"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

domingo, 31 de outubro de 2010

Domingo de Jesus e Zaqueu

Na liturgia de hoje, somos chamados a compreender quem é o nosso Deus. Nosso Deus é amigo da vida, Jesus é o Deus que procura quem se perdeu.

Hoje a salvação entrou em sua casa. A casa do seu coração, casa da sua família, do seu trabalho, do seu grupo, da sua missão. É um chamado à conversão.

Domingo passado Jesus falava da Oração, como devemos rezar. A oração do Fariseu e do Publicano mostrou a nós como deve ser a nossa oração. A oração do bem, da paz, da gentileza, da educação, do respeito, da humildade, da simplicidade. Zaqueu era pecador, cobrador de impostos. Era uma pessoa de baixa estatura.

O que o Evangelho de hoje quer nos ensinar? Três coisas:

1º - Precisamos querer ver Jesus. Ver Jesus na Palavra, na Eucaristia, no Irmão...

2º - Superar os obstáculos que impedem de ver Jesus. Zaqueu subiu na árvore. Jesus disse: Zaqueu desce desta árvore, eu quero ficar em tua casa. Jesus quer mostrar a todos sua missão e ao mesmo tempo convocar os cristãos para uma missão.

3º - Conversão. Jesus depois de conversar com Zaqueu é capaz de convertê-lo. Diz Zaqueu: “Senhor, metade dos meus bens vou doar para os pobres. Senhor se eu exigi injustamente de alguém, vou devolver quatro vezes mais.

Descer da árvore significa: se afastar do egoísmo, da maldade, do pecado, do individualismo, é afastar o nosso coração da desonestidade, do mal.

Quem vem a este Santuário é capaz de tomar uma nova atitude diante das interpelações que Deus nos faz. Somos chamados a sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo. O convite continua: Senhor ajudai-nos a viver o vosso amor, minha casa é a casa do Senhor!


Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima









segunda-feira, 18 de outubro de 2010

É preciso ser persistente na oração

Padre Reginaldo Manzotti
Foto: Robson Siqueira
Todo domingo somos convidados na Santa Missa a buscar aquilo que vai ecoar na nossa vida durante toda a semana. Hoje o tema é a oração, a perspectiva, a palavra forte é a persistência. O acampamento fala da cura no amor, quem ama reza, e quem reza ama. É fácil, primeiro olhe para essa mulher do Evangelho porque é fundamental a leitura orante da Palavra de Deus.

A mulher era triplamente pobre, primeiro porque era mulher, o fato de ser mulher a impedia de se colocar diante de um juiz, pobre economicamente e viúva. Jesus usa uma pessoa que realmente era discriminada e desvalida para dizer o quanto é importante rezar.

O objetivo não é colocar Deus como aquele juiz, Deus não é assim, Ele é Pai, o proposito de Jesus não é falar do Pai, mas falar da oração. Deus é Pai e a oração não tem o proposito de arrancar nada de Deus, porque Ele já nos deu muito e dá muito a quem O pede. A oração é um exercício nosso de insistência e de nos convencer de que o que pedimos é certo.

O que esta mulher fez? Esta mulher era pobre triplamente, mas era persistente e esta é uma virtude necessária. O que é que Jesus quer dizer? Primeiro que devemos ser persistentes, caiu levanta, porque ninguém é anjo, o nosso caminho para o céu é cheio de subidas e decidas. As nossas orações devem ser persistentes.

É preciso ser persistente na oração
Foto: Robson Siqueira
Só mude de oração quando você puder dizer: "Senhor obrigado pela graça alcançada". Porque não há prece que passe despercebida aos olhos de Deus. São Jeronimo dizia que quanto mais importuna é a nossa oração, mais agrada a Deus.

Perceba que nós precisamos reafirmar nossa fé, e quando nos damos conta de que nada poderemos sem Deus, e confiamos que “Tudo posso naquele que me fortalece” Então não recuamos, não damos brechas ao inimigo, a hora que me bate o desanimo, eu dobro o joelho, o cansaço eu vou para um retiro, quando bate a tristeza eu rezo, quando bate o peso da cruz, eu peço: “Senhor me ajude a carregá-la, me dá forças para ir até o fim”. Mas por favor não desista, não volte atrás.

