"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

terça-feira, 5 de julho de 2011

O espírito da aliança matrimonial

Amar é viver centrado no 'tu' e não no 'eu'

Doar-se: A aliança matrimonial é uma entrega, uma doação. Não é pedir em primeiro lugar, senão dar-se. E este é o primeiro sentido da aliança matrimonial: eu me doo como marido, como esposa e recebo como resposta a doação de meu cônjuge. Em relação com a Virgem Maria é uma entrega filial; na vida matrimonial é uma entrega esponsalícia. Essa entrega esponsalícia é uma superação radical do egoísmo.

Amar é viver centrado no TU e não no EU. Se um diz: "Eu te quero", pode significar duas coisas distintas. Se há verdadeiro amor significa: "Eu te quero para fazer-te feliz", do contrário significa: "Eu te quero para que me faças feliz".

Amar com autenticidade não é renunciar à própria felicidade, mas descobrir que minha felicidade maior é viver para fazer feliz ao outro. É a felicidade de Deus: Deus é feliz porque está sempre se doando às outras pessoas da Santíssima Trindade e a nós.
E o homem está chamado a encontrar uma felicidade semelhante à de Deus, que é a felicidade de se doar e se regalar aos demais.

Amar é estar sempre para o tu, só para o tu. Pertencer-se (consagrar-se).

A aliança matrimonial nos pede uma entrega total, não uma entrega parcial. É uma entrega de todo seu ser e para sempre.
E este espírito deve animar-nos matrimonialmente: uma entrega total e permanente. Isso cria em nós uma consciência de pertencer e de consagração. Nossa vida está consagrada a alguém e desde esse momento já não pode haver solidão. Essa consciência de consagração, de que eu não me pertenço, mas que pertenço à outra pessoa, isso é o que nos pede nossa aliança matrimonial: pertenço ao cônjuge, agora e para sempre.

Não somente queremos caminhar juntos, compartilhar toda a vida, fazer-nos responsáveis um pelo outro, mas existe também um direito mútuo. O outro tem direito a meu amor, meu apoio, meu tempo, tem direito a que eu lute para alcançar sua realização pessoal, sua felicidade, sua santidade.

Essa consciência de consagração, que nos dá a aliança matrimonial, deveria ser tão forte como a que tem um sacerdote ou uma religiosa que se consagraram a Deus. E assim como o sacerdote ou a pessoa consagrada usa um distintivo externo - um hábito, uma cruz - que lembra esse caráter de pertencer a alguém, da mesma forma também os esposos têm esse distintivo.

Este é o sentido de nosso anel de casamento, nosso anel matrimonial, nossa "aliança". Não é um adorno, senão o símbolo de uma consagração, de pertencer. A pessoa que usa a aliança dá a conhecer seu caráter de comprometido, de aliado, não só diante do cônjuge, mas também diante dos demais. Que importantes são os símbolos e que grande significado tem este anel: recorda-nos o amor, a presença, a fidelidade do cônjuge em cada circunstância.

E o que se renova volta a reviver. Daí a importância de renovar com frequência nossa aliança de amor matrimonial. Há matrimônios que fazem isso todos os meses.

Padre Nicolás Schwizer
Shoenstatt mov.apostólico

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Segredos para cura interior

Nesta Pregação, Padre Léo, vai nos dar um roteiro para a nossa cura interior, onde ele nós convida a sair das nossas prisões interiores, para que possamos ir para Deus, pois só seremos curados se tivermos a coragem de ficar nos pés da cruz de Jesus.



Fonte: WebTVCN

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Por que se expõe Jesus na Eucaristia?


O mal de nossa época é não dirigirem a alma a Jesus




Esta semana nos convida a viver com mais intensidade o Mistério da Eucaristia, que é fonte e cume de nossa vida, de nossa espiritualidade. Esta pedagogia da liturgia da Igreja nos ensina a abraçar o mistério de nossa fé, depois de vivermos, há tempos atrás, o Mistério de Jesus na Sua Paixão, Morte e Ressurreição, celebramos, na semana retrasada, a Festa de Pentecostes, o Espírito Santo, nosso Divino Amigo. No domingo passado, celebramos a Santíssima Trindade e na próxima quinta-feira, 23 de junho, o Mistério de Cristo presente na Eucaristia.

