O autocontrole nos purifica do nosso egoísmo
Um pressuposto indispensável para conseguir a maturidade é a capacidade de autocontrole. Para dar alguma coisa a alguém, antes é necessário possuí-la. Para que nós possamos ser uma doação para os outros, devemos, antes, possuir-nos a nós mesmos, isto é, ter o autocontrole.
Todos os nossos pensamentos, desejos, impulsos sexuais e tudo aquilo que constitui, neste campo, o nosso psiquismo consciente e inconsciente devem encontrar uma forma de equilíbrio através do autocontrole. Deste modo, tendo alcançado uma liberdade interior, o nosso agir será uma doação para quem está próximo de nós no pleno respeito das exigências alheias e da lei de Deus, inscrita no coração do homem.
Sabemos que todo homem e toda mulher são uma obra-prima de Deus, seres únicos e irrepetíveis, criados por amor e lançados por amor na divina aventura da vida. O autocontrole nos ajuda a nos colocarmos perto de todo homem e de toda mulher, não como elemento que perturba este plano de Deus e torna o outro infeliz, mas como alguém que o ajuda a alcançar a felicidade.
O controle de nós mesmos nos purifica do nosso egoísmo e, colocando-nos em atitude de serviço, desenvolve em nós aquela paternidade ou maternidade espiritual de que falaremos mais à frente.
Quando um homem alcançou certo equilíbrio – não digo perfeito, mas, ao menos, suficiente – e sabe sair do próprio egoísmo para se doar, então ele é uma pessoa livre e se encontra nas condições normais para aceitar o chamado de Deus ao matrimônio ou à virgindade.
Podemos dizer que ele tem a pureza no sentido evangélico. Pode, por isso, descobrir e colocar em prática o plano de Deus na sua vida: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus"’. (MT 5,8).
De Enrico Pepe
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Publicado no Portal da Canção Nova
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