"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Oração num momento de aflição

Na noite em que rezei essa oração estava muito aflito com o estado de saúde de minha mãe. Um sentimento de impotência, de medo e tristeza invadia meu coração. Compus essa oração teclando com minha irmã na internet, chorando e rezando. “Pode a tristeza durar até o anoitecer, mas a alegria logo vem no amanhecer”. Estava naquela noite com duas pessoas de confiança, O Senhor e minha irmã. Quero partilhar e rezar com você que se encontra aflito e abatido por muitos motivos: Prece de um aflito que desabafa sua angústia diante do Senhor: “Senhor, escuta a minha oração, e chegue até vós o meu clamor.Não oculteis de mim a vossa face no dia de minha angústia. Inclinai para mim o vosso ouvido. Quando vos invocar, acudi-me prontamente”. (Salmo 101,1-3).

Meu Deus eu me sinto tão impotente, vem ser a minha Força.
Eu sinto uma perda como se tirasse o chão dos meus pés, vem ser minha Rocha firme,
Onde eu possa construir a minha vida.
O meu coração é habitado pelas dúvidas e incertezas, vem Senhor, ser meu consolo e minha segurança.
Meu Deus, eu me sinto tão sozinho, que nenhuma pessoa poderia preencher esse vazio.
Vem e derrama sobre mim o fogo do amor do Teu Santo Espírito .
Só o Teu amor pode me curar neste momento, vem Senhor, com Tuas Santas mãos toca-nos e seremos renovados.
Meu Senhor, eu não consigo parar de chorar, vem consolar o meu pranto. Recolhe as minhas lágrimas num odre, para que nenhuma delas se perca.
Deixa-me colocar minha cabeça no Teu peito como fez São João,
E repousar, ouvir Teu coração.
Coloca-me nos ombros como a ovelha encontrada pelo Bom Pastor.
Quero ouvir tua voz: “Filho porque choras?”.
_Não sei onde colocaram o meu Senhor.
Ouvir a Tua voz como Maria Madalena e perceber que não havia te perdido,
Estavas dentro de mim e eu Te buscava fora.
Neste momento preciso de Maria, Tua mãe.
Posso ouvir a tua voz dizendo: “Filho, eis ai a tua mãe, mãe eis ai o teu filho!”.
Quero neste dia ficar no colo de Maria, como o Senhor ficou depois da cruz.
O colo de Maria é isso que eu quero agora Senhor!
Amém

“Os que semeiam entre lágrimas, recolherão com alegria”. (Salmos 125,5) Tenho rezado muito cantando essa canção do Pe Cleidmar:

“Vem Senhor passar neste lugar / derrama a Tua graça sobre nós.
Vêm Senhor com Tuas Santas mãos / toca-nos e seremos renovados.

A Tua graça em nós derramada é fonte de cura e sinais,
A Tua graça em nós liberada liberta-nos do mal.

Ressuscita-me Senhor, toca-me senhor, cura-me Senhor!

A Tua graça em nós derramada é fonte de cura e sinais,
A Tua graça em nós liberada liberta-nos do mal.”

Minha benção fraterna.

Pe. Luizinho, CN.

Clique AQUI e envie seu pedido de oração ao Padre Luizinho.

Publicado no Blog do Padre Luizinho

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O Santíssimo Nome de Jesus


Pax Domini! Olá irmãos! Estamos agora iniciando um aprofundamento sobre o Santíssimo Nome de Jesus. Eu acredito que este estudo será de grande valia para nós todos e certamente teremos grandes coisas para falar para os nossos amigos e catequizandos ao fim do mesmo. Amanha o nosso podcast tão esperado sairá, e terei uma surpresa para todos os blogueiros que andaram deixando seus nomes e comentando no nosso blog. Teremos uma oração especial. Uma das mais eficazes que já rezei. Aguardem. Se você deixou seu comentário até o post de hoje, certamente você estará na lista de intercessão. Mas voltemos ao texto e deixemos as surpresas para amanhã. Vamos falar sobre o Santíssimo Nome de Jesus Cristo.

O nome de Jesus é grande, pelo significado do mesmo. O nome de Jesus foi posto por Maria e José, em obediência à ordem que lhe viera de Deus. Maria e José não escolheram o nome de Jesus. Ele foi dado pelo próprio Deus. Veja o que o anjo disse a Santíssima Virgem Maria:

“Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”. (Lc 1,31)

A São José o Anjo disse:

“Não temas receber Maria, tua mulher; porque o que nela se gerou, é obra do Espírito Santo. E dará à luz um filho, e por nome o chamarás Jesus”. (Mt 1, 20)

Vale a pena dizer que toda vez que Deus “impõe” ou Ele mesmo se digna a dar um nome a alguém significa sempre que esta pessoa porta um dom especial dado a ele pelo mesmo Deus. Para que você observe isso, veja o caso de Abraão, que antigamente se chamava “Abrão” (Com um A apenas).

“Serás chamado Abraão, porque te constitui pai de muita gente”. (Gn 41,51)

Aconteceu também com Pedro

“Tu és Pedra, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja”. (Mt 16,18)

São Tomás de Aquino nos ensina que:

A Cristo tinha sido conferido o dom da graça, pela qual todos seriam salvos, era conveniente que fosse chamado Jesus, isto é, “Salvador”. (São Tomás de Aquino)

É importante entendermos com mais profundidade esse santo nome. É sobre isso que falaremos no próximo podcast.

Deus vos abençoe! Dominus Vobiscum!

Publicado no Blog Dominus Vobiscum

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Hoje é tempo de ser feliz

Sempre é tempo de lançar sementes...

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes. Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe...

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas pelas quais você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra, que somos nós, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje; sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não o amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você; afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros... Eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam... Cuidado com os invasores do seu corpo... Eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...

Cuidado com os olhares de quem não sabe amá-lo... eles costumam fazê-lo esquecer que você vale a pena...

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade... Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... e costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar, mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar e o que amar nesta vida.

Em vez de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...

A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta que "os sonhos não envelhecem..."

Vá em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.

Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu para duvidar... (?)

Padre Fábio de Melo
Padre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.

Publicado no Portal da Canção Nova

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Para anunciar, é preciso conhecer!


Pax Domini! Hoje estamos colocando o último post deste estudo, e acredito que já na próxima segunda ou terça feira, estaremos iniciando mais uma nova parte da pessoa de Jesus Cristo, agora desta vez, já entrando com mais ênfase no assunto. É que ao falar de Cristo, acabamos entrando em uma realidade que diz respeito ao Cristo que é o anúncio que fazemos Dele. A pessoa do catequista é intimamente ligada ao Cristo e precisa ser. O catequista precisa ter esse desejo profundo de anunciar o Cristo. É preciso ter o brilho no olhar ao falar dele.

