"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Apóstolos da efusão do Espírito Santo


Somos chamados a voltar ao Cenáculo, para ter um novo Pentecostes

Pela efusão do Espírito, a Igreja é manifestada ao mundo e impulsionada por Ele. O Espírito a inaugurou ao mundo. Ele [Espírito Santo] é dado em Pentecostes na grande efusão; por essa razão, o projeto de Deus é colocá-Lo em público. Às vezes, acontece certa confusão na cabeça das pessoas com relação a esta expressão: "efusão do Espírito Santo". Essa efusão é o acontecimento por meio do qual Deus nos dá uma nova graça de viver uma nova vida.

O Espírito Santo derrama muitos dons sobre a Igreja, mas nem o bispo nem o padre são proprietários d'Ele, muito menos a Renovação Carismática Católica (RCC)! O Espírito Santo não quer fechar as coisas, mas sim, abri-las. Por exemplo: é próprio dos bispos terem o dom do discernimento, ou seja, identificar o que o Espírito Santo fala à Igreja, mas isso não significa que só eles o tenham. Eles precisam estar abertos a novas moções.

O Espírito Santo de Deus é para todos. Deus dá graça própria para você exercer as suas funções. Ele nos dá os dons necessários. Muitos homens e mulheres descobriam que Pentecostes é um fato que se atualiza em suas vidas.

O perfil do apostolado da efusão do Espírito Santo é o de se abrir com docilidade aos dons do Espírito, acolhendo os carismas e não esquecendo que estes [os carismas] são dados para todos. Ser apóstolos da efusão, preparar as pessoas, é clamar o batismo do Espírito Santo, rezar pelas pessoas, impor as mãos. O carisma não é para atrair as pessoas para nós, para nos fazermos de "estrelas", mas é para levar as pessoas a Deus.

Em 1974, participei de um grupo de oração e ali recebi a efusão do Santo Espírito (eram os primeiros da RCC). Era uma graça para tantas e tantas pessoas, as quais hoje são pessoas maduras e treinadas na oração, porque tiveram suas vidas renovadas pelo Pentecostes.

É preciso haver grupos de oração e momentos de oração carismática, porque corremos o risco de transformar a Renovação Carismática em promoção de encontros de massa. Isso é bom, mas é preciso ter a experiência de grupo de oração.

Somos chamados a voltar ao Cenáculo, para ter um novo Pentecostes, pois é o Espírito que nos faz experimentar o fogo do amor. O Pentecostes nos impulsiona a levar para o mundo este vigor do Espírito e Ele dá vida à nossa Igreja. Quando nos abrimos à efusão do Espírito Santo, Ele reforça o nosso encontro.

(Artigo produzido a partir da pregação de 10/01/2008)

Dom Alberto Taveira
Arcebispo metropolitano de Palmas (TO)

Publicado no Portal da Canção Nova

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