Só mude de oração quando você puder dizer: Senhor obrigado pela graça alcançada
Foto: Robson Siqueira
Noites traiçoeiras, eu não tenho medo, tenho medo das noites escuras, porque é quando o inimigo se apresenta, e na noite você não sabe que armas ele está usando. Eu não tenho medo de quem se arma, mas tenho medo daqueles que passam pelas feridas que não curamos, das imperfeições que não damos atenção. Raramente uma casa implode de uma vez, ela começa com uma rachadura aqui e outra ali, até que chega ao alicerce. Onde você está permitindo abalar a estrutura da sua fé?

Há mutas pessoas começando batalhas espirituais mas não estão munidas de oração. E todos perguntam o que é intercessão? Intercessão não é rezar para mim, mas em favor do outro. Como alguém pode dizer que é intercessor se nas coisas pessoais desiste de qualquer coisa?

Intercessão é se colocar entre Deus e a causa, Moisés se colocou entre Deus e o povo. E quando alguém disser para você: “Reza por mim porque estou passando por uma tribulação”. Você precisa se colocar entre Deus e a pessoa e com persistência. O Nosso relógio não comanda a vontade de Deus. Põe na tua cabeça, que as contas dos dias e das horas não são para Deus, são para nós. porque o momento, a hora é de Deus. Saiba esperar a hora do outro mas de joelho dobrado e de coração contrito.

A virtude de hoje até sábado que vem, é pedir: Senhor dai-me perseverança. Não desista de acreditar e de confiar no Senhor. Porque a tempestade vem, mas ela passa. E nessa hora de tribulação o que temos que fazer é dizer: "Senhor seja a minha ancora, o meu porto seguro, meu sustento, Senhor eu estou no meio da tribulação mas eu vencerei porque Deus sempre proverá.

Transcrição e adaptação: Célia M. Grego

Finalidade da música sacra: a glória de Deus e a santificação dos fiéis

"Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de piedade me elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me faziam bem" (Santo Agostinho, Confissões). Este testemunho de Santo Agostinho nos mostra como a música sacra pode ter um papel importante na santificação dos fiéis. E, por isso, os Papas promovem tão empenhadamente o desenvolvimento desta arte, que desde os primeiros tempos do Cristianismo era usada na Liturgia. São Paulo, numa de suas epístolas recomendava: recitai "uns com os outros salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração" (Ef. 5, 19).

Para comemorar o centenário do "Motu Proprio" de São Pio X, "Tra le sollecitudini", o Papa João Paulo II escreveu um documento sobre o tema, no qual recorda os critérios para a escolha do estilo musical mais adequado para a Liturgia.

Impelido por um profundo desejo "de manter e de promover o decoro da Casa de Deus", o meu Predecessor São Pio X emanava, há cem anos, o "Motu Proprio" Tra le sollecitudini, que tinha como objetivo a renovação da música sacra nas funções do culto. (...)

O centenário desse documento oferece-me ocasião para destacar a importante função da música sacra, que São Pio X apresenta como um meio de elevação do espírito a Deus e como ajuda para os fiéis na "participação ativa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e solene da Igreja".

A santidade como ponto de referência

A especial atenção que é preciso reservar à música sacra, recorda o Santo Pontífice, deriva do fato de que, "como parte integrante da solene Liturgia, ela participa da finalidade geral desta: a glória de Deus e a santificação e a edificação dos fiéis". (...)

Este delineamento foi retomado pelo Concílio Vaticano II, no capítulo VI da Constituição Sacrosanctum Concilium (...).

Nessa perspectiva, à luz do magistério de São Pio X e dos meus outros Predecessores, e considerando em particular os pronunciamentos do Concílio Vaticano II, desejo novamente propor alguns princípios fundamentais para este importante setor da vida da Igreja, com a intenção de fazer com que a música sacra corresponda cada vez mais à sua função específica.

Em conformidade com os ensinamentos de São Pio X e do Concílio Vaticano II, é preciso sublinhar, acima de tudo, que a música destinada aos sagrados ritos deve ter como ponto de referência a santidade: ela, de fato, "será tanto mais santa quanto mais estreita for sua vinculação com a ação litúrgica". Por este exato motivo, "não é indistintamente tudo aquilo que está fora do templo (profanum) que é apto a transpor-lhe os umbrais", afirmava sabiamente meu venerável Predecessor Paulo VI (...). Por outro lado, o próprio conceito de "música sacra" recebeu hoje um alargamento de significado, a ponto de incluir repertórios que não podem entrar na celebração sem violar o espírito e as normas da Liturgia.