Porém em um dos posts apresentados, o Vinnie que sempre visita o blog, fez um comentário bastante interessante:

Sabe o que dá esse brilho Cadu? Acho que duas coisas: Uma é conhecer a doutrina e já ter tido um encontro pessoal com Deus. A outra, ter disposição para anunciar isso tudo. Acredito que tudo isso só pode ser conseguido através do estudo e da oração. (Vinnie - Post O segredo é o brilho no olhar).

Concordo com ele em gênero, número e grau. E não só eu. A própria Igreja diz isso em outras palavras. Veja:

É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-lo, de “evangelizar” e de levar outros ao “sim” da fé em Jesus Cristo. Mas ao mesmo tempo se faz sentir a necessidade de conhecer cada vez melhor esta fé. (CIC§429)

É preciso conhecer a história, a vida, os fatos e os mistérios que envolveram a história e a pessoa de Jesus Cristo. Quando nós amamos alguém, queremos saber tudo sobre essa pessoa. Assim deve ser com Jesus Cristo. E a vida de Cristo é cercada de sinais que comprovam que Ele é o Filho do Deus vivo. A partir de agora, vamos iniciar um estudo muito bacana sobre o judeu chamado Jesus Cristo, que afirmava ser o Filho de Deus e que segundo a fé Católica de fato o era. Vamos durante esse tempo estudar:

  1. O nome e os principais títulos de Jesus:

    • Cristo;

    • Filho de Deus;

    • Senhor.

  2. Os principais Mistérios da vida de Cristo:

    • Sua Encarnação;

    • Sua Páscoa;

    • Sua Glorificação.

É desnecessário dizer que a participação de todos aqui é importantíssima, por que como digo sempre, desde que criei este blog, sou um leigo que busca conhecer a Doutrina. Não sou seminarista, nem sacerdote. A minha base de pesquisa é o Catecismo da Igreja Católica, e este blog é um grupo de estudo onde cada um ajuda com seus conhecimentos e opiniões.

Desde já peço que o bom Deus nos abençoe! Que venha a próxima fase do estudo!

Pax Domini

Obs.: O nosso estudo começou com um podcast fazendo uma introdução sobre a pessoa de Jesus Cristo. Para ouví-lo, clique aqui!

Publicado no Blog Dominus Vobiscum
Para ver o estudo completo sobre Jesus Cristo, clique AQUI.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Qual a lei que rege sua vida?


Jesus tem o poder de quebrar todas as cadeias que nos prendem

Jesus disse: “Tirai a pedra!” Marta, a irmã do morto, disse-lhe: “Senhor, já cheira mal, pois é o quarto dia”. Jesus respondeu: ”Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus?” (Jo 11,39-40).

Quando justificamos nossa vida pelos acontecimentos do passado ou por aquilo que trazemos no nosso inconsciente, estamos deixando de lado a realidade de que Jesus é o Senhor da nossa vida. Ele é Senhor de tudo, é Senhor também do nosso inconsciente e, portanto, tem o poder de ordená-lo para o amor e de nos libertar de tudo o que nos acusa e nos prende, e acima de tudo, daquilo que estabelecemos como lei em nossa vida.

Quantas vezes, vivemos escravizados por condicionamentos do nosso passado em situações vividas, as quais não foram curadas, ou melhor, não a colocamos sob os cuidados do Ressuscitado para que as ordenasse em nós. Dessa forma, vivemos anos e anos arrastando essas lembranças de nossas vidas.

Jesus, uma vez ressuscitado, tendo vencido a cruz, Ele tem o poder de quebrar todas as cadeias – que estabelecemos em nossas vidas – como lei que nos regem, nos prendem e escravizam. E, com isso, também escravizam aqueles que convivem conosco, não nos permitindo viver para o amor perfeito.

Se você é uma pessoa que traz em si conceitos preestabelecidos e os traz para sua vida como verdades absolutas, deixando seu passado reger sua vida e ser o sinalizador do seu presente – vivendo um eterno sentimento de coitadinho e de vítima de tudo o que já aconteceu – saiba que você precisa passar por uma experiência da ressurreição na sua vida.

Jesus tem poder de ordenar tudo em nós para o amor em nosso passado e presente fazendo-nos viver uma liberdade interior, nos quais o próprio Cristo passar a ser o Centro e Senhor de todas as coisas em nossa vida, de forma que o passado e as lembranças, que nos escravizavam, começam a perder forças, dando lugar à força do Ressuscitado agir e nos levar a ser aquilo que o próprio Deus nos criou no seu desígnio de amor.

Para isso é necessário ter a coragem de nos abrir a essa busca de tocar em nossa história e querer passá-la pela luz da ressurreição de Jesus. Será necessária também a coragem de deixar Jesus entrar no “túmulo” do nosso passado, por mais fedido que esteja e por mais que já tenham passado muitos anos... De forma a deixar nosso passado se encontrar com a Luz do Ressuscitado e, assim como Lázaro, vir para fora e viver uma vida nova.

Deus abençoe sua decisão de provar a força do Ressuscitado em sua vida.