Nós católicos somos até acusados de idolatria por irmãos que não compreendem a nossa fé. Por que se expõe Jesus na Hóstia Santa? Em primeiro lugar cremos fielmente em Suas Palavras quando disse: "Tomai, comei, isto é o meu corpo". Em seguida, pegou um cálice, deu graças e passou-o a eles, dizendo: "Bebei dele todos, pois este é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Mt 26,26-30). A partir daí essa é a vida da Igreja de Jesus Cristo até os dias de hoje, veja o que diz São Paulo: "De fato, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: Na noite em que ia ser entregue o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo entregue por vós. Fazei isto em minha memória”. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em minha memória” (cf. 1Cor 11, 23-25). O relato da instituição da Eucaristia está também nos Evangelhos de Lucas 22,15-20; Marcos 14,22-24; João 13,1-17.

A adoração é o primeiro ato da virtude da religião. Adorar a Deus é reconhecê-Lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor e o Dono de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. "Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a Ele prestarás culto" (Lc 4,8), diz Jesus, citando o Deuteronômio 6,13 (Catecismo da Igreja Católica [CIC], n. 2096).

A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante de seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. É prosternação do Espírito diante do "Rei da glória" e o silêncio respeitoso diante do Deus "sempre maior". A adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia a nossas súplicas (CIC, n. 2628).

Uma vez que Cristo em Pessoa está presente no Sacramento do Altar; devemos honrá-Lo com culto de adoração. «A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo nosso Senhor» (CIC, n. 1418). Eis porque adoramos Jesus na Santíssima Eucaristia.  É vital se fazer próximo d'Aquele que por muito tempo ficou escondido, busquemo-Lo enquanto Ele se deixa encontrar. Qual é a sua fé? Veja o que diz também um grande santo adorador:

"O culto da Exposição ousamos afirmar, é a necessidade de nossa época; impõe-se esse testemunho público e solene da fé dos povos na divindade de Jesus Cristo e na veracidade de sua presença sacramental. É a melhor refutação que se pode fazer aos renegados, aos apóstatas, aos ímpios e aos indiferentes, refutação que caíra sobre eles qual montanha de fogo do amor e da bondade.

O culto da Exposição é necessário para salvar a sociedade, que morre por não ter mais um centro de verdade nem de caridade, nem vida de família. Cada membro se isola, se concentra, procura-se bastar a si mesmo; a dissolução é eminente.

A sociedade renascerá, entretanto, cheia de vigor, quando todos os seus membros vierem se reunir em torno de nosso Emanuel (cf. Mt 1,23). As ideias se reformarão, mui naturalmente, à luz da mesma verdadeira e sólida renovar-se-ão sob a influência de um mesmo amor. É mister refluir à fonte da vida, a Jesus na Eucaristia, faze-Lo sair de sua reclusão, a fim de que se coloque novamente à frente das sociedades cristãs, para dirigi-las e salvá-las; é mister reconstruir-Lhe um palácio, um trono real, uma coorte de servos fiéis, uma família de amigos, uma multidão de adoradores.

O culto da Exposição é necessário para despertar a fé adormecida em tantos homens de caráter que não conhecem mais Jesus Cristo, porque se esqueceram de que Ele mora em vizinhança, de que é seu amigo e seu Deus. Este culto é necessário para estimular a verdadeira piedade, retida desde muito na porta do santuário onde Jesus está sempre disposto a nos abençoar e nos abrir seu Coração.

O grande mal de nossa época é não dirigirem a alma a Jesus Cristo como a seu Deus e Salvador. Despreza-se o único fundamento, a lei única, a graça única de salvação. O mal da piedade estéril é que ela não parte de Jesus Cristo e não converge para Ele. A alma se detém no caminho, distrai-se com uma flor… O amor divino não tem sua vida, seu centro, no Sacramento da Eucaristia, e, portanto, não está em suas verdadeiras condições de expansão.

