova Aliança. Deus, em Jesus, veste-se da nossa humanidade para que não tenhamos medo, e vem nos procurar no deserto para reconduzir-nos ao redil, à casa paterna. Não podemos iniciar o caminho da oração se o orgulho, a auto-suficiência, a sede de poder e a soberba nos dominam.
Onde você se esconde? Quais são os pecados que lhe obrigam a "fugir de casa e se esconder", para que Deus não veja você na sua pobreza e miséria?
A oração nasce neste reencontro entre Deus, que nos busca, e nós que, medrosos, nos escondemos e insistimos em não querer voltar para casa. Só o amor é capaz de romper todas as barreiras do egoísmo humano.
A criação: primeiro livro da oração
Deus criou o universo e o colocou ao serviço do ser humano. Esta simples verdade comove-nos profundamente porque faz-nos compreender como nada teria sentido sem a presença do homem. Somente ele é capaz de agradecer, de louvar, de bendizer...de destruir. O primeiro livro que devemos aprender a ler, meditar e a transformar em oração é a criação, como obra-prima do amor criativo de Deus: "É sobretudo a partir da realidade da criação que se vive a oração" (Cat, 2569).
Vivemos numa sociedade da técnica, onde a criação se tornou simples ecologia e a defendemos não tanto por sua beleza e por uma necessidade contemplativa como escada e meio que nos elevam a louvar e a reconhecer a obra do Criador, mas puramente pela necessidade de sobrevivência. Hoje, mais do que nunca, sabemos que destruindo a natureza ou o ecossistema, estamos sujeitos a um suicídio coletivo. Se queremos continuar a viver, a habitar o planeta, devemos defender a natureza.
No entanto, não seriam necessárias leis para defender e cuidar da natureza se experimentássemos o amor por esta realidade que nos fala de Deus. A beleza do Criador se reflete nas suas criaturas. São Paulo da Cruz, em momento de íntima contemplação, gritava para as flores: "Vós falais mais forte de Deus do que eu". Deus nos dá o sentido contemplativo, amoroso, capaz do extasiamento diante de uma flor, descobrindo que o Criador das flores, dos campos, é muito mais belo que as flores.
Conta a história, não sei se é lenda ou realidade, que alguns filósofos iluministas insistiam em dizer que a necessidade de Deus não era outra coisa senão a projeção humana: "O homem 'criou Deus' e não Deus criou o homem". Para provar isto, isolaram uma criança num lugar bonito, com uma floresta linda e jardim com as mais belas flores. Colocaram perto da criança educadores ateus, que nunca e por nenhum motivo falassem para ela de Deus, de religião, do sobrenatural. Um dia, a criança estava brincando no jardim com uma flor e falava sozinha. Aproximou-se dela o educador, severo e ateu comprovado, e perguntou-lhe: "O que você está fazendo com esta flor e o que diz para ela?" A criança, com toda inocência, respondeu: "Digo: como tu és bela... mas quanto mais belo deve ser Aquele que te criou e te fez assim!"
Não é necessário que alguém nos fale de Deus. Nós o trazemos dentro de nós. É preciso somente debruçar-nos sobre as belezas da natureza para sentirmos o palpitar do coração e do amor do Senhor.
Francisco de Assis teve esta intuição contemplativa da presença cosmológica de Deus. Ele é o cantor livre e apaixonado do Deus presente nas coisas. Quem de nós não conhece o Cântico das criaturas? Para Francisco, todas as criaturas são irmãs e irmãos: "Louvado sejas, Senhor, por todas as tuas criaturas, principalmente o irmão sol que nos traz o dia e com o qual nos iluminas... Louvado sejas, Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas que puseste no céu, claras, preciosas e belas! Louvado sejas, Senhor, pelo irmão vento..."
Os Padres da Igreja, quando falam da criação, sempre comparam-na a um jardim onde Deus gosta de passear entre as suas criaturas para contemplá-las e por elas ser contemplado. A delícia de Deus é passear entre os homens.
São João da Cruz, no seu poema Cântico Espiritual, fala-nos com uma ternura impressionante da beleza da criação: "Ó bosques e espessuras, plantados pela mão de meu Amado! Ó prado de verduras, de flores esmaltado, dizei-me se por vós Ele há passado!" (C 4).
Teresa de Ávila tinha um sentido especial pela água; nela via a forma mais plástica da oração, necessária para regar o jardim de nossa alma. Os místicos orientais também têm um apreço especial para com a natureza.
Voltar ao essencial
A beleza artificial nos agride e aliena da verdadeira e autêntica beleza da criação, que é sempre pacificadora e harmoniosa. O canto dos pássaros não agride ninguém, ele chega à profundidade do nosso ser e nos harmoniza. O perfume das flores, o canto das cascatas e a voz rumorosa dos rios, a beleza da luz do sol e das estrelas pacificam o nosso espírito. Mas quem de nós não se sente agredido pelo som a todo volume de um rádio, de um CD, de um violão elétrico? Quem não se sentiu na vida agredido pela luzes multicores que quase nos cegam?... É necessário voltar ao essencial da natureza para podermos reaprender o caminho do diálogo com o Senhor criador.
Responda rápido a estas perguntas:
- Quanto tempo faz que você não olha o céu estrelado?
- Quanto tempo faz que não contempla uma flor desinteressadamente, e não na floricultura: com a flor nos olhos e a mão no bolso?
- Quanto tempo faz que não pára para escutar o canto de um pássaro?
- Quanto tempo faz que não fica sozinho num lugar solitário, prestando atenção à voz do vento, ao murmúrio da água, ao correr dançante de uma lagartixa?
Faça da natureza o seu livro de oração. É claro, a natureza não tem voz, não tem sentimentos, não tem energia (não acreditamos na Nova Era e em coisas semelhantes), mas ela tem a capacidade de falar-nos do Criador, e nós, homens e mulheres com sentimentos, damos voz e sentimentos a tudo o que está ao nosso redor.
Abra lenta e silenciosamente o livro da natureza e deixe que ele te ensine e te fale de Deus. Acolha a voz da natureza, deixe-se guiar por ela até o Criador. "Tudo que respira louve o Senhor! Aleluia!" (Sl 150,6).
