Jesus com seu amor libertador, acolhia aqueles que eram considerados “pecadores” pelo judaísmo. Com isso abalava os alicerces e estruturas da doutrina excludente e opressora dos fariseus e escribas.
Com três parábolas sobre a misericórdia, Jesus diferencia a concepção de Deus no Novo Testamento. Um Deus amor, misericordioso e solidário. O Deus dos fariseus e doutores da lei é um Deus distante da misericórdia. É o Deus da violência e da guerra de conquistas dos antigos israelitas.
Na primeira e na segunda parábola um homem e uma mulher se alegram ao encontrar um bem que perdera. Este bem significa o encontro do pecador com Deus e de Deus com o Pecador. Aqui figurado que o encontro com o pecador que se volta para Deus, sendo motivo de alegria.
Na terceira parábola, o pai misericordioso acolhe, com grande alegria, sem censura ou recriminações, seu filho de volta. Portanto, o que importa para o Pai não é o erro do filho, mas a sua volta.
Na primeira leitura o povo é qualificado de cabeça dura. Jesus é solidário com o povo e diz que os lideres religiosos é que tem a cabeça dura, portanto, são empedernidos.
Na segunda leitura lembra a conversão de São Paulo, a partir da manifestação da misericórdia de Deus.
Deus procura incansavelmente o pecador. Somos a ovelha extraviada, a moeda perdida e o filho mais moço. Onde Deus é o pastor, o pai de família, a dona de casa, o agente de pastoral e o fiel que celebra a vida cristã. Portanto, é aquele ou aquela que se deixa pelo sentimento de compaixão.
Aceitar um Deus assim, significa entrar na mesma dinâmica de acolhimento e de procurar o outro, principalmente, o mais fraco e necessitado. É superar a atitude dos fariseus e doutores da lei que se identificam com o filho mais velho.
O Pai prepara o filho que volta, sandálias, anel no dedo, roupa nova, festa... Não sabemos o preço de uma pessoa amada, acolhida, mas sabemos o preço de uma marginalizada, excluída, desequilibrada.
Que Deus, nosso Deus nos dê um coração de Pastor, para ir ao encontro das pessoas com a sinceridade, misericórdia e amor!!!
Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
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