A reforma realizada por São Pio X visava especificamente purificar a música de igreja da contaminação da música profana teatral, que em muitos países tinha poluído o repertório e a prática musical litúrgica. Também nos nossos tempos é preciso considerar atentamente, como evidenciei na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, que nem todas as expressões de artes figurativas e de música são capazes de "expressar adequadamente o Mistério acolhido na plenitude da fé da Igreja" Conseqüentemente, nem todas as formas musicais podem ser consideradas aptas para as celebrações litúrgicas. (...)

Os cantos e as músicas exigidos pela reforma litúrgica - é bom sublinhá-lo - devem corresponder também às legítimas exigências de adaptação e de inculturação. Porém, cada inovação nesta delicada matéria deve evidentemente respeitar critérios peculiares, como a procura de expressões musicais capazes de proporcionar a participação necessária de toda a assembléia na celebração, sem fazer qualquer concessão à leviandade e à superficialidade. É necessário, portanto, evitar, em última análise, as formas elitistas de "inculturação", que introduzem na Liturgia composições antigas ou contemporâneas as quais possuam talvez valor artístico, mas usam uma linguagem realmente incompreensível.

Neste sentido - utilizando o termo universalidade - São Pio X indicou um ulterior requisito da música destinada ao culto: "Embora autorizando qualquer nação a introduzir nas composições religiosas as formas particulares que constituem o

ORGAO.jpg
O órgão de tubos é capaz de elevar
poderosamente o espírito a Deus e às
coisas celestes.


Órgão da Catedral de Strasbourg (Alsácia)

caráter específico de sua própria música, esta deve estar de tal maneira subordinada aos caracteres gerais da música sacra, que nenhum fiel de outra nação experimente, ao ouvi-la, uma impressão negativa." Em outros termos, o âmbito sagrado da celebração litúrgica jamais deve tornar-se um laboratório de experiências ou de práticas de composição e de execução introduzidas sem uma verificação atenta.

Canto gregoriano, polifônico e popular

Entre as expressões musicais que mais correspondem às qualidades requeridas pela noção de música sacra, particularmente a litúrgica, o canto gregoriano ocupa um lugar particular. O Concílio Vaticano II reconhece-o como "canto próprio da Liturgia romana" ao qual é preciso reservar, em igualdade de condições, o primeiro lugar nas celebrações litúrgicas cantadas em língua latina. São Pio X explicou que a Igreja "o herdou dos antigos Padres (...) guardou-o ciosamente durante os séculos nos seus códigos litúrgicos (...) e continua propondo-o aos fiéis" como seu, considerando- o "como supremo modelo de música sacra". Portanto, o canto gregoriano permanece até hoje um elemento de unidade na Liturgia romana.

Como São Pio X, também o Concílio Vaticano II reconhece que "na celebração dos ofícios divinos, não se excluem de modo algum outros tipos de música sacra, especialmente a polifonia". Portanto, é preciso avaliar com atenção as novas linguagens musicais, para recorrer à possibilidade de expressar também com elas as inextinguíveis riquezas do Mistério reproposto na Liturgia e favorecer assim a participação ativa dos fiéis (...).

Tendo a Igreja sempre reconhecido e favorecido o progresso das artes, não deve causar admiração o fato de ela, além do canto gregoriano e da polifonia, admitir nas celebrações também a música mais moderna, desde que esta respeite o espírito litúrgico e os verdadeiros valores da arte. Portanto, permite-se às Igrejas nas diversas nações valorizarem, nas composições destinadas ao culto, "as formas particulares que constituem de certo modo o caráter específico da música que lhes é própria". (...) O século passado, com a renovação realizada pelo Concílio Vaticano II, conheceu um desenvolvimento especial do canto popular religioso, do qual a Sacrosanctum Concilium diz: "Promova-se com empenho o canto popular religioso, para que os fiéis possam cantar, tanto nos exercícios de piedade como nos próprios atos litúrgicos". (...)