Venha comigo, meu irmão, a um lugar separado, distante, para escutarmos a voz do silêncio e, depois de termos louvado o Senhor, voltarmos à cidade dos homens para falarmos de Deus com o nosso silêncio, que é sempre amor. Quando não soubermos como rezar, não nos esqueçamos nunca: é só olharmos os lírios dos campos, as aves do céu, o azul do firmamento, o brilho das estrelas... e eles nos dirão quem é o Senhor.
domingo, 24 de maio de 2009
Vencendo os medos, alcançando milagres
Eu não tenho dúvida que é porque Ele era portador de uma palavra capaz de deter o medo. Você sente medo de ser só, de ser traído, de ser injustiçado, medo de doença, medo de morrer. O medo é universal.
A presença de Deus na história ofereceu a humanidade um braço que pudesse nos sustentar no momento do medo e nos dar um alento.
E isso você experimenta na sua carne, na sua alma. E precisa gritar por alguém, porque não dá conta sozinho.
Jesus quando passava pelo povo, despertava isso. Aqueles que passavam por Jesus eram aliviados. “Vinde a mim todos vos que estais cansados e eu vos aliviarei”.
Jesus tinha o poder de fazer a pessoa se encorajar para a vida.
O medo começa a diminuir quando somos olhados nos olhos.
A psicologia nos ensina quando somos olhados do jeito certo cresce em nós a crença em nós mesmos.
O olhar é o lugar da nossa segurança. Se no medo não temos ao nosso lado quem nos ama, ou a quem olharmos, tudo se torna difícil.
Isso que fascinava em Jesus. Não era apenas a força de um argumento, de uma pregação. Mas pela força de um olhar Ele penetrava na pessoa e vivia o mesmo tempo que ela. Amar é viver o tempo do outro.
Minha mãe está idosa, velhinha, lenta. Está num tempo diferente. Eu ando depressa. Minha mãe não. Às vezes eu preciso olhar para trás para ver onde ela está.
A gente diminui o medo quando entramos no tempo do outro.
Você está devagar e com medo. Alguém segura na sua mão e diz: “Não se preocupe, estarei ao seu lado.” E você fala: “Mas você não tem que ir?” E ouve: “Tenho que ir, mas decidi ficar com você”. Essa pessoa aceitou sua lentidão e não dispensou você.
Na correria ninguém vai encontrar o outro. Ninguém vai livrar-se dos medos. Jesus quando passava transformava o tempo das pessoas.
Fico pensando no medo de Madalena. Passou a vida inteira sendo usada, um objeto. Como ela se enxergava? Pare para entrar no tempo da prostituta. Entre no tempo dela e pensa nos muitos medos que ela devia ter. Quantas doenças físicas ela devia trazer no corpo. Quantas doenças trazia na alma e no coração?
E Jesus olha pra ela, e a coloca em outro tempo, desacelerando o processo dos medos. Olhando pra ela um jeito novo.
Quando me deparo com meus limites e às vezes não consigo mudá-los, posso olhar pra eles de forma diferente.
Quantos de nós tem medo de mudança? Muitas vezes porque não sabemos encarar as mudanças. Mas se nesses momentos tem alguém junto com você, o medo diminui.
Uma cena marcou meu coração: Quando meu amigo Robinho começou a fazer a quimioterapia.
Ele era vaidoso e bonito. E nesse processo da quimio, a primeira coisa que fazem é raspar a cabeça do paciente. Talvez para diminuir o medo, quem sabe pra tentar aliviar a dor. Antes dele ficar careca, seu irmão Denilson raspou a cabeça. O que ele queria? O que pode uma cabeça raspada fazer no coração do outro? Ele entrou no mesmo tempo. Demonstrando que estava com ele. Que o amava.
Foi alguém que abriu mão do que é seu e pela força do amor que os unia se decidiu viver o tempo do outro.
Como quando você tem uma festa pra ir e sua mãe está doente em casa e você decide ficar. Talvez estejamos perdendo isso, pois o tempo moderno está nos deixando mais egoístas, mais centrados em nós mesmos. Quanto seus pais entraram no seu tempo? E agora, quanto você entra no tempo deles?
Uma vez tive como superior, o padre Herculano. Ele me apresentou Jesus assim. Como aquele que entra no meu tempo e olha minhas misérias, mesmo sendo santo.
Chorar na frente de quem nos ama, é choro de ressurreição.
Agradeço a Deus porque um dia me colocou num corredor escuro com um padre moderno demais, eu achava. Eu o olhava com desconfiança. O achava esquisito. O dia que eu descobri o coração daquele homem, percebi que ele tinha o coração como o de Jesus. Descobri que ele tinha pecados como eu, mas não desistia de sua salvação. Olhava para os drogados e não se sentia melhor, superior, mas vivia o tempo deles.
O tempo do padre Léo era litúrgico. Quantas vezes pôs a mão na minha cabeça e me deitou em seu colo e diminuiu o meu medo? Da mesma forma que Jesus diminuiu o medo de quem O encontrava.
A Palavra de Jesus nos liberta, abre nossos cativeiros. Por isso precismos correr atrás d'Ele, nos revestir de mística, ter contato com a oração, com a música que fala d'Ele, com a celebração Eucarística.
Quantas vezes na minha vida tive a oportunidade de experimentar Jesus concretamente nas palavras do Padre Léo. Quantas vezes nosso medo vai embora quando alguém nos faz olhar de outra forma e nos mostra uma saída possível na 'casa' de nossos medos?
Deus para mim não é fuga. Estou tocado pela força de um Deus que me renova e me tira do medo cada vez que me recordo do que Ele falou e fez. Se Ele fez naquele tempo, Ele faz hoje também. Ele age mesmo que não mereçamos.
Se você não se sente merecedor, é um bom passo. Jesus tem predileção pelos miseráveis e faz deles sinal de contradição para as nações. Não tenha medo! Deus quer agir em todos nós, quer nos transformar. A gente não alcança a graça se não vence a cadeia do medo. Para quê cultivar os fracassos? Para legitimar a presença do diabo? Não! Foi para cima que você foi projetado. Para o alto, para o céu!
Quando a gente vai fazer uma construção, o arquiteto faz um projeto maravilhoso. E aí nós olhamos e queremos tirar uma pilastra, ter um telhado mais pobrezinho, simplificar o piso.
