"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quando os filhos vêm


Alguns casais acham que o relacionamento está esfriando

Dentro do casamento, com a chegada dos filhos, os casais experimentam a passagem do estado de vida de marido e mulher para pai e mãe. Com o nascimento do filho, a vida tranqüila estabelecida entre os cônjuges pode parecer, para os mais carentes, que estão deixando de ser amados, pois já não têm a mesma atenção de antes. Para outros casais, a criança veio roubar toda a atenção e o cuidado do mundo, e acreditam que, justamente por causa do bebê, o relacionamento está esfriando.

Dentre as muitas adequações que precisamos viver com o nosso cônjuge, a paternidade nos impõe outras mudanças naquilo que antes era vivido apenas entre duas pessoas. O que era necessário para a promoção da harmonia do convívio a dois, passa a ser uma exigência dentro de um triângulo amoroso - pai-mãe-filho.


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A mudança repentina de casais de namorados para família faz com que os cônjuges se sintam, momentaneamente, perdidos sobre como administrar as novas tarefas. Novos hábitos deverão ser assimilados pelos casais, pois, aumentam-se os afazeres e o dia continua com as mesmas 24 horas. A criança, recém-chegada, já estabelece aos pais a obrigação de trocar suas fraldas, arrumar a mamadeira e define ao casal novos horários para dormir e acordar, além de fazer costumeiras interrupções do sono durante a madrugada.

Nas 24 horas do dia o “filhote” exigirá dos pais uma atenção dedicada. Tudo aquilo que era vivido entre marido e mulher - os namoros, as atividades de finais de semana, os compromissos sem hora marcada - passa a ser, agora, vivido em função dos horários permitidos pelo bebê. Conseqüentemente, todas essas novas atividades, facilmente, vão alterar os ânimos, e a relação conjugal poderá ficar muito limitada; até que sejam estabelecidas novas fórmulas para compensar tantas mudanças.

Alguns casais, diante dessa novidade, podem se sentir “maiores abandonados” ou “mal-amados” em razão da desatenção ou falta de solidariedade do companheiro para o cumprimento das novas tarefas como pais.

Antes mesmo de se fazer um diagnóstico condenando a relação conjugal, é interessante lembrar que na proposta do casamento estão implícitas a aceitação e a educação dos filhos. Assim, se os casais não estiverem unidos no mesmo compromisso ou considerarem que os cuidados com o filho cabem apenas à genitora, problemas certamente vão surgir. Novamente, caberá aos casais o desafio de descobrirem no marido o pai e na esposa a mãe, os quais antes de se tornarem pais, continuam sendo as mesmas pessoas “enamoradas e apaixonados” de 9 meses atrás.

Se desejamos ter os mesmos carinhos e atenção de antes, é necessário manifestar a disposição para acolher outras mudanças, que começarão na partilha das tarefas, na paciência e na flexibilidade dos conceitos para o novo que a paternidade e a maternidade traz.

Com a chegada da “cegonha” muitos novos hábitos deverão ser assimilados pelos casais, sem que necessitem abandonar os carinhos de marido e mulher.

Dividir as obrigações alivia a responsabilidade do cônjuge; por conseguinte, propicia o tempinho, suficiente, para se viver com qualidade o momento de pai, agora apaixonado pela mãe.

Um abraço,

José Eduardo Moura

Publicado no Blog Comportamento

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