Com carinhos e orações,

Cícera Gonçalves
Canção Nova – São José do Rio Preto/SP

Publicado no Portal da Canção Nova

Câncer: Evite carne, leite, açúcar, etc

Atualização em câncer pelo John Hopkins Hospital

1 Todas as pessoas têm células cancerosas no corpo. Estas células não aparecem nos testes-padrão até que tenham se multiplicado e atingido o número de alguns bilhões. Quando os médicos dizem aos pacientes de câncer que não há mais células cancerosas nos seus corpos depois do tratamento, isto quer apenas dizer que os testes são incapazes de detectar as células cancerosas porque não atingiram o número detectável.
2. Células cancerosas ocorrem de 6 a mais de 10 vezes ao longo da vida das pessoas.
3. Quando o sistema imunológico da pessoa está forte, as células cancerosas são destruídas e impedidas de se multiplicar e formar tumores.
4. Quando uma pessoa tem câncer, isto indica que ela tem múltiplas deficiências nutricionais. Estas podem ser decorrentes de fatores genéticos, do meio ambiente, da alimentação e do estilo de vida.
5. Para superar as múltiplas deficiências nutricionais, mudanças na dieta e a inclusão de suplementos fortificarão o sistema imunológico.
6. Quimioterapia envolve o envenenamento das células cancerosas de rápido crescimento e também destrói células saudáveis também de rápido crescimento da medula óssea, do trato gastrointestinal etc, e causar danos a órgãos como o fígado, os rins, coração, pulmões etc.
7. A radiação enquanto destrói células cancerosas, também queima, deixa cicatrizes e danifica células sadias, tecidos e órgãos.
8. Os tratamentos iniciais com quimioterapia e radiação freqüentemente reduzirão o tamanho do tumor. Contudo, o uso prolongado da quimioterapia e da radiação não resultará em maior destruição do tumor.
9. Quando o corpo tem uma carga muito grande de toxinas da quimioterapia e da radiação, o sistema imunológico é ou comprometido, ou destruído. Em conseqüência a pessoa pode sucumbir por várias espécies de infecções e complicações.
10. Quimioterapia e radiação podem ocasionar mutações nas células cancerosas, tornando-as resistentes e difíceis de destruir. A Cirurgia também pode espalhar as células cancerosas para outros lugares.
11. Um meio eficaz de combater o câncer é fazer as células cancerosas passarem fome, não lhes dando os alimentos de que necessitam para se multiplicar.
AS CÉLULAS CANCEROSAS SE ALIMENTAM DE:
1. O açúcar é um alimentador de câncer. Ao eliminar o açúcar é cortada uma importante fonte de alimentação para as células do câncer. Substitutivos do açúcar como Nutra Sweet, Equal, Spoonful, etc são feitos com Aspartame que é prejudicial. Um substituto natural melhor seria mel Manuka ou melado, mas somente em pequenas quantidades. Sal de mesa tem uma substância química adicionada para lhe dar a cor branca. Melhor alternativa é ´Bragg's aminous (?) ou sal marinho.
2. O leite faz o corpo produzir muco, especialmente no trato gastro-intestinal. O câncer se alimenta de muco. Cortar o leite e substituí-lo por leite de soja sem açúcar faz com que as células do câncer morram de fome.
3. As células de câncer prosperam em ambientes ácidos. Uma dieta a base de carne é ácida e é melhor comer peixe e galeto em vez de carne de vaca ou de porco. Carne bovina também contém antibióticos para o gado, hormônio do crescimento e parasitas, que são prejudiciais, especialmente para pessoas com câncer.
4. Uma dieta com 80% de vegetais frescos e sucos, grãos integrais, sementes, nozes e um pouco de frutas ajuda a colocar o corpo num ambiente alcalino. Cerca de 20% podem ser de alimentos cozidos inclusive feijões. Sucos de vegetais frescos proporcionam enzimas vivas que são facilmente absorvidas e descem até o nível celular dentro de 15 minutos para nutrir e estimular o crescimento das células sadias. Para obter enzimas vivas para formar células sadias experimente e beba sucos de vegetais frescos (a maioria dos vegetais inclusive brotos de feijão) e coma alguns vegetais crus 2 ou 3 vezes ao dia. As enzimas são destruídas a temperatura de 40º C (104° F).
5. Evite café, chá e chocolate, que contêm muita cafeína. Quanto à água – é melhor tomar água purificada, ou filtrada, para evitar toxinas conhecidas e metais pesados da água de torneira. Água destilada é ácida, evite-a.
6. A proteína da carne é de difícil digestão e exige um monte de enzimas digestivas. Carne não digerida ao permanecer no intestino apodrece e conduz a um aumento das toxinas.
7. As paredes das células cancerosas têm uma cobertura de proteína dura. Evitar ou comer menos carne libera mais enzimas para atacar as paredes de proteínas das células cancerosas e possibilita que as células matadoras do corpo destruam as células cancerosas.
8. Alguns suplementos constroem o sistema imunológico (IP6, Flor-ssence, Essiac (???), antioxidantes, vitaminas, minerais EFAs (?) etc.) para possibilitar que às células matadoras do próprio corpo destruir as células cancerosas. Outros suplementos, como a vitamina E, são conhecidos por acarretar apoptose, ou seja morte programada de células, método normal do corpo de desfazer-se de células danificadas, indesejadas ou desnecessárias.
9. O câncer é uma doença da mente, do corpo e do espírito. Um espírito preventivo e positivo ajudará ao guerreiro do câncer a ser um sobrevivente. A ira, o não perdoar e a amargura colocam o corpo num ambiente de tensão e acidez. Aprenda a ter um espírito amoroso e de perdão. Aprenda a relaxar e desfrutar da vida.
10. As células cancerosas não prosperam em um ambiente oxigenado. Exercícios diários e respiração profunda ajudam a proporcionar mais oxigênio para o nível celular. A terapia com oxigênio é outro meio empregado para destruir células cancerosas.
Nenhum recipiente de plástico no microondas.
Nenhuma garrafa de água no "freezer".
Nenhum envoltório de plástico em microondas.
John Hopkins recentemente mandou isto em um dos seus comunicados à imprensa. Esta informação está também circulando no Centro Médico Walter Reed, do Exército.
A substância química dioxina causa câncer, especialmente câncer do seio.
As dioxinas são altamente venenosas para as células dos nossos corpos.
Não congele garrafas plásticas com água, pois isto libera dioxinas do plático.
Recentemente o Dr Edward Fujimoto, Gerente do Programa de Bem-Estar do Hospital Castle, esteve num programa de TV para explicar este risco para a saúde. Ele falou sobre as dioxinas e o quanto elas são ruins para nós. Ele disse que não devemos aquecer nossos alimentos no microondas usando vasilhas de plástico.
Isto se aplica especialmente para os alimentos que contenham gordura. Ele disse que a combinação de gordura, alta temperatura e plásticos libera dioxinas para os alimentos e, finalmente, para dentro das células do corpo.
Em lugar dos plásticos ele recomenda usar vidro, tais como Corning Ware, Pyrex ou vasilhas de cerâmica para aquecer os alimentos. Obtém-se os mesmos resultados, mas sem a dioxina Para coisas como receitas de TV (TV dinners), macarrão de cozimento rápido e sopas, etc., eles devem ser removidos da embalagem e aquecidos em outro recipiente.
Papel não é ruim, mas não se sabe o que o papel contém. Simplesmente, é mais seguro usar vidro temperado. Ele nos lembra que algum tempo atrás, alguns dos restaurantes de comida rápida (fast food) abandonaram recipientes de espuma e passaram para papel. O problema das dioxinas foi uma das razões.
Ele também ressaltou que envoltório plástico, como o filme plástico, é também tão perigoso quando colocados sobre os alimentos a serem cozidos em microondas. Com o alimento sob a ação da microonda, a alta temperatura acarreta que efetivamente toxinas venenosas evaporem do envoltório plástico penetrem no alimento. Como substituto, cubra o alimento com toalha de papel.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Prega a Palavra

Na sua carta a Timóteo, o apóstolo Paulo o exorta a anunciar a Palavra com toda a coragem e firmeza porque virá o tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina e fabricarão para si mestres à feição dos seus desejos.

O texto é muito próprio para a mensagem que a Igreja no Brasil se propôs para o anúncio insistente nesta Quaresma: a defesa da vida.