No tocante às composições musicais litúrgicas, faço minha a "regra geral" formulada por São Pio X nestes termos: "Uma composição religiosa é tanto mais sagrada e litúrgica quanto mais se aproxima - no andamento, na inspiração e no sabor - da melodia gregoriana; e é tanto menos digna do templo quanto mais se distancia desse modelo supremo". Não se trata, evidentemente, de copiar o canto gregoriano, mas sim de fazer com que as novas composições estejam impregnadas do mesmo espírito que suscitou e, pouco a pouco, modelou esse canto. (...)

É importante, de fato, que as composições musicais utilizadas nas celebrações litúrgicas correspondam aos critérios enunciados por São Pio X e sabiamente desenvolvidos, quer pelo Concílio Vaticano II quer pelo sucessivo Magistério da Igreja. Nesta perspectiva, estou persuadido de que também as Conferências episcopais examinem cuidadosamente os textos destinados ao canto litúrgico e dediquem especial atenção em avaliar e promover melodias que sejam verdadeiramente aptas para o uso sagrado.

O órgão e outros instrumentos musicais

Ainda no plano prático, o "Motu Proprio" cujo centenário se celebra aborda também a questão dos instrumentos musicais a serem utilizados na Liturgia latina. Dentre eles, reconhece sem hesitação a prevalência do órgão de tubos e estabelece oportunas normas sobre o seu uso. O Concílio Vaticano II acolheu plenamente a orientação do meu Predecessor, determinando: "Tenha-se grande apreço, na Igreja Latina, pelo órgão de tubos, tradicional instrumento musical cujo som é capaz de conferir às cerimônias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito a Deus e às coisas celestes".

Deve-se, porém, reconhecer que as composições atuais utilizam com freqüência modos musicais diversificados, não-desprovidos de dignidade. Na medida em que servem de ajuda para a oração da Igreja, podem constituir um precioso enriquecimento. É preciso, porém, vigiar para que os instrumentos sejam adequados ao uso sacro, correspondam à dignidade do templo, possam sustentar o canto dos fiéis e favoreçam sua edificação.

(Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2004, n. 25, p. 16 à 19)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Novenário de Fátima - Outubro/2010

Foram 10 dias de novenas, terços, missas e festas! O Novenário de Outubro/2010, iniciado no dia 04/10/2010, foi, mais uma vez, uma grande festa de agradecimentos, pedidos, conversões, graças alcançadas e muita, muita fé.

Durante os nove dias de novenas, o Santuário ficou lotado de fiéis que agradeceram a Nossa Senhora por todas as bênçãos derramadas e por sua interseção junto ao seu Filho Jesus. As novenas eram encerradas com a famosa feirinha, com comidas típicas, brincadeiras para as crianças, bingos, leilões e música da melhor qualidade.

Mas o ponto alto da festa ainda estava por vir, o encerramento no dia 13. Como acontecem todos os dias 13, as missas no Santuário são de hora em hora, começando as 05h00min. Às 18h30 a Procissão sai da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo e atrai uma multidão de fiéis para a missa campal com mais de 70 mil pessoas.

A Festa da nossa Padroeira deixa um gostinho de quero mais... então até Maio/2011.

Paz e Bem!!!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A importância da formação religiosa na família

No mundo de hoje não se passa um dia sem que se tenha acesso, seja pelos jornais, pela televisão ou pelo rádio, a relatos de violência, corrupção e devassidão mo ral. Tudo isso, sem sombra de dúvida, é fruto da falta da presença de Deus na vida das pessoas.

Sagrada_Familia_a.jpg
A Sagrada Família, modelo para todas as famílias

Aparentemente, nada nos falta. Temos recursos tec­nológicos jamais sonhados por nossos pais, avan ços fantásticos em todas as ciências, na genética, nas pes quisas espaciais, na produção de alimentos, na ve lo ci dade da informação e das comunicações.

Com tantos e tão extraordinários recursos, deve ríamos estar vivendo num mundo onde imperassem a paz, a justiça, a solidariedade. Mas o que vemos é injustiça, egoísmo, na forma de ataques terroristas bru tais, crimes, seqüestros, guerras, fome, doenças devastadoras, destruição ambiental.