Tem gente que leva a santidade do mesmo jeito. Querendo fazer “meia-água”. Deus quer 'mansão' na sua santidade!
Não economize no seu processo humano! Não é qualquer coisa o que Deus projetou pra você. Seus limites não podem ser impedimento para você chegar ao final dessa construção.
A humildade precisa nos fazer pequenos, mas o que Deus nos propõe é grande!
A Canção Nova não foi construída para trazer santos. Mas pra trazer gente que aceitou o desafio de viver o processo de crescimento espiritual e de santidade. E é lá na sua vida, no seu dia a dia que isso precisa ser praticado.
Nós não nascemos para o fracasso. Ser feliz é urgente.
Olha para o projeto inicial. O momento que Deus colocou nas suas mãos o projeto que Ele quer que você seja. Na preguiça você não chega lá. É preciso empenho! Não simplifique o projeto, peça para Deus força para chegar até lá.
Não tenha medo do processo e do projeto inicial. Corra atrás daquilo que é santo e honesto e você vai purificar sua vida e seu coração aos poucos. A gente vence dando passos.
Quantas vezes precisamos do tombo para voltar ao nosso lugar? Quantas vezes usamos das futilidades da vida? Isso não agrega nada em nós! Não nos faz avançar em nada no processo.
Religião não é um conjunto de regras, mas é o olhar de Deus fixo em nós, nos oferecendo a vitória. Pra gente chegar a ela basta ter coragem de se erguer, olhar nos olhos daquele que nos ama, desse Jesus que amou a tantos, e passa pela sua vida mais uma vez ou pela primeira, para te convencer que muita coisa precisa ser buscada e que você não precisa ser refém dos medos. E que hoje você pode se transformar numa pessoa nova pela força do olhar de Cristo que nos diz que tudo podemos n'Ele que nos fortalece. Que nós tudo podemos se nossos olhos estiverem fitos n'Ele.
A fraqueza se transforma em força assim. Coloque os seus olhos nos olhos de Jesus. Quando a fé que eu tenho em Deus se revela em mim, eu tudo posso. Mesmo quando tudo parece nublado e o coração só chora.
Esse processo é lento mas ele chega! Não vamos desistir!
Peça para que Deus lhe dê coragem! Peça o Espirito Santo!
Padre Fábio de Melo
Veja essa pregação clicando AQUI.
Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Nara Bessa
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Humildade e obediência de Maria
Continuamos nesse mês de maio falando um pouco mais da importância de Maria para a vida de todo cristão, e portanto, de todo ministro de música. Hoje quero partilhar com vocês sobre duas virtudes de Nossa Senhora, entre todas – pois Ela é a Cheia de Graça. Falo da obediência e humildade.
Os versículos acima transcritos nos revelam que a Santa Mãe de Deus colocou-se a disposição de sua prima para servi-la e ajudá-la durante os seus últimos 3 meses de gestação. A distância de Nazaré até a casa de Isabel é de aproximadamente 150 km, um tanto longe para uma jovem mulher grávida do Filho de Deus.
E o que levou a Virgem Maria a tomar essa atitude? Cumprir a sua resposta ao anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor!”. Com muita humildade Maria se pôs à caminho para servir. Sem humildade, não há virtude que possa existir numa alma. Maria, embora se visse mais enriquecida de graças que os outros todos, nunca se julgou acima de quem quer que fosse.
Durante a vida, Maria permaneceu muito oculta. Deus Pai consentiu que Ela não fizesse milagres, pelos menos manifestos, embora lhe tivesse dado poder para isso. Deus Filho permitiu que quase não falasse, embora tendo-lhe comunicado a sua sabedoria. Deus Espírito Santo deixou que o Seus Apóstolos e Evangelistas falassem muito pouco sobre Ela, apenas o necessário para dar a conhecer Jesus Cristo.
Maria, a humilde serva do Senhor!
Sabemos que o pecado entrou no mundo pela desobediência do Homem, mais precisamente, com a desobediência de Eva. E a salvação veio até nós pela obediência total de Jesus, a qual se iniciou com a total obediência de Maria.
Obedecendo ao designos divinos, permitiu que as profecias a seu respeito, como a do velho Simeão, se cumprissem. Como a mais perfeita das esposas, obedeceu a José, o amou e o respeitou. Como a mais amável mãe, obedeceu o seu Filho e nos acolheu como filhos, na pessoa do discípulo amado.
Maria, a obediente serva do Senhor!
Teria muito mais a falar, porém vejo que posso concluir dizendo: Precisamos, a exemplo de Maria, Mãe de Deus e Nossa Mãe, ser humildes e obedientes, para assim sermos servo do Senhor. Que a Virgem seja nossa intercessora e nos ajude a buscarmos a humildade e a obediência.
Em Cristo,
Emanuel Stênio
Comunidade Canção Nova
quinta-feira, 21 de maio de 2009
A regra do evangelizador é evangelizar amando
:: Leia o Evangelho
A liturgia de hoje traz uma palavra muito importante para todos nós: em algum momento da nossa caminhada começamos a buscar o significado das coisas. A resposta de todos esses questionamentos você encontra na fé.
A fé é que nos dá a certeza do que Deus nos pede. Todos nós trazemos um desejo de entender, de ter clareza quanto às coisas das nossas vidas. Paulo era um homem que trazia esse profundo desejo: ele queria entender as realidades do Senhor.
Foi este apóstolo que trouxe à tona a lei de todo o evangelizador: testemunhar e seguir a Palavra. Não dá para ser evangelizador sem testemunhar e, muito menos, sem fazer, primeiro, a experiência da Palavra. Ela é o roteiro, o mapa que nos guiará.
O nosso mundo, hoje, carece de pessoas que deem o seu testemunho, que se comprometam com o que fazem. Se ele não existir, não haverá clareza para muitos que estão em busca de Jesus. O evangelizador precisa indicar quem é o Salvador e como as pessoas devem recorrer a Ele.
Responder e explicar quem é Cristo é a tarefa do servo de Deus. Mas não na teoria, e, sim, na prática. Evangelizar não é um peso, é uma arte. Na nossa casa, encontramos pessoas que precisam ser evangelizadas, logo, temos que começar a falar do Pai que está no céu.