Não nos é necessário insistir nos atentados à vida que, em páginas de sangue, são estampados diariamente nos meios de comunicação ou que se praticam no recôndito das salas de cirurgia e no silêncio dos laboratórios.

Queremos ressaltar a oposição sistemática que se faz à mensagem da Palavra de Deus. A Cristandade, a partir da Reforma ocorrida no século XVI, vem sendo dinamitada de tal forma que hoje temos uma sociedade laica que se apóia num humanismo filosófico que não reconhece a limitação da inteligência do homem e rejeita a submissão do homem à divindade.

Com o desenvolvimento técnico científico pretende-se conseguir, por meios meramente naturais uma vida permanente e que tenha como um sinal de sua realização o prazer hedonístico, como se tal bastasse para preencher nossa ânsia de vida eterna. Chaga-se à tentação que aconteceu no paraíso terrestre quando, por seu pecado, veio o homem a conhecer o bem e o mal, não logrando, contudo a vida eterna, expulso do paraíso antes de comer do fruto da árvore da vida.

Nesse intuito não há ética nem respeito a qualquer criatura, que se elimina se não serve aos interesses do mais forte. Mais veladamente e sob aparências de falsa ciência se retorna aos tempos de violência às claras do nazismo, pela qual deveriam outras raças serem eliminadas em benefício dos arianos.

Justifica-se o planejamento familiar no campo sócio jurídico com meios que permitem eliminar a vida de indefesos para que se tenha uma sociedade equilibrada e forte ou para que se ressalvem os direitos da mulher de auto determinar-se na gestação ou que não se gastem os recursos governamentais no setor de saúde e educação.

Da mesma forma, postula-se a eutanásia para eliminar vidas que, dentro dos padrões sociais, não tenham mais sentido

Já se encaminha até para o extermínio de todos os que podem representar algo contrário aos interesses econômicos e sociais. Parte-se da figura de criminosos para depois tratar-se como inimigo de guerra o seu meio, os pobres e desafortunados.

A sociedade organizada, o Estado, os Institutos Científicos e Jurídicos afirmam-se autônomos, não em relação à Igreja o que por ela mesma é reconhecido, mas sob este mote, em relação aos direitos fundamentais da pessoa, às normas éticas e morais que ela defende, à Verdade.

Ainda ontem, um grande jornal nacional ressaltava a oposição entre a Igreja e a Ciência e o poder político. Não é novidade. O próprio Cristo já dizia aos seus discípulos da contradição de sua doutrina com os poderes do mundo. O texto Paulino com que iniciamos repete a ordem do Mestre de anunciar o Evangelho a toda a criatura. Quem crer será salvo, quem não crer recusa, por sua atitude, a salvação. A missão, porém, continua. “Ai de mim se não evangelizar”

É importante que nos preparemos bem para anunciar o Evangelho. Se os obstáculos são filosóficos e científicos, o cristão tem de estar a par para mostrar a Verdade com as mesmas armas só que mais brilhantes porque iluminadas pela luz da fé.

A defesa da Vida que se manifesta como a defesa do maior dom de Deus não pode ficar subordinada a conceitos falsos e incompletos. Aproveitemos bem este tempo para nos aprofundarmos na ciência, para iluminá-la com o Evangelho e podermos levar ao mundo de hoje a Mensagem Evangélica
Cristo nos concita a não ter medo, pois Ele venceu o mundo e seu Espírito assiste a Igreja até o fim dos tempos. Anunciemos a Verdade contra tudo e contra todos. Levemos a Luz de Cristo a todos os homens.

DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO METROPOLITANO DE JUIZ DE FORA, MG.
Publicado no Portal A Catequese Católica

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Descer da árvore

E por falar em Pe. Fábio de Melo, reveja palestra feita por ele durante Kairós da Comunidade Canção Nova, em março de 2007.



Nessa pregação. padre Fábio nos fala dos encontros e desencontros da vida.
"Cada vez que amamos, a vida fica eterna em nós e também por quem passa por nós. Neste mundo marcado pela temporalidade, onde tudo é tão fugaz, nós estamos cansados de sermos olhados de qualquer jeito. Nós nos acostumamos a não acender a luz, e por isso não descobrimos a graça do encontro. Se o encontro é acender a luz, o desencontro é apagar a luz."

"Quem me roubou de mim"

Caríssimos,

No próximo dia 29 de fevereiro, durante o Acampamento de Cura e Libertação da Comunidade Canção Nova, Padre Fábio de Melo lançara seu mais novo livro "Quem me roubou de mim".

A obra aborda, com grande profundidade, algumas questões sobre os desafios e a beleza das relações humanas. Apresentando uma linguagem poética e leve ao falar de assuntos tão relevantes em nossas vidas.

"Esta obra não é mais um livro de teoria da vida, mas é a vida de uma teoria. Ele não nasceu do aprendizado acadêmico. Nasceu dos olhos que um dia me olharam e pediram ajuda. Gente que precisava sair dos cativeiros dos afetos, das dependências viciosas, das autoridades arbitrárias e das violências veladas. Não, essa gente não trazia correntes nos pés nem nas mãos. As correntes estavam na alma, aonde nossos olhos apressados não chegam, porque a dor mais profunda requer calma para ser encontrada.

Chamamos de subjetividade toda estrutura humana que se refere ao sujeito particular. É o que há de mais profundo e irrenunciável na criatura humana. É o seu estatuto mais íntimo, o lugar onde o 'eu' sobrevive. Somos imperfeitos, mas não vítimas de nossa imperfeição. O outro também não está condenado a morrer com seus defeitos. Assim, num encontro de imperfeitos nasce um desejo concreto de juntos lapidarem suas humanidades, em busca de uma harmonia que podemos chamar de amor" (Padre Fábio).

:: Baixe o primeiro capítulo do livro

domingo, 17 de fevereiro de 2008

A Devoção dos Cinco Primeiros Sábados

A Devoção dos Cinco Primeiros Sábados


"Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração"
Como praticar a devoção dos Cinco Primeiros Sábados

Na terceira aparição, em Fátima, a 13/7/1917, a SSma. Virgem anunciou que viria pedir a comunhão reparadora nos primeiros sábados”. Mais tarde, a 10/12/1925, quando a Irmã Lúcia já estava na Casa das Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha, Nossa Senhora apareceu-lhe de novo. A Seu lado via-se o Menino Jesus, em cima de uma nuvem luminosa:

"Olha, minha filha – disse-lhe a Virgem Maria – o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado,
    • se confessarem,
    • receberem a Sagrada Comunhão,
    • rezarem um terço e
    • Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar
Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas."