Somente em Jesus Cristo presente entre nós pode haver salvação. O mal é tão grande que somente Ele é capaz de nos salvar. É a batalha decisiva. Um santo, um anjo, um taumaturgo, um gênio, um grande orador, tudo isso é ineficaz. É necessário Jesus Cristo em pessoa: eis o Santíssimo Sacramento, seu combate e seu triunfo.


Adoro-te com devoção, ó Deus que te escondes,
Que sob estas figuras de verdade te ocultas:
A ti meu coração se submete inteiramente
Porque, ao contemplar-te, desfalece por completo.
Visão, tato e paladar em ti falham,
Apenas ouvindo se crê com segurança:
Creio em tudo o que disse o Filho de Deus:
Nada mais verdadeiro que esta palavra da Verdade.

Graças e louvores se deem a todo o momento ao Santíssimo e Divinissimo Sacramento!" (São Pedro Julião Eymard)


Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
http://twitter.com/padreluizinho



Fonte: Portal da Comunidade Católica Canção Nova

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Entrevista: você entende a Palavra de Deus?

Você lê e entende a Palavra de Deus? Conheça alguns segredos para uma boa leitura

A Bíblia é um conjunto de livros que faz parte da vida dos cristãos. Muitos podem até não ter o hábito diário de lê-la, mas costumam, assim mesmo, ter um exemplar em casa. Mas qual a melhor maneira de ler a Palavra de Deus e por onde devemos começar esta leitura? Para responder essas e outras dúvidas, o cancaonova.com conversou com Denis Duarte, especialista em Bíblia e Cientista da Religião.


cancaonova.com: Por onde começar a ler a Bíblia?

Denis Duarte: Para começar a ler a Palavra de Deus eu indico que a pessoa assuma um roteiro para ela. São vários os roteiros que nós temos disponíveis. Por exemplo, ‘A Bíblia no meu dia-a-dia‘, do monsenhor Jonas Abib; temos também ‘A luz para os meus passos’, da Comunidade Shalom; ‘Curso Bíblico’, da Mater Ecclesiae e a ‘Lectio Divina.’ Enfim, a ideia é que a pessoa comece por um roteiro que indique, como um mapa, de onde ela vai sair e aonde vai chegar. Isso ajuda a saber por qual livro começar e, ao mesmo tempo, esse roteiro não vai deixá-la desanimar no meio do caminho.
Algumas pessoas fazem a opção de ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse. Particularmente, eu acho a maneira mais difícil, mas também tenho de dizer que dá certo para algumas. O segredo é conhecer os roteiros existentes e assumir para si o que melhor se adequa à sua realidade.
cancaonova.com: Por que, muitas vezes, temos dificuldade de ler e entender textos bíblicos, principalmente os do Antigo Testamento?

Denis Duarte: Nós temos de entender que os textos bíblicos foram escritos há milhares de anos. Se pensarmos em Novo Testamento já é uma média de dois mil anos atrás; já alguns livros do Antigo Testamento, mais que isso. Essa distância temporal gera uma distância cultural e linguística, porque estamos falando de uma outra cultura, de um outro mundo e, consequentemente, de uma outra língua muito antiga. Então, é difícil entendermos a cabeça do autor de determinados textos, pois ele usou o aparato que tinha na época e de acordo com o mundo dele. E nós trazemos, de imediato, esse texto para o nosso mundo, por isso, às vezes, essa dificuldade de entendimento.
cancaonova.com: Qual Bíblia devemos utilizar?