Se você não for um homem e uma mulher que vive no Sacramento, entretanto, não consegue evangelizar. Não adianta falar bonito! A evangelização implica na intimidade com Deus e, isso, só acontece quando rezamos.
Quando você se expõe demais ao sol, haverá um momento que não mais enxergará. Essa é a forma que também conhecemos Jesus: nos aproximamos, vamos conhecendo, mas chega um momento que parece ficar escuro. Isso não deve ser o que nos leva a desmotivação, mas o contrário, tem que ser o que nos motiva.
Precisamos buscá-lo e, encontrando-o, ter a preocupação de avisar os outros. Isso é ser evangelizador! Você é chamado a oferecer o melhor que tem e, o melhor que temos, é Deus! Se você, de fato, quer viver como um grande servo do Pai, aprenda a amar e dar-se ao próximo.
Padre Aloísio
Comunidade Canção Nova
Recorde as maravilhas que Ele fez
Uma pessoa sem esperança não traz metas para sua vida
Recordar as maravilhas do Senhor gera vida em nós. Aquele que consegue fazer uma leitura da sua vida, a partir da sua história, é uma pessoa que consegue ter a esperança naquilo que ainda virá. Existem pessoas que apenas aparentam estar vivas, mas, no seu íntimo, estão mortas, não têm memória, não têm lembranças… Uma pessoa morta é uma pessoa que não tem esperança.
Você consegue se lembrar das coisas que Deus fez na sua vida? Se o ato de recordar é viver, nós precisamos recordar aquilo que nos dá vida. Mas, infelizmente, há pessoas que somente param nas coisas ruins, naquilo que não deu certo na vida delas; e recordar as coisas ruins é voltar a sofrê-las.
São Paulo, na Carta aos Romanos, capítulo 5, relata o maior acontecimento da história: Deus entrega o Filho para que pudéssemos ser salvos. Essa passagem bíblica retrata o amor de um Deus que é capaz de deixar outras 99 ovelhas e sair em busca de uma que se perdeu…. E ainda assim, existe gente que continua a pensar nas coisas que não deram certo, nas coisas que o Senhor deixou de realizar.
Uma pessoa sem esperança não traz metas para sua vida, vive sem perspectiva. Vive as situações de qualquer maneira e coloca certas coisas como se fossem o último momento da vida. A nossa meta não é o momento presente, mas sim, o que estamos construindo no momento presente. Não podemos olhar para trás e ver as coisas que o Senhor não fez para nós. Devemos ver o que Ele já fez por cada um de nós, e o maior sinal está na cruz. Há pessoas que ainda sofrem com coisas perdidas por situações ocorridas há anos. São pessoas que ainda estão apegadas a essas coisas, lamentam por terem vendido isso ou aquilo…
Uma pessoa sem esperança é aquela que somente sabe esperar naquilo que tem nas mãos. Por essa razão, você já pode ter esperança, porque a salvação está em suas mãos! A alegria, a felicidade e a plenitude da vida, pelas quais esperamos, estão em nossas mãos! O que estamos fazendo?
Recordar nossa história não é procurar por aquelas coisas que o Senhor não realizou, mas sim, por aquilo que Ele já realizou. E o maior acontecimento está na cruz. Nela Cristo deu a vida para que eu e você não morrêssemos. Na cruz o Senhor deu a vida por cada um de nós e também por aqueles que ainda virão. Isso é motivo de alegria! É motivo de espera em Deus e de ter a certeza da intervenção d’Ele naquilo que hoje nos faz sofrer, seja por uma situação de adultério, seja pelo desemprego, saúde, entre outros…
Entretanto, quando as coisas não saem como quereríamos, rapidamente vamos perdendo a esperança. Precisamos aprender a esperar a realização de Deus na nossa vida, não da “nossa” maneira, mas no tempo e do jeito próprio d’Ele. No entanto, para nós, muitas vezes, é difícil esperar o tempo do Senhor. Muitas vezes, queremos que as coisas aconteçam no nosso tempo, e quando elas não saem como gostaríamos, perdemos a esperança e deixamos passar aquilo que Deus está fazendo na nossa vida, naquele momento, da maneira d’Ele.
Esperança é acreditar sem ver. Esperança não é somente esperar por alguma coisa, ter esperança é olhar para aquilo que o Senhor já realizou! Acreditar que Deus vai realizar na nossa vida, não da nossa maneira, mas do jeito d’Ele, que é o melhor modo para nós.
Ter fé é esperar por aquilo que não se vê. Ter fé é esperar n’Aquele que tudo pode fazer na nossa vida – não do nosso jeito, mas do jeito d’Ele. Fé é dar um passo no escuro confiando em Deus. A fé nos aproxima d’Aquele em que acreditamos, pois é um dom do Espírito Santo. E cada vez que você Lhe pede algo, você permite que Ele gere vida em você. Ao pedir o dom da fé ao Senhor, Ele vai lhe conceder motivos para exercitar esse dom.
A cada dia, precisamos nos recordar das coisas que Ele já fez na nossa vida, para continuarmos a nossa caminhada, porque ao olharmos os acontecimentos, o Senhor nos convence de que sempre esteve ao nosso lado. O Todo-poderoso não se cansa de cuidar de cada um de nós. Contudo, existem pessoas que levam a vida de acordo com as conveniências, no relaxamento, invertendo os conceitos e se deixando escravizar por aquilo que as leva à morte.
Não podemos perder tempo, precisamos lutar para a mudança, olhando para aquilo que o Senhor pode realizar. Nós não podemos esperar por Deus de braços cruzados, pois depende de nós o primeiro passo.
O Altíssimo lhe deu o dia de hoje para você se recordar daquilo que Ele fez na sua vida. Não perca seu tempo com aquilo que passa, pois ainda há esperança de mudanças. Recorde as maravilhas que aconteceram na sua vida e diga que a sua história é uma história de salvação! Por mais perdido que você esteja, ainda assim, a sua historia é uma história de salvação, pois enquanto há vida, há esperança! E você não morreu. Ainda há esperança! A sua história é uma história de salvação, porque o próprio Deus lhe deu a vida para que a sua existência fosse salva.