Na sociedade, o consumismo desenfreado, a corrupção, a permissividade, a libertinagem são acei­tos, e em alguns casos até louvados, como padrão nor mal de comportamento. Na televisão, que entra no recesso dos lares, as novelas, os programas de auditório de baixíssimo nível moral e cultural são prestigiados e copiados, por proporcionarem audiência e lucro financeiro. O que ensinam às crianças e adolescentes, na maior parte do tempo entregues à sua nefasta influência? Nada que possa fazê-los crescer espiritual, intelectual ou culturalmente. Ao contrá rio, estão destruindo a família e seus valores, apresentando como normais, e dignos de serem imitados, padrões de comportamento em que a fidelida de, a honestidade, o pudor estão fora de moda, o ca samento de nada vale, o que vale é a satisfação dos sentidos, e aquilo que o povo apelidou de "lei de Gérson", ou seja, "levar vantagem em tudo".

O que podemos concluir daí?

Simplesmente que, preocupadas em satisfazer seu egoísmo, em procurar o prazer acima de tudo, em cultuar o corpo e a beleza física, o sucesso e o di nheiro, as pessoas se esqueceram de que esta vida transitória nos foi dada por Deus para ser vir como ponte para uma outra vida, esta sim, definitiva. E o passaporte de entrada para o Reino de Deus não será baseado em conquistas materiais, no sucesso pro fis sional ou in telectual, no po der que exer ce mos neste mun do. Será fundamentado no Bem que tivermos espalhado ao nosso redor, no serviço de sinteressado ao próximo, na Ver da de e na Be leza de nossas atitudes.

Como poderemos conseguir isso? Através de uma sólida e autêntica for mação moral, de uma prá­tica re ligiosa cons tan te, do exercício da carida de, ali cer çados no amor a Deus e na devoção a Maria Santíssima. É isso que devemos proporcionar a nossos fi lhos, através do exemplo de uma vivência autenti camente cristã.

Um dos valores hoje mais bem-conceituados é a liberdade do indivíduo. Mas o que em geral é esquecido é que a liberdade de cada um implica no respeito à liberdade do outro. Afirma São Tomás de Aqui no que o homem tem toda a liberdade para a prática do bem, mas não, evidentemente, do mal.Sagrada_Familia_.jpg

Nos lares em que esses ensinamentos são pas sa dos dos pais para os filhos é muito difícil que es tes procurem a fuga enganosa pelas vias das dro gas, da promiscuidade sexual ou do individualismo egoís ta.

Se desde cedo forem ensinados, não só por pa la vras, mas pelo exemplo, a manifestarem seu amor a Deus através do respeito ao próximo, da compaixão, da solidariedade, do senso de justiça, enfim, de tudo o que Jesus nos ensina em seu Evangelho, suas vidas seguirão nesse caminho.

O grande desafio proposto a nós, cristãos, no mundo de hoje, é propagar o Evangelho de Jesus a todos, começando por dentro de casa. Não devemos nos intimidar com o que os outros vão achar, nem esmorecer na defesa dos ensinamentos de Cristo. Não importa se formos rotulados de carolas, ultrapassados. Temos de lutar contra o mal que se espa lhou pelo mundo.

Do ponto de vista pessoal, tivemos, meu marido e eu, a grande felicidade de receber de nossos pais essa formação moral e religiosa. Por ela pau tamos toda a nossa vida e a transmitimos a nossos três fi lhos. Sabemos que eles a passarão a nossos netos.

E como bênção maior de Deus, tivemos a graça de co nhecer os Arautos do Evangelho e vir a fazer par te des sa Associação em que recebemos a cada dia no vos meios de aprofundar na vida espiritual, atra vés da oração fervorosa e constante, de atitudes con cretas de apostolado, do exercício da ca ridade, da beleza da música e da so lenidade nas cerimônias religiosas. O conví vio nessa comunidade nos en che de alegria e de paz, aumenta cada vez mais em nós o amor a Deus e à sua Mãe Santíssima, além de tornar mais fácil a missão de evangelização a que fomos cha­mados.

É como um perfume que se espalha no ar: acaba atingindo também nossos familiares e amigos, atra in do-os para o mesmo ideal, numa reação em ca deia. Assim será contagiado um nú me ro cada vez maior de pessoas, que, por sua vez, irão propagar também a de voção a Nossa Senhora como for ma de chegar a Jesus. A célula dessa expansão é a família, mais unida quanto mais fiel for à doutrina de Cristo. Se con seguirmos que muitas sejam assim, esse mundo será um dia uma antevisão do Céu que nos espe ra, um mundo on de Maria reinará soberana e triunfal, conforme prometeu em Fátima.

