"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Plantar o amor

O egoísmo parece aflorar na pele, denunciando o que sentimos

Vivemos em uma época em que a demonstração de boa vontade e disponibilidade de tempo para uma convivência saudável entre as pessoas estão mais distantes. Amar nos parece mais complicado, no entanto, há de se pensar que nos complicamos por pouca coisa.

Em nossos dias, deveríamos colocar como urgente necessidade o ato de amar para compreender, perdoar, dialogar, solidarizar e partilhar. Todavia, os tempos difíceis inibiram iniciativas positivas, denunciando assim a escassez de ações como as do bom samaritano, filho pródigo e a melhor distribuição de renda em favor de um mundo menos injusto.

Reconhecidamente, não são poucas as pessoas empenhadas na construção de uma sociedade mais humana e fraterna. Ressalte-se, entretanto, que experimentamos momentos de incertezas e muitas tribulações, contendas e embates.

Certamente, muitas são as batalhas que temos de enfrentar no transcorrer das horas, e usar de todas as nossas forças é fundamentalmente útil para transpor as dificuldades, os medos ou receios que se nos apresentam no cotidiano.

Para tanto, devemos deixar de olhar apenas para os nossos interesses mesquinhos. Abandonar o vício da insensatez, que corrói nossas entranhas, pode ser um dos caminhos, pois inúmeras são as nossas mágoas por nossos fracassos e incompreensões com relação aos nossos semelhantes.

Claro, não nos faltam 'oportunidades' para exalarmos o mau cheiro dos ressentimentos. Por isso, precisamos sair do 'comainduzido' a que fomos submetidos pela propaganda enganosa do consumismo, que nos corrompe e nos leva a divergências e desentendimentos.

Amargurados e avarentos. O egoísmo parece aflorar na pele, denunciando o que sentimos e carregamos dentro de nós.

Temos de nos desvencilhar dos grilhões que nos impedem de avançar no bom caminho, isto é, em direção aos outros para acolhê-los. Trata-se de uma tarefa que, necessariamente, precisa ser feita e só conseguiremos com amor para – da nossa fragilidade – fortalecer o espírito.

Se abandonarmos definitivamente os indesejáveis vícios, que evidenciamos em nossas atitudes, daremos um passo importante para uma mudança radical em favor da vida.

O amor é o antídoto. Quem verdadeiramente ama propõe, na simplicidade do gesto de amar, a construção do indivíduo responsável e, conseqüentemente, a educação para uma sociedade mais justa.

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Reinaldo Cesar
jornalista TVCN

Publicado no Portal da Canção Nova

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