Você tem jeito e todas as outras pessoas que você conhece também têm, porque enquanto há vida, há esperança.
Padre Anderson
Publicado no Blog do Pe. Anderson
quarta-feira, 20 de maio de 2009
A educação dos filhos
Outro dia recebi uma mensagem que convidava a reflexão sobre o que fazer para deixar um planeta melhor para nossos filhos... E a mensagem rematava a reflexão argumentando que deveríamos na verdade pensar em deixar filhos melhores para o nosso planeta. "Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive".
Total sentido, né?
Nessa linha, Prof. Felipe Aquino publicou um excelente artigo que fala sobre a educação de nossos filhos.
Para leitura e reflexão.
A educação dos filhos
O fator mais importante na educação é conquistar os filhos
Há alguns anos a polícia de Houston, no Texas, Estados Unidos, publicou o que chamou de “Dez Regras Fáceis de Como Criar um Delinquente”. É interessante refletir sobre elas, especialmente os pais e os educadores. Para isso, vamos transcrevê-las:
1. Comece na infância a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, ele acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.
2. Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
3. Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até que ele chegue aos 21 anos, e “decida por si mesmo”.
4. Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5. Discuta com frequência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6. Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser.
7. Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.
8. Tome partido dele contra vizinhos, professores, policiais (Todos têm má vontade para com o seu filho).
9. Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: Nunca consegui dominá-lo.
10. Prepare-se para uma vida de desgosto.
Sem dúvida, esta é uma lista, fruto da experiência de quem trata com jovens “problemáticos” e que não pode ser desprezada. Fica cada vez mais claro que o aumento da delinquência juvenil é diretamente proporcional à destruição dos lares e das famílias. É muito fácil verificar que, na grande maioria dos casos, o “jovem problema” tem atrás de si “pais problemas”.
A vida familiar é o “arquétipo” que Deus instituiu para o homem viver e ser feliz na face da terra.
Quanto mais, portanto, as santas leis de Deus, em relação à família, forem desrespeitadas e pisadas pelos homens, tanto mais famílias destroçadas teremos, e tanto mais lágrimas rolarão dos olhos dos pais e dos filhos. Ninguém será feliz sem obedecer às leis de Deus. Antes de serem leis divinas elas são leis naturais. E a natureza não sabe perdoar quem se põe contra ela.
No capítulo 30 do Eclesiástico, a Palavra de Deus fala aos pais sobre a sua enorme responsabilidade na educação dos filhos. Ele diz:
“Aquele que ama o seu filho corrige-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde” ( 30,1).
Infelizmente são muitos os pais que não corrigem os seus filhos: ou porque são relapsos como pais ou porque também precisam de correção, já que também não foram educados.
Mais à frente esse mesmo livro diz: “Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes curar as feridas” (30,7). Essa palavra é pesada: “estraga com mimos”. A criança mimada torna-se problema; pensa que o mundo é dela e que todos devem servi-la. Não há coisa pior para um filho. Isso ocorre muito com o filho único, objeto de “todas” as atenções e cuidados dos pais, avós e tios. Aí é preciso uma atenção especial!
“Um cavalo indômito torna-se intratável, a criança entregue a si mesma torna-se temerária” (idem 30,8).
Não pode haver mal maior do que deixar uma criança abandonada, materialmente, mas principalmente na sua educação.
“Adula o teu filho e ele te causará medo”, diz o Eclesiástico (30,9).
“Não lhes dê toda a liberdade na juventude, não feches os olhos sobre as suas extravagâncias” (idem, 30,11).
Muitos pais, vendo os filhos errarem, não os corrigem. Temos que ensiná-los a usar a liberdade com responsabilidade. E não lhes dar “toda” liberdade.
Vi certa vez uma frase, em um adesivo de automóvel, que dizia: “Adote o seu filho, antes que o traficante o faça”. De fato, se não conquistarmos os nossos filhos com amor, carinho e correção sadia, eles poderão ir buscar isso nos braços de alguém que não convém. É preciso que cada lar seja acolhedor para o jovem, para que ele não seja levado a buscar consolo na rua, na droga, na violência... fora de casa.
O fator mais importante na educação é que os pais saibam conquistar os filhos; não com dinheiro, roupa da moda, tênis de marca, etc, mas com aquilo que eles são; isto é, a sua conduta, a sua moral íntegra, a sua vida honrada e responsável. O filho precisa ter “orgulho” do pai, ter “admiração” pela mãe, ter prazer de estar com eles, ser amigo deles. Assim ele ouvirá os seus conselhos e as suas correções com facilidade.
Sobretudo é primordial o respeito para com o filho; levá-lo a sério, respeitar os seus amigos, as suas iniciativas boas, etc. Se você quer ser amigo do seu filho, então deve tornar-se amigo dos seus amigos e nunca rejeitá-los. Acolha-os em sua casa.
Diante dos filhos os pais não devem ser super-heróis que nunca erram. Ao contrário, os filhos devem saber que os seus pais também erram e que também têm o direito de ser perdoados. E, para isso, os genitores precisam aprender a pedir perdão para os filhos quando erram. Não há fraqueza nisso, e muito menos isso enfraquecerá a autoridade deles de pais. Ao contrário, diante da humildade e da sinceridade dos pais, a admiração do filho por eles crescerá. Tudo isso faz o pai “conquistar” o filho.
O educador francês André Bergè diz que os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos. Parafraseando-o podemos afirmar também que as virtudes dos pais são os pais das virtudes dos filhos. Não é sem razão que o povo afirma que filho de peixe é peixinho. Isso faz crescer a nossa responsabilidade.
É importante que os pais saibam corrigir os filhos adequadamente, com firmeza é certo, mas sem os humilhar. Não se pode bater no filho, não se pode repreendê-lo com nervosismo nem o ofender na frente dos amigos e irmãos. Isso tudo humilha o filho e o faz odiar os pais. Conquiste o filho, não com dinheiro, mas com amor, vida honrada e presença na sua vida. E, sobretudo, leve-o para Deus, com você! São Paulo diz aos pais cristãos:
“Pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor” (Efésios 6,4).
felipeaquino@cancaonova.com
Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova
terça-feira, 19 de maio de 2009
A Revolução de Jesus
O texto do evangelho de João 15, 9-17 é o mais importante. Um momento de intimidade de Jesus com os apóstolos na última ceia. São João, um dos doze, estava presente, foi testemunha, e recorda as verdades revolucionárias ouvidas de Jesus.