A Confissão
No dia 15 de fevereiro de 1926, apareceu-lhe de novo o Menino Jesus. Perguntou-lhe se já tinha espalhado a devoção à sua Santíssima Mãe. A Irmã Lúcia apresentou a dificuldade que algumas almas tinham de se confessar ao sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias antes do primeiro sábado.

“Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça, e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria”

Por que cinco sábados?
Esta pergunta, levantada por muitos, também a fez a Irmã Lúcia a Nosso Senhor, que assim lhe respondeu:

“Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
1ª. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2ª. Contra a sua virgindade;
3ª. Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4ª. Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5ª. Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens”.(Cfr. Memórias e Cartas da Irmã Lúcia, Porto, 1973).

2º Domingo da Quaresma

Padre Paulo Ricardo explica o 2º domingo da Quaresma.


Para ouvir melhor essa palestra, faça uma pausa na FM Círculo Verde. O controle está logo abaixo no lado esquerdo de nosso blog.
Publicado no Portal da Canção Nova

Por que você canta na igreja?

A experiência com Deus é a essência do cantar para Ele

A primeira coisa que gostaria de questionar aos músicos, sejam eles cantores ou instrumentistas, é: Por que você canta na igreja? O que o levou a fazer isso? Qual a razão do seu canto?

Digo isso porque, ao longo da minha caminhada, encontrei pessoas que iam tocar na igreja e nos Grupos de Oração pelos mais diversos motivos. E o pior é que quase todos eram errados.

Uns iam porque gostavam de cantar e não tinham espaço fora da Igreja; outros porque sabiam os cantos; já outros porque queriam fazer sucesso entre as meninas ou rapazes e ainda havia os músicos que imaginavam que uma banda católica era a mesma coisa de uma banda secular. Todos esses motivos não estão muito corretos.

O que precisa levar um músico a cantar PARA Deus é a sua experiência com o mesmo Deus. É preciso conhecer o Mestre, acreditar n'Ele, conhecer a Sua Palavra e se dispor a vivê-la. É isso que dá força ao seu canto. Um músico católico nunca pode ser igual a um músico secular, pois as palavras e canções, emanadas por ele, têm a força de Deus.

O músico secular pode até fazer muito sucesso, ter muitos fãs e vender muitos discos, mas a sua música, por mais que seja bem arranjada e executada, é música ordinária. Porém um músico católico, que conhece o Mestre e vive ao lado d'Ele, quando executa a música com técnica e arte, traz consigo a unção do Mestre.

Recordo-me da primeira vez em que vi e ouvi Martin Valverde ministrando, nunca havia visto aquele sujeito antes, mas depois daquele momento – de música e oração – minha vida nunca mais foi a mesma. Havia algo naquele homem que nunca havia visto em cantor nenhum. Acho que você conseguiu entender o que estou falando, e iguais a ele, existem muitos outros.

Por isso, quero convidar você para ver e rever as principais motivações que o levam a cantar ou tocar para Deus. Faça um momento de reflexão e seja sincero com você mesmo. Sei que muitas pessoas começam a tocar e a cantar na igreja por outros motivos, mas no meio do caminho encontram-se com Deus, e a partir daí passam a fazer um trabalho coerente. Talvez este seja o seu caso, e se for, retome o seu trabalho com fé e ousadia.

Cadú
Gravadora Canção Nova

blog.cancaonova.com/dominusvobiscum

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Se você crê… então bote a boquinha no trombone!

Se por um lado temos cristãos mornos (arghh!) espalhados pelo Brasil, por outro vemos que surge no meio de nós um povo fiel que crê, e não somente crê, mas ajuda outros a entenderem e também dizerem daquilo que acreditam, a partir do momento que entendem a sua fé.

Quero dar um Glória a Deus pela vida dessas pessoas que não se cansam de evangelizar. Gente que evangeliza em todos os cantos e lugares deste mundo. Que conhece ou está buscando conhecer a doutrina da Igreja, mas não para nisso. Pessoas que rezam e tem seu contato com o Deus ao qual serve. Gente que luta para vencer os seus pecados. Gente que crê em Jesus Cristo e não se cansa de dizer como Pedro:

“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).

E se você faz isso, sabe que não faz por conta própria, mas pelo impulso do Espírito Santo como diz o Catecismo da Igreja católica:

Movidos pela graça do Espírito Santo e atraídos pelo Pai, cremos e confessamos acerca de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Foi sobre a rocha desta fé, confessada por São Pedro, que Cristo construiu sua Igreja… (CIC§424)

Por isso irmã(o), evangelize sem medo! Fale de Deus sem receios! Estudamos sobre a vida de Cristo para podermos anunciá-lo!

Evangelize na escola;
Evangelize na faculdade;
Evangelize na sua;
Evangelize no trabalho;
Evangelize entre amigos;
Evangelize seu namorado ou sua namorada;
Evangelize onde você estiver;

E quando falar de Jesus Cristo, não deixe de dizer: Creio que Jesus é o Filho de Deus.

Ainda que critiquem… Deus vai te acolher;
Ainda que te virem as costas… Deus vai abrir seus braços para você;
Ainda que repreendam… Deus vai se alegrar com você;
Ainda que te chamem de louco… Deus vai te colocar no hospício Dele;
Ainda que te tirem tudo… Deus vai te dar o céu!

Se você crê em Jesus Cristo, repito: Bote a boca no trombone! Saia do armário! Proclame a sua fé! Confirme aquilo que você crê! E deixe o resto com Deus! Creia, as palavras certas virão a sua boca, e isso é promessa Dele!

Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós. (Mt 10,19-20)

Pax Domini

Publicado no Blog Dominus Vobiscum

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Quem tira o pecado do mundo?


“Existem tantas formas de deserto. Existe o deserto da pobreza, o deserto da fome e da sede, existe o deserto do abandono, da solidão, do amor destruído. Existe o deserto da obscuridade de Deus, do esvaziamento das almas sem mais consciência da dignidade e do caminho do homem. Os desertos exteriores multiplicam-se no mundo, porque os desertos interiores fizeram-se tão amplos”. (Bento XVI).

No evangelho de João 1,29-34, encontramos: “João Batista viu Jesus aproximar-se dele e disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’”.

Cordeiro, já no Antigo Testamento, era o símbolo do ser inocente, que não pode fazer mal a ninguém, mas somente recebê-lo. Também na primeira carta de Pedro, Cristo é chamado “o cordeiro sem mancha, que ultrajado, não respondia com ultrajes, e sofrendo não ameaçava vingança”. Jesus é por excelência o Inocente que sofre.

O sofrimento do inocente é a interrogação mais difusa cuja explicação é difícil de ser alcançada por todo o mundo. Parece que os responsáveis são o próprio Deus e a fé que recebemos como dom.

