"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Matrimômio, caminho de santificação



Os matrimônios de hoje precisam amadurecer nesta realidade

Quando se fala em santificação precisa-se refletir sobre este termo enquanto processo que temos de passar a vida toda para atingi-lo. Ser santo é um processo: o lindo, mas doloroso, processo de santificação. E isso acontece na nossa vida, no cotidiano de nossa existência.

A pessoa casada experimenta de forma muito real este processo na sua vida, pois o matrimônio é um caminho certo para se alcançar a santidade. Começa pelos primeiros anos de casados com a adaptação à outra pessoa: os conceitos dela, a forma de viver e se comportar que passa de um viver individual para um viver a dois; os seus defeitos e imperfeições, que se confrontam com os nossos; a saída da casa dos pais ou de sua própria casa. Todos os conflitos resultantes dessa adaptação são sofrimentos que levam à santificação.

Com o passar dos anos começam outros processos, pois a pessoa muda de costumes e adquire outras manias e formas de pensar. Algumas delas se alienam, se fecham em si mesmas tornando-se egoístas e individualistas; outras se abrem demais e esquecem que estão casadas. Nascem os filhos e as dificuldades continuam a crescer: preocupações, doenças, noites sem dormir, perdem muitas vezes o foco no próprio matrimônio, ficando os filhos como barreiras para o encontro amoroso. Tudo isso é matéria-prima para a santificação dos cônjuges. O problema é quando a pessoa desiste de ser santa e resolve jogar fora a sua maior oportunidade de santificação: quem Deus colocou ao seu lado.

Vejo que os matrimônios de hoje precisam amadurecer nesta realidade: a santificação pessoal de cada pessoa: o esposo, a esposa e os filhos. Mas também isso não é desculpa para que continuem acontecendo as brigas, as discussões enormes, as agressões físicas e morais. Precisamos, sim, investir na própria concepção de pessoa: querer ser melhor para viver melhor com o(a) outro(a), aprender a perdoar e a receber perdão e acolher as dificuldades como formas de santificação que a Divina Providência nos proporciona.

Deus abençoe você.

Diácono Paulo Lourenço

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Publicado no Blog do Diácono Paulo

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