Jesus confia-lhes que é amado pelo Pai com amor infinito. E lhes assegura: também ele ama seus apóstolos, os doze que escolheu, com o mesmo amor com que é amado pelo Pai. Não somente, mas o amor de Jesus vai até o dom da vida: “Ninguém tem amor maior do que dar sua vida pelos amigos”.
O amor é exigente, sobretudo o de Deus, e Jesus faz aos apóstolos um pedido empenhativo: “Permanecei no meu amor”. Pede-lhes a fidelidade. Permanecer no amor de Cristo significa, antes de tudo, reconhecer todos as criaturas humanas como irmãos em Cristo: “Este é o meu mandamento que vos ameis uns aos outros”. Na vida quotidiana produzir frutos de bem: “Eu vos constitui para produzir fruto, e o vosso fruto permaneça”.
É novo estilo de vida do cristão de relacionar-se com o próximo. E tem efeito imprevisto: a alegria! “Isto vos disse para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa glória seja plena”. Alegria podemos dizer festiva própria do domingo de Páscoa. Um escritor do século II, na carta a Diogneto, assim descreve os cristãos no mundo: “O cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. A sua doutrina não procede da imaginação fantasista de espíritos exaltados, nem se apóia em qualquer teoria simplesmente humana, como tantas outras.
Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem o costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. Casam-se como toda gente e criam seus filhos, mas não rejeitam os recém-nascidos. Têm em comum a mesa, não o leito.
São de carne, porém não vivem segundo a carne. Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis. Amam a todos e por todos são perseguidos. São condenados sem os conhecerem; entregues à morte, dão a vida. São pobres, mas enriquecem a muitos; tudo lhes falta e vivem na abundância. São desprezados, mas no meio dos opróbrios enchem-se de glória; transparece o testemunho de sua justiça. Praticam o bem e são castigados como malfeitores; ao serem punidos, alegram-se como se lhes dessem a vida.”
Esse modo festivo de viver a amizade com Deus o compreendeu bem o escritor moderno Chesterton, um convertido, que escreveu: “A alegria é o gigantesco segredo do cristão”. Se somos sempre tristes, cheios de bronca, brutalhões, podemos suspeitar que talvez não sejamos verdadeiros cristãos.
São João refletiu durante toda a sua vida sobre estas verdades. Na sua primeira carta 4,7-10, nos propõe a mais profunda de suas intuições. Ele chega a dar de Deus uma nova definição, plenamente em harmonia com o que Jesus havia revelado: “Deus é amor”. Definição simples, mas de extrema profundidade.
Os filósofos antigos imaginavam Deus um ente perfeito, abstrato, todo razão, causa eficiente do mundo, origem de todas as coisas. Também os estudiosos de hoje, se crêem, olham as galáxias e as moléculas e são levados a pensar em Deus como um engenheiro, um arquiteto. Mas Deus-Pai é revelação de Cristo. Deus-amor é a intuição de João, o discípulo que Jesus amava.
No centro de tudo está Deus, Pai que nos ama e espera de nós resposta de amor. É fundamental. Diz João: “Quem não ama permanece na morte.” “O amor é a asa que Deus deu ao homem para subir até ele” (Michelangelo Buonarotti). “Ao entardecer da vida seremos julgados sobre o amor” (S. João da Cruz).
Cardeal Geraldo Majella Agnelo
Publicado no Portal da Comunidade Católica Shalom
A estratégia do amor
Você conhece a história do seu marido? Da sua esposa?
Eu estudo há muitos anos relações humanas e vejo o comportamento das pessoas e a maneira como nos apegamos aos defeitos dos outros. Mas hoje de modo especial Deus quer nos ensinar que os defeitos não estão no outro, mas em nós.
Você não pode obrigar ninguém a gostar de você. Se, por exemplo, eu quero ganhar clientes, preciso agradá-los, não adianta tratá-los mal. Se eu tenho uma loja de roupa e tratar mal o comprador, ele vai ao próximo estabelecimento e quem o perde sou eu. Ao agirmos assim quem sai perdendo somos nós.
Tantos casais têm se separado, porque têm se prendido aos defeitos uns dos outros.
A estratégia para mudar o relacionamento é mudar a pedagogia, mudar em primeiro lugar a nossa pessoa. O grande segredo é compreender o outro, com isso vou ter muito mais motivo para lhe perdoar. Porque quando você conhece a história do outro, você começa a ver a pessoa de outra maneira. Você conhece a história do seu marido? Da sua esposa?
Quando você conhece a história do outro, você tem essa atitude de mudar as suas atitudes. Você vai perceber que Deus não criou aquela pessoa dessa maneira e quem começará a mudar será você. É necessário que todos os dias você se questione: O que eu fiz no dia de hoje que ajudou a conquistar aquela pessoa ou a afastá-la mais de mim?
Muitas vezes, com a atitude do outro nos irritamos, mas quando lemos a Palavra vemos que Deus nos trata totalmente diferente. O Altíssimo não fica bravo com suas atitudes, é problema seu, porque: "Podem os montes recuar e as colinas abalarem-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor". O Senhor não muda nunca, porque Ele nos conhece plenamente, e o principal: Ele usa de misericórdia sempre.
Quantos filhos já me disseram que iriam embora de casa por não suportarem mais os pais. E Deus diz: "Pode os montes recuar, mas minha misericórdia não se apartará de vós". Quando temos o olhar de Deus em todas as coisas, pode tudo se abalar, mas em tudo usaremos de misericórdia.
E só um coração curado consegue fazer isso. Só um coração curado consegue abençoar o outro em vez de amaldiçoá-lo. Muitas vezes, pedimos a Deus a graça de sermos um instrumento eficaz, mas o Senhor só faz de nós um instrumento eficaz quando temos a disposição de amar. Não adianta você rezar pela conversão do seu esposo se você não reza com amor. Só o amor tem poder de transformação.
Para alcançarmos uma luz no teto é necessário colocarmos uma escada e subir degrau por degrau. Se você for usando de misericórdia, dia após dia, de degrau em degrau, você vai alcançar o coração de Deus.