Jesus, tantas vezes, encontrou-se com o sofrimento humano estampado no rosto dos que o procuravam para buscar alívio e cura. Comoveu-se profundamente e acolheu o sofredor com imensa compaixão. Jamais interrogou alguém sobre quem teria pecado, os pais ou o próprio angustiado? Nem tão pouco quis dar explicação sobre o sofrimento do inocente.

“Existe no mundo inteiro somente um Ser que pode perdoar e tem o direito de perdoar.” Ele deu o seu sangue inocente por todos.

Cristo Jesus não veio para dar-nos sábias explicações sobre a dor, mas veio para assumi-la silenciosamente sobre si. Tomando-a sobre si mudou-a de sinal de maldição fazendo-a instrumento de redenção, o valor supremo, o maior neste mundo. Deus nos trata como se tivéssemos a menor culpa e Ele a compaixão e misericórdia infinita. Em seu Filho assumiu o nosso pecado e pelo seu sangue derramado o mérito para sermos perdoados. Ele é a inocência e o sofrimento. Como inocente sofre em sentido absoluto.

O profeta Isaias 53, 5s já o havia apresentado: “o Cordeiro sem mancha”, porque sem ter cometido nenhuma culpa, ele carregou sobre si a pena de tantas culpas. “O castigo que nos dá salvação recaiu sobre ele... O Senhor fez recair sobre ele a iniqüidade de todos nós.” O que aos olhos do mundo é o maior escândalo, a dor dos inocentes, é diante de Deus, a pérola mais preciosa do mundo. O apóstolo Paulo colocou em destaque que o sofrimento e a morte de Cristo na cruz foram escândalo para os judeus e loucura para os gregos, mas este é o meio escolhido por Deus para salvar. O mundo, especialmente hoje, se recusa a compreender o mistério da cruz, porque a sua lei suprema é buscar o prazer a todo o custo.

A propósito do sofrimento do inocente, a fé nos convida a não pararmos tanto sobre as causas, sobre o porquê se sofre, mas sobre seus efeitos: que coisa nasce de tal sofrimento. Um dia, foi apresentado a Jesus um menino cego de nascimento e perguntaram-lhe: “Mestre, quem pecou, ele ou seus pais, por que ele nasceu cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais, mas isso lhe aconteceu para que se manifestassem nele as obras de Deus” (João 9, 2s). Penso em tantas famílias visitadas pelo sofrimento de seus filhinhos e os recebem com imenso amor e os perdem com o coração transpassados de dor. E quando sobrevivem dedicam-lhes um amor com carinho infinito. Sem dúvida, a morte do egoísmo que domina o mundo.

A compreensão e compaixão vêm da fonte que brota do sofrimento de Cristo que culminou com sua morte na cruz, mas teve ressurreição, esperança para todo o gênero humano. Na profecia de Isaias, aplicada a Cristo e lida hoje, ouvimos: “Eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até os confins da terra”. Jesus suscita hoje ainda quanta solidariedade, quanta capacidade de amor, desconhecida do mundo quando cultiva o egoísmo.

Não basta compreender a dor inocente, é preciso urgentemente não aumentá-la. Não podemos atribuir a dor do inocente à fatalidade ou ainda à falhas da natureza. Muitas dessas dores provêm da nossa liberdade, da violência para fazer prevalecer a prepotência sobre o outro, ou simplesmente das nossas omissões. Jesus ensinou aos discípulos: “Sede no mundo como cordeiros em meio aos lobos”.

Cardeal dom Geraldo Majella Agnelo
Arcebispo de São Salvador da Bahia e ex-presidente da CNBB

Fonte: Site CNBB

Paróquia de Fátima - Calendário do mês de feveriro

Caríssimos,

Eis o calendário de eventos de nossa Paróquia de Fátima para o mês de fevereiro.


Calendário do Mês de Fevereiro

15/02/08 - Missa de despedida Pe. Luis Alberto (17:00hs)

16/02/08 – Missa de despedida Pe. Amorim (19:00hs)

16/02/08 – 1º. Feirinha do ECC

17/02/08 – Missa de acolhida de Pe. Ivan (19:00hs)

19/02/08 – Adoração ao Santíssimo

23/02/08 – Feirinha do ECC

28/02/08 – 1º. Encontrão – Tema: Campanha da Fraternidade (Palestra de Mônica Pimentel)

01/03/08 – Feirinha ECC

04/03/08 – Reunião Coordenadores de Círculo – 20h

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O que é a Quaresma?

Assista: Padre Paulo Ricardo explica sobre o tempo da QUARESMA

Como viver o tempo da Quaresma?

Crie em sua casa ou no seu quarto um ambiente convidativo à oração

A Quaresma é um tempo de graça, um verdadeiro Kairós, tempo da manifestação de Deus. Este tempo tem como característica duas realidades muito importantes: 1. Olhar para Jesus; 2. Conversão.

Neste tempo, somos levados pela Igreja a seguir Jesus em seus últimos momentos de vida para – junto com Ele – aprendermos o que é o amor e a misericórdia. Por diversas vezes, o Senhor vai se revelando como o rosto misericordioso do Pai, assumindo até as últimas conseqüências a vontade do Pai, que é salvar a cada filho. É um caminho de “subida”, não só para Jerusalém, mas até o mais alto grau do amor que se concretiza na cruz.

Jesus, muitas vezes, vai anunciar sua Paixão dizendo que o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado e morto, mas no terceiro dia ressuscitará. Vemos nesses anúncios também o desejo do Senhor de se entregar. Está aí a sua disposição em dar até a própria vida em nosso resgate. Ele não somente falou a respeito do amor que se revela ao dar a vida pelos amigos, mas o fez em sua própria vida. Assim, tornou-se o exemplo mais sublime que devemos seguir para realmente sermos felizes.

Quaresma é também conversão, revisão de vida e mudança de atitude. Tudo concorre para isso nesse período: a liturgia, os cânticos, as orações. É tempo de olhar para tudo o que temos vivido e como temos vivido: nossos relacionamentos em casa, no trabalho, na escola, nosso relacionamento com Deus. Será que Ele tem sido o nosso tudo? Nossa relação com Ele é de confiança, de intimidade e amor?

Quaresma é tempo do perdão. O profeta Isaías nos diz no capítulo 30, 18:

“Em vista disso, o Senhor espera a hora de vos perdoar. Ele toma a iniciativa de mostrar-vos compaixão, pois o Senhor é um Deus justo – felizes os que nele esperam”.

É um tempo de grande graça. É o Senhor quem toma a iniciativa de nos mostrar compaixão. Em nossas paróquias, além do tempo normal de confissões, temos os mutirões de confissão, celebrações penitenciais. Tudo se torna propício para nossa conversão. Por isso, não podemos perder tempo.