Eliana de M. L.Vassellucci

(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2002, n. 8, p. 34-35)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

São Francisco de Assim

Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos.

Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a "Senhora Pobreza". Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: "Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?". Ele respondeu que ao amo. "Porque, então, transformas o amo em criado?", replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: "Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas".

Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes.

A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria... Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho. Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida.

Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224. Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas.

O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.


São Francisco de Assis, rogai por nós!

Vida: direito de todos - “Ouvi o coração do meu filho e desisti do aborto”



Fonte: Blog da Redação - Canção Nova

A hora do xeque-mate

Uma partida de xadrez proporciona ao homem atraente repouso e o ajuda a desenvolver o raciocínio. Mas pode também nos levar a considerar a grande batalha da vida.

Marcelo Rezende Costa

Nas longínquas paragens do Oriente, envoltas em mistérios e grandezas, com palácios que parecem aflorar do mundo dos sonhos, nasceu um dos mais interessantes passatempos: o jogo de xadrez. Surgido na Índia, segundo consta, antes da Era Cristã, atravessou as vastidões da distância e do tempo: de lá passou para a China, o Japão, a Coreia, e também para a Pérsia e a Arábia, chegando por fim à Europa, de onde acabou se espalhado por todos os países da Terra.

Os lances desse duelo travado por dois "exércitos" de 16 peças, sobre um tabuleiro de 64 quadrados pretos e brancos, bem podem simbolizar os combates que todo cristão precisa vencer ao longo da sua vida. A bem dizer, cada uma das peças deste jogo parece querer transmitir algum ensinamento para o nosso espírito.

Postados na primeira linha de batalha, os peões avançam decididos diante das dificuldades da luta, dispostos a qualquer sacrifício, sem se deixar intimidar pelas ameaças dos adversários. São, assim, exemplo de como deve agir todo cristão perante as provações, neste vale de lágrimas.

O movimento profundo e retilíneo das torres simboliza a integridade de alma do homem honesto, o qual trilha o caminho do dever sem em nada se desviar. Estas peças dão-nos também o exemplo do holocausto: no lance denominado roque, trocam de posição com o rei para protegê-lo das ameaças do adversário, oferecendo para isto, se necessário, a própria "vida".

A presença dos bispos nos traz à mente a importância da oração, meio seguro para o homem atravessar as mais duras provas sem se deixar manchar pelo pecado. Esgueirando-se em sentido diagonal, estas pedras transpassam agilmente as fileiras do adversário, atingindo eficazmente o seu objetivo.

Capazes de saltar em forma de "L", os cavalos evocam o modo de agir dos missionários enviados pela Santa Igreja a todas as partes do mundo. Quantos obstáculos devem eles superar em sua pugna por conquistar almas para Cristo!xadrez_1.jpg

A mais versátil, elegante e forte das peças do xadrez é a rainha. Ela avança em qualquer direção para todas as posições do tabuleiro, sem que nenhuma outra possa superá-la em agilidade ou poder. Ela se assemelha assim à Auxiliadora dos Cristãos, sempre pronta a socorrer quem A invoca nos momentos de perigo ou necessidade.

Entretanto, todos os lances de defesa ou de ataque se dão em função do rei. Ele é a peça central deste jogo, e a luta por defendê-lo conduz- nos a uma bela comparação: no grande "xadrez" da vida, o "rei" a ser resguardado é a nossa própria alma.

Cabe a nós conservar íntegra essa valiosíssima peça, utilizando para isto a perseverança dos peões, a retidão de espírito das torres, a impostação sobrenatural dos bispos, a agilidade missionária dos cavalos e, sobretudo, a força e prontidão da rainha, sempre disposta a proteger como extremosa Mãe cada um dos seus queridíssimos filhos.

Então, não percamos tempo! A partida já começou. Para alguns, até, talvez esteja próxima a hora de dar, ou de receber, o "xeque-mate"...

(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2010, n. 104, p. 50-51)

domingo, 3 de outubro de 2010

Domingo dos servos inúteis


Jesus se serve da parábola do patrão exigente para falar da relação entre Deus e a Comunidade que crê. É uma imagem chocante! Mas Jesus toma como exemplo as coisas que acontecem no dia a dia para falar de outra coisa.