Comprometa-se com você mesmo em mudar a sua maneira de ser e em mudar a sua pedagogia com o próximo. Escolha a melhor parte, escolha o céu.
Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Aparição de Nossa Senhora de Fátima
Revejam parte do filme que vimos em nossa reunião do Círculo Verde de domingo.
Nossa Senhora de Fátima aparece a três crianças em Portugal. A senhora vestida de branco vem falar de amor, e trazer mensagens do seu santo filho, Jesus. Devemos acolher a palavra de nossa santa Mãe.
Aos interessados em ver o filme na íntegra, o filme é "Fátima".
Deus nos abençoes, e Nossa Senhora de Fátima nos cubra com seu Manto Sagrado!
Para ver o filme, faça uma pausa na Radiola do Círculo Verde (controle logo abaixo do banner de mensagens do Círculo, a esquerda).
A ira
O mundo nos ensina a revidar; Jesus, por outro lado, a mansidão
A maior lição que Jesus nos ensinou foi a de “amar o nosso inimigo” (cf. Mateus 5, 4 4 ). O mundo ensina que é preciso revidar, “não levar desaforo para casa”, ir à revanche, e assim por diante. Jesus, por outro lado, ensina a mansidão; isto é, “não pagar o mal com o mal”, mas com o bem. O segredo cristão para destruir a força do inimigo não é a vingança, mas o perdão.
O Senhor ensina que aí está um dos pontos da perfeição cristã. Ele quer que sejamos “perfeitos como o Pai celeste é perfeito”, que manda a chuva e o sol para os bons e para os maus (cf. Mateus 5,48). Ele morreu na cruz dolorosamente, dando o maior exemplo do que é perdoar. “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23,31). Cristo explica a razão desta exigência tão difícil: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos?” (Mateus 5,46-47).
Perdoar aquele que nos ofendeu é uma “prova de fogo” para verificar se de fato você é cristão.
É claro que não é fácil perdoar aquela pessoa que o magoou, aquele “amigo” que o traiu, aquele assassino do seu filho ou aquela mulher que seduziu seu marido. Se fosse fácil não teríamos mérito algum. E é preciso dizer que por nossas próprias forças não o conseguiremos [perdoar].
É preciso a “força do alto” para vencer a fraqueza da nossa natureza ferida e que clama por vingança. Santo Agostinho ensina-nos que “o que é impossível à natureza, é possível à graça”.
A única exigência que Deus nos impõe para perdoar os nossos pecados, quaisquer que sejam, é que estejamos dispostos a perdoar a todos os que nos ofenderam. “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará” (Mateus 6,14 -15) . E no “Pai-Nosso”, Jesus acrescenta: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam”(cf. Mateus 6,12).
O ódio e o desejo de vingança são armas do demônio para destruir a boa convivência dos filhos de Deus; por isso São Paulo ensina: “Não deis ocasião ao demônio; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4, 26-27).
felipeaquino@cancaonova.com
Publicado no Portal da Comundiade Canção Nova
sexta-feira, 15 de maio de 2009
O segredo da felicidade
Seja porto de chegada, abrace, afague, receba, dê boas-vindas
Se pergunto: você quer ser feliz? A resposta certamente será positiva. Mas se pergunto como descobrir o segredo da felicidade? Talvez lhe custe um pouco responder. É que este acaba por ser o desafio que move o coração humano.
Diariamente vemos pessoas que vão e vêm, de um lado para o outro, em busca da felicidade. Alguns até a buscam nos lugares e do jeito errados; mas o indiscutível é a meta: ser feliz!
O fato é que fomos criados por Deus com essa vocação natural à felicidade. O Catecismo da Igreja Católica afirma que o desejo de Deus está inscrito no coração do homem e que somente n'Ele o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que ele não cessa de procurar.
A propósito, nestes dias li uma mensagem anônima e virtual que apontava algumas pistas revelando o segredo da felicidade. Com algumas alterações, apresento-a:
Para ser feliz, seja porto!
Porto de chegada de almas cansadas, porto para aqueles que andam perdidos pelo mundo e que precisam de um lugar tranquilo para descansar o fardo que carregam. Para ser porto de chegada, abrace, afague, receba, dê boas-vindas. Seja porto de saída para quem precisar partir, despedindo-se das ilusões, das dores, dos fracassos e decepções. Partindo para um vida melhor, para isso, ajude, apóie, converse, estenda as mãos, ouça, oriente. Seja também porto seguro para quem o ama e precisa de seu amor. Para ser porto seguro, esqueça de você e pense no próximo, esqueça suas dores e amenize as dores do outro. Se você não tem motivos para ser feliz, seja feliz por ser porto.
Seja ponte!
Ponte que liga a vida terrena à eternidade do céu. Para ser ponte, compreenda, perdoe e deixe as pessoas passarem por você. Para ser ponte, esteja no fim da estrada daqueles que não encontram o caminho de volta. Seja a passagem e não o atalho; seja o caminho livre e não o pedágio. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja-o por ser ponte. Ponte significa união, ligação, laços de afeição.
Seja estrada!
Estrada longa e agradável, iluminada de dia pelo sol e de noite pelo luar. Estrada que conduz a outros caminhos. Seja feliz por ser estrada para os peregrinos da vida; estes plantarão flores ao seu lado e as regarão todas as vezes em que passarem por você. Seja estrada para os caminhantes do tempo, estes poderão colher suas flores e sentir seu perfume.
Seja estrela!
Seja estrela brilhante no firmamento, estrela inspiradora dos poetas e iluminadora das noites escuras que também fazem parte da vida. Para ser estrela, ilumine os que o cercam, distribua luz gratuitamente. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser estrela, as estrelas estão sempre no alto e são soberanas porque iluminam sem cobrar nada por isso.
Seja árvore!
Árvore que dá frutos para quem tem fome, dá sombra e refresca o árduo calor dos caminhantes que seguem pela vida. Seja árvore que aninha, que acolhe os passarinhos, que enfeitam os quintais. Se você não tem outro motivo para ser feliz, seja feliz por ser árvore. E ser árvore é ter raízes sólidas e profundas, ter braços que se alongam, que se estendem...É produzir flores para enfeitar a alma de alguém, é ser forte e enfrentar temporais. É ter suas folhas embaladas pelo vento, é ser molhada pela chuva e acalentada pelo sol, é fazer parte da criação como um ser único e, portanto, indispensável.