Algumas atitudes nossas podem nos ajudar a mergulhar fundo nessa graça. Por exemplo:

  • Aproveite esse tempo para silenciar um pouco, criar um clima de interioridade, evitando músicas muito altas em casa, no quarto; valorizando as que nos levam a uma maior reflexão e oração.
  • Separe um tempo do dia para a oração pessoal. Crie em sua casa ou no seu quarto um pequeno altar, ali coloque um crucifixo, uma vela, a Bíblia aberta, para que o ambiente seja convidativo à oração.
  • Nas sextas-feiras, se for possível, medite as estações da Via-Sacra. Isso o ajudará a mergulhar no mistério da Paixão do Senhor.
  • Durante o tempo quaresmal se proponha a também fazer obras de misericórdia. Por exemplo: visitar um doente, visitar um asilo, levar alguma ajuda concreta a uma família mais carente, como roupas que você já não esteja usando ou alimentos. Tudo isso gerará em seu coração um sentimento de alegria por poder fazer algo de bom a alguém.
  • Quaresma é tempo de perdoar e de pedir perdão. Se você tem alguém, a quem precisa perdoar, peça a Deus a graça de conceder esse perdão e se foi você que feriu esse alguém, dê o passo em direção à pessoa e peça perdão. É tempo de reconstruir as pontes de reconciliação.
  • A confissão é fundamental nesse tempo, não deixe para a última hora, procure o sacerdote no decorrer da Quaresma para que, auxiliado pela graça desse sacramento, você colha todos os frutos deste tempo.

A Quaresma é entendida como um grande retiro, um retiro de 40 dias, no qual nos voltamos de coração sincero para o Senhor e d’Ele recebemos uma nova vida. Já há alguns anos, nós da Canção Nova temos feito essa experiência por meio do retiro popular de Dom Alberto. Ele nos tem possibilitado viver esse tempo de maneira intensa e profunda. Esse é mais um modo de se viver bem esse período.

O importante é que eu e você tomemos consciência de tudo o que o Senhor deseja realizar em nossas vidas e nos esforcemos para não deixar a graça passar.

Padre Clovis
cloviscn@gmail.com

Publicado no Portal da Canção Nova

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A perspectiva do tempo quaresmal


A perspectiva do tempo quaresmal é a Páscoa, o mistério redentor de Cristo que lava o pecado do mundo. Na liturgia da missa, há um momento, entre outros, todos de natureza penitencial, que nela estão presentes, em que, humilhando nossa cerviz, rezamos: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós”.

O pecado do mundo, é aquele que herdamos de Adão, como diz São Paulo, na Carta aos Romanos que compõe a liturgia da Palavra do precedente 1º Domingo da Quaresma (Cf. Rm 5, 12-19). Nele temos a raiz do mal ínsita em nossos corações, a soberba da vida, a concupiscência da carne e dos olhos (Cf. 1 Jo. 2, 16). Por ele foi destruída a ordem da criação com a revolta de toda a Natureza e por ele fomos mergulhados nas trevas.

O Cordeiro de Deus veio ao mundo e, imolado por nós, nos obteve uma redenção eterna. Onde era grande o estrago do pecado, mais abundante foi a graça para todos os que crerem no nome do Filho de Deus e, unindo-se à sua paixão, vivam a vida nova que conduz a uma eternidade sem fim.

A penitência do cristão, e falamos especialmente deste tempo, não é uma simples abstenção dos alimentos, a realização de atos de filantropia, mas tem de nascer do coração, de um espírito humilhado como o de Davi após a sua falta, de uma consciência de que partilhamos do pecado do mundo, suas maldades, sua recusa de aceitar a Luz.

São Leão, papa, em seguimento à voz profética de Joel, nos alerta que não só na abstinência dos alimentos consiste o nosso jejum, se não corresponder a uma vontade radical de apagar do nosso coração a iniqüidade.

Ninive, alertada pela voz da Jonas, sentiu não só o pecado individual, mas também o coletivo e se impôs uma penitência, na espera da bondade de Deus. Não foi o sofrimento em si, mas um sofrimento reparador confiado na misericórdia divina. Isso não aconteceu em Sodoma e Gomorra, onde sequer havia um justo a clamar com preces e jejuns por si e pela cidade.

A Igreja nos concita a essa penitência. Um jejum e atos de misericórdia que, unidos ao sofrimento redentor de Cristo e nascidos de corações arrependidos, confiem no infinito amor de Deus: Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

É neste sentido que caminha também a Campanha da Fraternidade, instituída pela Igreja no Brasil diante de graves pecados sociais que mancham a nossa Pátria.

Todos nós estamos conscientes do desrespeito à vida que ora se pratica na sociedade. Basta abrir os jornais ou o noticiário da televisão para tomarmos conhecimento de crimes bárbaros contra a vida. Não são assassinatos que ocorrem no calor de uma discussão. São mortes planejadas e anunciadas. São mortes contratadas. Há pessoas que se prestam, por uma miséria de dinheiro, para matar por encomenda. E por que essa encomenda? Por vingança, e, mais degradante ainda, porque são empecilhos às suas intenções e empresas criminosas.

Mata-se no trânsito irresponsável. Num sistema de saúde inoperante que é capaz de gastar milhões em propaganda de anti-concepcionais, mas não fiscaliza, nem melhora e nem amplia hospitais, e muito menos, constrói novos hospitais, sem dizer no descaso do repasse das verbas de saúde pública para as beneméritas Santas Casas de Misericórdia.

A pretexto de combate à criminalidade, polícia invade e ocupa bairros-favela e trata indiferentemente moradores e criminosos na mira das armas, como se fosse numa guerra externa.

E se aprofundarmos mais, vemos as mortes silenciosas dos inocentes que não se podem defender a pretexto do supostos direitos ao prazer inconseqüente. O Estado, cuja missão primordial é defender a vida e a vida plena, tenta, por uma legislação contrária à lei natural, dar o direito ao crime.

A penitência quaresmal deve levar-nos a pedir perdão por nós e pela sociedade. Deve concitar-nos à conversão e a crer no Evangelho: “Em nome de Cristo vos suplicamos: Reconciliai-vos com Deus. Aquele que não tinha experiência de pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornássemos justiça de Deus.(Cf. 2 Cor. 5, 20-21). Que o Cordeiro de Deus tenha piedade de nós!

DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO METROPOLITANO DE JUIZ DE FORA, MG.


Publicado no Portal A Catequese Católica

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Jejum e abstinência

O jejum consiste em fazer uma só refeição forte ao dia. A abstinência consiste em não comer carne. A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são dias de abstinência e jejum. A abstinência é obrigatória a partir dos quatorze anos e o jejum dos dezoito aos cinqüenta e nove anos de idade.

