"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bíblia a voz, o rosto e a casa da Palavra

1. A VOZ DA PALAVRA: a revelação. É voz divina, que “ressoa nas origens da criação, quebrando o silêncio do nada e dando origem às maravilhas do universo”! É voz que desce nas páginas das Sagradas Escrituras, que nós lemos na Igreja, sob a guia do Espírito Santo.

2. O ROSTO DA PALAVRA: Jesus Cristo. Está no Evangelho: O verbo (Palavra) se fez carne (Jo 1, 14). E aqui então aparece o Rosto. É Jesus Cristo, Filho do Deus eterno e infinito e ao mesmo tempo um homem mortal, ligado a uma época histórica, a um povo e a uma terra. É Ele quem nos revela o “sentido pleno” e unitário das Sagradas Escrituras, pelas quais o cristianismo é uma religião que tem no centro uma pessoa, Jesus Cristo, revelador do Pai.

3. A CASA DA PALAVRA: a Igreja. Segundo Atos (2, 42), a Igreja proclama o ensinamento dos apóstolos, lendo e anunciando a Bíblia, inclusive na homilia e na Catequese. A Igreja celebra a “fração do pão”, a Eucaristia, que é fonte e cume da vida e da missão da Igreja. Temos ainda a Liturgia das Horas, a leitura orante da Sagrada Escritura, que pela meditação, oração e contemplação conduz ao encontro com Cristo, Palavra do Deus vivo.

Na Igreja temos a “comunhão fraterna”. Não basta ouvir a Palavra de Deus. Na Casa da Palavra temos os irmãos e irmãs de outras Igrejas e comunidades cristãs, que, embora ainda separadas, vivem uma unidade real através da veneração e do amor pela palavra de Deus.

4. OS CAMINHOS DA PALAVRA: a missão. A Palavra de Deus deve percorrer os caminhos do mundo, que hoje são também os da comunicação, informática, televisiva e virtual. A Bíblia deve entrar nas famílias para que pais e filhos a leiam, com ela rezem para que ela seja para eles uma lâmpada para seus passos no caminho da existência.

A Bíblia nos apresenta também o sopro de dor que se eleva da terra, vai ao encontro do grito dos oprimidos e do lamento dos infelizes. Traz no vértice a cruz, onde Cristo, sozinho e abandonado, vive a tragédia do sofrimento mais atroz e da morte. Mas pela presença do Filho de Deus, a escuridão do mal e da morte está iluminada pela luz pascal e pela esperança da glória.

Dom Aloísio Sinésio Bohn

Publicado no Portal A Catequese Católica

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