Denis Duarte: A Bíblia segue o mesmo esquema do roteiro. Há várias traduções hoje de Bíblias, mas a primeira coisa que eu indico para os católicos é que façam uso de uma que tenha “imprimatur”, uma autorização da Igreja, de um bispo ou da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para que aquela Bíblia publicada esteja de acordo com a doutrina católica.
Dentre as várias opções de Bíblias católicas que temos, a pessoa tem de conhecer um pouco de cada uma e encontrar uma que vá de acordo com a sua capacidade de leitura, porque algumas traduções usam palavras mais simples; outras, um pouco mais elaboradas. Ao mesmo tempo, a pessoa tem que descobrir a necessidade dela com a Bíblia, ou seja, é para um estudo mais aprimorado ou para uma leitura diária?
cancaonova.com: Qual a diferença entre a Bíblia Católica e a Bíblia Protestante?

Denis Duarte: A diferença básica é de cânon. Alguns livros que nós consideramos canônicos – e os temos em nossa Bíblia–, o Protestantismo não faz uso deles, ou seja, são livros que não existem nas Bíblias protestantes. Essa é a diferença básica. Mas eu costumo dizer que nós católicos devemos usar Bíblias católicas, e os protestantes usarem Bíblias protestantes. Não é uma questão de preconceito com o Protestantismo, de forma alguma; é uma questão de coerência com a fé professada, porque, além da diferença de cânon, existe também todo um aparato para se entender esses livros bíblicos. Lembra que nós falamos aqui da diferença de tempo e da distância cultural? Então, as Bíblias nos dão uma série de aparatos para que nós entendamos melhor estes textos, escritos há milhares de anos, os quais estão de acordo com a doutrina da Igreja que os redigiu, ou melhor, que os traduziu.
cancaonova.com: Quais dicas você daria para nos auxiliar no entendimento bíblico?

Denis Duarte: Eu costumo dizer que, se está na Bíblia, independentemente de ser um texto bíblico ou não, é fundamental que entendamos o que está escrito lá. As notas de rodapé, os mapas, as introduções das Sagradas Escrituras e uma série de outras informações para as quais, muitas vezes, nós não damos valor, mas que estão lá. Se a pessoa pegar a Bíblia dela, nesses trechos, e folhear nas páginas iniciais ou nas páginas finais ela vai encontrar uma série de informações, além dessas que eu disse e que estão lá justamente para auxiliar no entendimento desses textos escritos há milhares de anos. Por isso, a Igreja, sabiamente, coloca esse aparato para nos auxiliar no entendimento deles.
“Jamais faça uma leitura bíblica fora de contexto”
Foto: Robson Siqueira
cancaonova.com: O que encontramos sobre a Bíblia na internet é seguro?

Denis Duarte: Essa é uma questão delicada, porque existe muita coisa sobre a Bíblia na internet. Para nós católicos eu quero indicar o site do Vaticano (vaticano.va) e o da CNBB (cnbb.org.br). Nesses sites podemos encontrar documentos e uma série de outras coisas relacionadas ao mundo bíblico. Existem também outros sites e blogs, mas é preciso conferir primeiro a procedência deles. Eu ainda não encontrei um estudo bíblico católico com qualidade e que esteja de acordo com a doutrina, grátis na internet.
cancaonova.com: Qualquer pessoa consegue entender a Sagrada Escritura?

Denis Duarte: Sim. Não precisa se assustar quando digo que há uma certa dificuldade para ler o texto bíblico. Na teoria do texto, lemos e aprendemos que temos uma capacidade de leitura, somos leitores capacitados. Alguns num determinado grau, outros em outro grau; mas os textos bíblicos e as traduções nos ajudam para que qualquer pessoa consiga ler e usufruir da leitura, que é o principal, não apenas entendê-la intelectualmente. Mas usufruir num sentido de permitir que a Palavra de Deus também nos interprete.
cancaonova.com: Tudo o que está escrito nela deve ser levado ao “ao pé da letra”?

