Olá gente amiga,
Ouve-se freqüentemente alguém dizer que o primeiro passo é sempre o mais difícil.
Ao nos depararmos com o chamado para uma missão no Movimento, por exemplo, a de ser convocado para assumir alguma função nos quadros ou mesmo para tentar cumprir nossa missão de casal cristão, de alguma forma todos nós sentimos as aflições do primeiro passo. Insegurança, medo de não dar conta do recado e aqueles inevitáveis questionamentos: porque eu? Tem tanta gente melhor preparada! Por que não aquele casal? Tem muito mais experiência; tem mais tempo sobrando.
É assim, não é? Sem ainda nos darmos conta de que o Senhor não nos chama pelos nossos méritos, mas simplesmente porque Ele assim o quis, vamos sofrendo as agruras das naturais dificuldades do início de qualquer missão.
Mesmo depois de algum tempo e até de algum sucesso, custamos a perceber que desde o inicio, houve a mão de Deus a nos conduzir, ao colocar ao nosso lado as pessoas certas, e dá pistas para o caminho e que bastou aceitarmos ser instrumento nas mãos do Senhor, para que as coisas fossem acontecendo.
E os passos incertos e inseguros do começo acabaram nos levando a enfrentar riscos, a aceitar desafios, a fazer acontecer coisas que nunca imaginamos.
Corremos o risco de até nos darmos por satisfeitos com aquilo que através do nosso trabalho foi produzido, até que comece a pensar no ultimo passo. O ultimo é ainda o mais difícil!
É difícil porque o último passo nos acorda para a realidade do que não conseguimos produzir, das nossas eternas omissões.
O ultimo passo coloca-nos na dimensão da nossa pequenez diante da grandiosidade da seara do Senhor: tanta coisa a ceifar, tanto trabalho a fazer. E se for o ultimo passo, será que podemos dizer que fizemos o suficiente?
O ultimo passo é difícil, pois, por ser o ultimo, teria de recompor todas as lacunas, encontrar todas as soluções, realizar todos os sonhos, todo o bem.
Para a nossa sorte, porém, o Senhor só nos pede os primeiros passos, e nem nos deixa conhecer qual será nosso último. Por isso somos convidados a não parar. Deus nos dá a oportunidade de outros primeiros passos, fracos, tíbios, medrosos, incertos, mas que não serão os nossos últimos.
Os primeiros passos são sempre difíceis, mas estes estão ao nosso alcance, neles poderemos nos deparar com a mão estendida de Deus.
Quando Deus chama, chama por amor e para o amor.
Por isso ao ser chamado, não diga não, não se esconda, não vista a armadura do medo.
Arrisque na incerteza dos primeiros passos.
Silvia e Chico
CR Super-Região Brasil
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