Neste caso, sugere a atitude do discípulo dentro da comunidade e em relação com Deus. O serviço deve ser desinteressado e gratuito.

O caminho é deixar cair por terra qualquer pretensão que tenta, de alguma maneira, servir-se de Deus ou condicioná-lo à nossa vontade. Mais ainda quando ocupamos cargos de responsabilidades. É difícil não nos identificarmos com nossos papeis e funções. Mas seguir Jesus pede que encontremos alegria e o sentido da vida em nosso ser, e não nas coisas que fazemos.

Que o Senhor, na sua infinita bondade nos dê o seu Espírito Santo para seguirmos o caminho do coração e da vida, renunciando aos desejos e às pretensões que podem nos conduzir à infelicidade.


Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima








A fé e o voto são atitudes pessoais


Podemos colaborar na construção de um país melhor

Neste dia o Brasil todo se movimenta, principalmente porque aqui o voto é obrigatório, para eleger os nossos novos representantes, no Estado e no País. O voto deve tornar a Nação mais conforme com a vontade do Senhor, mais justa e fraterna. Por isso ele [voto] deve ser mais ético. Mas o que entendemos com isso? Ele deve expressar, de forma esclarecida e consciente, a nossa cidadania, superando os desencantos com a política, elegendo pessoas comprometidas com o respeito à vida, à família e à dignidade humana.

Podemos colaborar na construção de um país melhor, mais coerente na administração de sua riqueza e de seus bens. Por isso é importante ir às urnas e votar com liberdade, como expressão de fé e cidadania, sabendo do resultado de tudo isso.

A escolha de bons candidatos é como a escolha do bem ou do mal. Isso significa que o voto tem uma dimensão de fé e de presença de Deus. O que está em jogo é a preocupação com o ser humano. Assim, não podemos dar crédito a pessoas hostis à dignidade das pessoas.

A hora é de colocar a confiança no Senhor e agir com a força da fé. Muitos eleitos têm sido pessoas inúteis e até perniciosas para o Brasil. Agem com atitudes farisaicas, com aparência de ovelhas, mas com prática de lobos ferozes. Quem não tem o coração disponível para Deus e para os princípios de Sua Palavra, não é apto para representar autenticamente a população. Os objetivos dessas pessoas, com facilidade, se tornam reducionistas, servindo a si mesmas e aos grupos de interesse delas.

A fé e o voto são atitudes pessoais, com postura de liberdade. Aí se fundamentam os parâmetros da vida cristã e cidadã. É preciso votar, então, com fé, sabendo que este é o caminho da autoridade credenciada e confirmada por Deus.

Não podemos abandonar nossas raízes cristãs nas horas decisivas da vida. O Altíssimo está sempre presente se estamos também com Ele. É a fé que nos dá lucidez, olhos abertos, confiança e comprometimento com as necessidades do nosso povo.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto


Fonte: Portal da Comunidade Católica Canção Nova

sábado, 2 de outubro de 2010

Servir e aceitar o outro


Um reflexo da nossa mania de grandeza


Uma das realidades mais sérias que trazemos em nós, fruto do pecado original, é a mania de grandeza e a sede pelo poder. Como, dentro de nós, grita uma grande vontade de querermos ser os maiores diante dos outros!

Jesus – muito bem dito isso pelo apóstolo Paulo aos Filipenses – mostrou o itinerário de como sermos grandes, ou seja, o Senhor não se apegou à Sua condição divina, mas assumiu a humanidade de todos nós e esvaziou-se, sendo obediente até a morte e morte de cruz. Este é o caminho.

Na Igreja de Jesus existe – caso contrário seria anarquia – a disciplina e a autoridade; para Cristo, e consequentemente para a Igreja, a autoridade significa serviço, doação da vida aos outros. O maior é aquele que serve, pois há mais alegria em dar do que em receber.

Hoje em dia, muitas pessoas se encontram cegas pelo poder, achando que o poder seja capaz de fazê-las felizes. Pura ilusão, pois a felicidade consiste em darmos a vida pelos outros, procurando sempre estar em último lugar, cedendo o melhor para o outro.