Denis Duarte: Não. Não no seguinte sentido: existe uma regra de ouro na literatura: jamais faça uma leitura fora de contexto. Se você pegar um trechinho bíblico e aplicá-lo imediatamente é muito perigoso; é a chamada leitura fundamentalista da Bíblia; e isso não é aconselhável. É muito arriscado. A Igreja nos ensina a fazer as etapas do entendimento bíblico, que são um estudo mais cuidadoso, uma leitura um pouco mais aprimorada. Ou seja, não se deve fazer uma leitura apressada do texto bíblico. No segundo momento, as conclusões tiradas dessa leitura devem ser passadas pelo filtro da doutrina católica, que vai atualizar o entendimento desse texto antigo e nos ensinar a aplicá-lo, da melhor forma, na nossa vida. Aí, sim, fazer a terceira parte, que é a melhor de todas, aplicar aquilo que eu aprendi com a Palavra de Deus na minha própria vida.
cancaonova.com: Muito se fala também sobre a simbologia dos números bíblicos. Qual o significado deles?

Denis Duarte: Na Bíblia existem muitas coisas simbólicas, não só os números. Por isso tem que haver um discernimento para fazer a leitura desses números. A curiosidade dos números é que, em alguns momentos, eles não refletem simplesmente uma grandeza numérica, uma determinada quantidade, mas podem ser símbolos abrindo-nos um novo entendimento. Nós temos, por exemplo, o número quatro: ele e os seus múltiplos de dez representam, muitas vezes, provação. Se olharmos quantos dias Jesus passou no deserto: 40 dias. Quantos anos o povo de Deus passou caminhando no deserto: 40 anos. E assim há alguns outros exemplos do número quatro. Isso nos mostra que nessa cultura, nesse mundo bíblico, o número tem também determinado significado e, por isso, repito: há a importância de uma leitura mais elaborada, usando desse aparato que a Bíblia nos oferece para entendermos, muitas vezes, essa simbologia e não fazermos uma leitura fundamentalista.
cancaonova.com: Você tem o site: denisduarte.com e recebe muitos comentários. Quais são as principais dúvidas que surgem?

Denis Duarte: Eu tenho o site que é um espaço aberto para conversar com as pessoas sobre a Sagrada Escritura. De fato, são muitas as questões, as mais inusitadas possíveis. Muita coisa, claro, é sobre o conteúdo bíblico, mas há outras bem inusitadas. Isso não só no site, pois, às vezes, eu vou a algumas cidades ministrar cursos bíblicos e ouço muitas coisas interessantes. Por exemplo, existem pessoas que acreditam que se alguém ler a Bíblia toda ficará doido. Uma pessoa disse acreditar que se lesse o Apocalipse do início ao fim que alguém na família iria morrer. Uma outra pessoa me perguntou: “Denis, se alguém ler o Apocalipse inteiro pensando na sogra dele, o que vai acontecer com ela?” Eu disse a ele: “Meu filho, ela não vai morrer, não vai acontecer nada, não”. Essas são lendas que a gente encontra por aí e a ideia dos cursos e do conteúdo do site é justamente ensinar que não existe nada disso e que a Bíblia é, de fato, a Palavra de Deus e podemos lê-la tranquilamente.
cancaonova.com: Por que as pessoas costumam ter tanto medo do livro do Apocalipse?

Denis Duarte: Acredito que por dois motivos. O primeiro por não entenderem que a literatura apocalíptica é um gênero literário, ou seja, uma maneira de se escrever um texto cheio de figuras, imagens e símbolos. É uma linguagem, um tipo de texto com o qual nós não estamos acostumados. Então, nós vemos lá feras, bestas, bichos… uma confusão de figuras e quando tentamos visualizar essas imagens isso nos assusta. E, por conta disso, a mensagem que, muitas vezes, é transmitida por algumas pessoas, a partir desses textos, é de medo, de desespero. Mas é justamente o contrário; é preciso entender um pouco mais a literatura apocalíptica, para percebermos a mensagem de esperança que existe nesses livros. O Apocalipse é um livro de esperança, de quem tem esperança num mundo novo que virá, de uma terra nova, com céus novos, a esperança no Cristo que, de fato, reina sobre a terra.
fonte: Portal Canção Nova

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Fonte: Por Trás das Palavras