Ser porto, ser ponte , ser estrada e ser árvore... é servir a Deus e este é o segredo da verdadeira felicidade.
Que você seja verdadeiramente feliz! Este é o meu desejo e certamente a vontade de Deus!
dijanira@geracaophn.com
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quinta-feira, 14 de maio de 2009
Uma caricatura de casamento
Tribulações e aflições sempre teremos em nossos relacionamentos, seja por um namoro rompido, seja por decepções de nubentes que viram os castelos de seus sonhos ruírem às vésperas do matrimônio ou por casamentos que acabaram em separação.
Talvez seja por conta disso que encontramos tantas justificativas por parte de pessoas que consideram mais fácil viver juntas ou viver um namoro sem compromisso alegando que certos princípios e valores morais estão ultrapassados, entre outros.
Alguns casais, ainda que reconheçam que o (a) namorado (a) seja sua alma gêmea, pouco cogitam na possibilidade de oficializar o relacionamento por acreditarem que o casamento é apenas a formalização, para a sociedade, daquilo que já estão vivendo. Outros não desejam se casar por imaginar que precisarão conviver pelo resto da vida com a mesma pessoa, tolerando seus hábitos, pajeando crianças, entre outras obrigações da vida conjugal.
Diante das circunstâncias, alguns casais alegam preferir viver um relacionamento – cujos (as) companheiros (as) não podem ser considerados como namorados (as), tampouco como esposos (as) – até se assegurarem que tal envolvimento tem chances de sucesso, para depois se comprometerem “oficialmente”. Assim, optam por viver uma caricatura do casamento. Isto é, vivem como casados sem o ser.
Muitos são aqueles que coabitam há anos, mas qual seria o tempo limite? Quando esses casais se sentirão prontos para “se desinstalar” do comodismo?
Inúmeras podem ser suas justificativas, entretanto, pouco plausíveis os argumentos. Pois, na maioria das vezes, a decisão de viver juntos quase sempre foi tomada no auge de uma paixão, assim como na intenção de minimizar despesas financeiras ou fundamentadas apenas nas más experiências de outros casamentos.
Se ao menos esses casais de namorados que dividem o mesmo teto não vivessem as mesmas dificuldades e desafios de um relacionamento [conjugal], como o processo de adaptação, ciúme, crises de desentendimentos… até poderíamos aceitar tal opção de vida como um forte argumento. Todavia, esses casais também vivem seus impasses, talvez até maiores que os demais.
Casar-se somente com o objetivo de oficializar um relacionamento diante da sociedade ou assegurar seus benefícios para a eventualidade do rompimento do relacionamento seria apenas firmar uma parceria de um contrato social.
Eu acredito que o sentimento que imbui alguém a viver o sacramento do matrimônio se fundamenta no testemunho de que ele tem sobre a família e seus valores. Esse desejo [de se viver o matrimônio] potencializado na certeza de viver um amor único e verdadeiro, ao longo do tempo de namoro, se consolida por meio das atitudes em tornar conhecido ao seu cônjuge aquilo que almeja sua alma.
Inverter o processo natural do conhecer-se dentro de um relacionamento, não evitará maiores sofrimentos, mas facilmente poderá ofuscar os verdadeiros sentimentos daqueles que desejam realizar seus anseios mais íntimos.
Para as pessoas que desejam formar família e percebem também que seu (sua) namorado (a) aspira pelo mesmo ideal, nada as impede de responder com fidelidade ao chamado para a vida conjugal, não somente na oficialização perante as leis dos homens, mas, também, na investidura do sacramento diante de Deus, o qual as capacitará espiritualmente a vencer os obstáculos que a vida sempre nos reserva.
Deus abençoe a todos.
Dado Moura
Publicado no Blog Comportamento
quarta-feira, 13 de maio de 2009
13 de Maio: Viva Nossa Senhora de Fátima
Nossa Senhora de Fátima
Algumas intervenções divinas são sútis, discretas, acontecem no dia-a-dia. Deus se usa da nossa sensibilidade para comunicar-se conosco.Porém em outras situações, Ele mobiliza o céu em favor da humanidade. É a batalha direta do Bem contra o Mal, quando este levanta-se de forma incomum, e o ser humano que não vê o sobrenatural, não tem como se defender.
As aparições de Maria não somente aumentam a nossa fé, como servem para nos alertar e proteger do poder das trevas. No antigo testamento Deus se usava de anjos para comunicar-se, nesses últimos tempos, como tem usado de Maria para tal finalidade!
Mas diante de tantos títulos, nomes e lugares que ela revela-se, o que torna Fátima especial? Porque o Papa João Paulo II, consagrou aquele lugar como altar do mundo?
A aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria aos pastores tem importância impar sobre a história dos homens e caso não fossem consideradas, poderiam ter acarretado em muitas outras guerras e na destruição da Igreja.
Nesta data temos que lembrarmo-nos que as mensagens de Fátima diziam do perigo do novo regime político que alcançava força e destituía a dignidade humana provocando morte e miséria. Que as ídeias propulsoras eram anticristãs, usava-se abusivamente do poder bélico para se chegar a objetivos demoníacos e que as três profecias reveladas por Maria aos pequenos jovens eram consequências de tamanho mal no mundo.
O que deteve o maligno e seus planos foi exatamente o que Nossa Senhora pede que Jacinta, Francisco e Lúcia divulguem ao mundo e que tornou-se a espiritualidade dos três; oração e penitência.
Recolhendo essas duas do coração dos homens, Maria intercede por nós, fazendo-se conosco, mostra a Deus que ainda há justos em nosso meio e procuramos a paz, pelas suas mãos a oferta é mais preciosa e toda realidade se transforma.
Esse é o grande ensinamento de Maria em Fátima, que se revela à crianças, e quer ensinar a nós também. A oração e a penitência dos puros de coração é mais forte que todas as armas construídas pelos sábios e inteligentes deste mundo.
Comemorar é fazer uso dessa espiritualidade.
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!
Publicado no Blog Missão Fortaleza