Com estes sacrifícios, trata-se de que todo nosso ser (alma e corpo) participe em um ato onde reconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano causado com nossos pecados e para o bem da Igreja.

O jejum e a abstinência podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitência cristã.

Por que o Jejum?

É necessário dar uma profunda resposta a esta pergunta, para que fique clara a relação entre o jejum e a conversão, isto é, a transformação espiritual que aproxima o homem a Deus.
O abster-se de comida e bebida tem com como fim introduzir na existência do homem não somente o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento do que se poderia definir como "atitude consumística".
Tal atitude veio a ser em nosso tempo uma das características da civilização ocidental. O homem, orientado aos bens materiais, muito freqüentemente abusa deles. A civilização se mede então segundo quantidade e a qualidade das coisas que estão em condições de prover ao homem e não se mede com a medida adequada ao homem.

Esta civilização de consumo fornece os bens materiais não somente para que sirvam ao homem em ordem a desenvolver as atividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazer os sentidos, a excitação que deriva deles, o prazer, uma multiplicação de sensações cada vez maior.

O homem de hoje deve abster-se de muitos meios de consumo, de estímulos, de satisfação dos sentidos, jejuar significa abster-se de algo. O homem é ele mesmo quando consegue dizer a si mesmo: Não.
Não é uma renúncia pela renúncia: mas para melhor e mais equilibrado desenvolvimento de si mesmo, para viver melhor os valores superiores, para o domínio de si mesmo.


Fonte: Aci Digital
Publicado no Portal da Comunidade Shalom

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Deveriam os cristãos jejuar?

Jejuar significa abster-se de alimento por um certo período de tempo. No Velho Testamento, o jejum está geralmente associado com três coisas: tristeza (Juízes 20:26; 1 Samuel 31:13; 2 Samuel 1:12; 1 Reis 21:27; Ester 4:3; Salmo 35:13; Daniel 6:18); confissão de pecados (2 Samuel 12; 1 Samuel 7:6; Jonas 3:5; Neemias 9:1); e buscar o Senhor (2 Crônicas 20:3; Esdras 8:21, 23; Ester 4:16; Joel 1:14; 2:15; Neemias 1:4; Daniel 9:3). Muitas vezes estes elementos de aflição, confissão e oração foram juntados em períodos de jejum. Um dia regular de jejum foi observado pelos judeus todos os anos: o dia da expiação (Levítico 16:31; veja Atos 27:9). O dia da expiação era naturalmente associado com aflição, confissão e oração, quando o povo se recordava dos pecados que havia cometido durante o ano e oferecia sacrifícios pela sua purificação.

Nos dias do Novo Testamento, os fariseus tinham transformado o jejum em um ritual e um espetáculo. Jesus ensinava que o jejum é para ser feito em particular e não para impressionar os outros (Mateus 6:16-18). Ele também ensinava que o jejum é para ser feito em ocasiões apropriadas, isto é, em tempos de aflição (Lucas 5:33-39). O jejum não é um ritual mecânico, para ser praticado simplesmente com o propósito de jejuar. Mas quando a tristeza, a culpa ou a necessidade por uma comunicação mais íntima com o Senhor pede isso, então o jejum pode ser praticado.

Ainda que o Novo Testamento nunca ordene o jejum, ele mostra que os cristãos primitivos ocasionalmente jejuavam, quando as circunstâncias eram propícias. Por exemplo, em Atos 13:2-3, a igreja jejuava quando enviava dois dos seus professores numa longa viagem de pregação. Em Atos 14:23, as igrejas jejuavam quando indicavam anciãos. Jejuar nunca deveria ser pensado como um meio de manipular o favor de Deus ou como um modo de fazer com que Deus ficasse mais atento às nossas orações. Antes, jejuar pode ser um meio de nos aproximarmos do Senhor, orando e meditando no Senhor, sem interrupção para tomar uma refeição. E o jejum é, freqüentemente, o acompanhamento natural da aflição e da triste confissão de pecado.

-por Gary Fisher

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Quaresma

Como viver bem esse tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola?

Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia:

"Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!" (2 Cor 5, 20); "exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação." (2 Cor 6, 1-2).

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.

Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, "voltamos ao pó" que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: "És pó, e ao pó tu hás de tornar". (Gênesis 2, 19)

Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas humildemente nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc.

Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola ('remédios contra o pecado'). É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos Santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.

Na Oração da Missa de Cinzas a Igreja reza: "Concedei-nos ó Deus todo poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma para que a penitência nos fortaleça contra o espírito do Mal".

Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.

Quaresma é um tempo de "rever a vida" e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: "Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca".

Embora este seja um tempo de oração e penitência mais profundas, não deve ser um tempo de tristeza, ao contrário, pois a alma fica mais leve e feliz. O prazer é satisfação do corpo, mas a alegria é a satisfação da alma.

Santo Agostinho dizia que "o pecador não suporta nem a si mesmo", e que "os teus pecados são a tua tristeza; deixa que a santidade seja a tua alegria". A verdadeira alegria brota no bojo da virtude, da graça; então, a Quaresma nos traz um tempo de paz, alegria e felicidade, porque chegamos mais perto de Deus.

Para isso podemos fazer uma confissão bem feita; o meio mais eficaz para se livrar do pecado. Jesus instituiu a confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: "a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados". Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.

Jesus quis que nos confessemos com o sacerdote da Igreja, seu ministro, porque ele também é fraco e humano, e pode nos compreender, orientar e perdoar pela autoridade de Deus. Especialmente aqueles que há muito não se confessam, têm na Quaresma uma graça especial de Deus para se aproximar do confessor e entregar a Cristo nele representado, as suas misérias.

Uma prática muito salutar que a Igreja nos recomenda durante a Quaresma, uma vez por semana, é fazer o exercício da Via Sacra, na igreja, recordando e meditando a Paixão de Cristo e todo o seu sofrimento para nos salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros.

Não podemos esquecer também que a Santa Missa é a prática de piedade mais importante da fé católica, e que dela devemos participar, se possível, todos os dias da Quaresma. Na Missa estamos diante do Calvário, o mesmo e único Calvário. Sim, não é a repetição do Calvário, nem apenas a sua "lembrança", mas a sua "presentificação"; é a atualização do Sacrifício único de Jesus. A Igreja nos lembra que todas as vezes que participamos bem da Missa, "torna-se presente a nossa redenção".

Assim podemos viver bem a Quaresma e participar bem da Páscoa do Senhor, enriquecendo a nossa alma com as suas graças extraordinárias; podendo ser melhor e viver melhor.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias".
Publicado no Portal da Canção Nova