Uma pergunta muito séria é esta, e precisamos respondê-la: estou buscando a autoridade fora de mim, pois dentro do coração nada há pelo fato de eu não estar servindo? Ou minha vida, pela simples atitude de serviço, faz com que eu saboreie a autoridade?

Pelo batismo recebemos essa autoridade e temos de colocá-la a serviço; caso contrário, precisamos buscar fora a autoridade que está em nós e que, nós, a qualquer custo, se preciso for, destruímos o outro para chegar a nossos objetivos.

Uma outra coisa muito séria é quanto ao fato de aceitarmos quem pensa diferente de nós. João e Tiago se enfureceram com aqueles que estavam profetizando em nome de Jesus, mas não O seguiam. ( conf. Lucas 9,46<Somos, também, filhos do trovão; queremos que tudo esteja dentro do nosso monólogo; no qual pensamos que Deus vai fazer o que nós queremos e do jeito nosso.

João e Tiago queriam pôr fogo em tudo; na verdade, destruir e terminar sempre foi mais fácil nesta vida; para tudo. Difícil é virmos com novas ideias e projetos e delicadeza de pensamento. Destruir sempre foi mais fácil; difícil é vir com projetos claros.

Como é difícil conviver e amar aquelas pessoas que pensam diferente de nós, agem de forma diferente, comungam de ideias opostas às nossas! E, muitas vezes, em vez de fazermos dessas diferenças oportunidades de aprendermos e crescermos com elas, nos afastamos delas [pessoas que pensam diferente de nós] pelo preconceito e as rotulamos.

Que Deus Nosso Senhor nos dê a graça de nos colocarmos a serviço uns dos outros e de aceitarmos aquele que pensa, age e se porta diferente de nós.

Padre Marcos Pacheco
Comunidade Canção Nova

Add to FacebookAdd to DiggAdd to Del.icio.usAdd to StumbleuponAdd to RedditAdd to BlinklistAdd to TwitterAdd to TechnoratiAdd to Yahoo BuzzAdd to Newsvine


Fonte: Portal da Comunidade Católica Canção Nova

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sofrimento reparador

As mensagens de Nosso Senhor Jesus Cristo são tão ricas que dão margem a várias reflexões, com as quais podemos mudar e melhorar a nossa vida. Muitas vezes, nós nos lastimamos pelos nossos sofrimentos, quando deveríamos enfrentá-los, com coragem e paciência, na esperança de dias melhores. O pobre da parábola contada no Evangelho de São Lucas 16, 91-31 sofria, mas se contentava com as migalhas que caíam da mesa do rico. No entanto, ao morrer, “foi levado pelos anjos ao seio de Abraão”.

O seu mérito não foi ser pobre, mas enfrentar sua vida de sofrimentos com galhardia e paciência, sem revolta.

Ninguém gosta de sofrimento, mas ele acontece para todos. Jesus Cristo suou sangue ao pensar no sofrimento que O esperava, mas o enfrentou com coragem, paciência e amor. A Ressurreição do Senhor é uma prova de que o sofrimento, aqui na terra, é efêmero e o que importa é a abertura de nosso coração para Deus e Seus desígnios e para o nosso irmão, a fim de que possamos dar-lhe a mão e, juntos, vencer as dores, os sofrimentos e os obstáculos que surgem em nossa vida e na vida do outro.

A dor lava a nossa alma do pecado, assim como a pedra preciosa cintila cada vez mais bela quando é burilada e fica livre das impurezas. Conhecemos vários exemplos, na vida dos santos de Deus e até no nosso cotidiano, de que o sofrimento nos enobrece, nos torna mais fortes, firmes e seguros “como o cedro do Líbano”.

O Cristo afirma que fazer de nossas dificuldades um muro de lamentações não melhora a situação nem nos mostra caminhos melhores. Devemos enfrentar nossas dores como se elas fossem um trampolim para um amor maior; abraçar a nossa cruz com carinho e energia pode nos levar a dias de felicidade e à esperança de nossa ressurreição com Cristo Jesus.

Padre Wagner Augusto Portugal
Diocese da Campanha, vigário judicial

fonte: A Catequese Católica

Festa do Novenário de Nossa Senhora de Fátima

Com a Virgem de Fátima somos Missionários à serviço da Vida Plena


04 à 13 de Outubro de 2010
Santuário de Nossa Senhora de Fátima

Clique AQUI e veja a programação.