"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Como eu posso tentar entender um determinado trecho bíblico?

Devemos ler a Bíblia como a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens…
(Professor Felipe Aquino)

Se a Bíblia foi escrita pelos homens e para os homens, podemos perceber que ela apresenta duas faces: a divina e a humana. Para que possamos interpretar correramente, precisamos conhecer a sua face humana, e a partir dela, entendermos a mensagem que Deus no revela ali. Não podemos interpretar a bíblia de uma forma “espiritualóide”. Isso já fez muita gente cometer erros e heresias terríveis. Porém não podemos ler a bíblia observando apenas os critérios humanos ou científicos. Repito. São duas faces.

Eu acho que Deus foi muito sábio ao revelar-nos sua palavra assim. Observe que a Igreja tem sempre dois pontos a serem analisados. As coisas de Deus são sempre assim. A Bíblia não é um livro caído do céu. Deus não apareceu aos autores e disse: Anote o que eu vou escrever.

É um Livro que passou pela mente de judeus e gregos, numa faixa de tempo que vai do séc. XIV aC. ao século I dC. É por causa disto que é necessário usar determinados pontos de partida para entender a palavra.

Todos os informes que a ciência chamada história nos oferece sobre o sucedido nos tempos passados nos são de grande ajuda para compreendermos as Santas Escrituras…
(Santo Agostinho – Séc IV)

Se usarmos estes pontos para interpretar a palavra, sem medo, iremos desfrutar da palavra com plenitude. No próximo post iremos mostrar referências que a Igreja nos dá para interpretarmos a palavra de Deus.

Cadú - Comunidade Canção Nova

Publicado no Blog Dominus Vobiscum
Leia também: Estudando a palavra de Deus | Algumas considerações sobre as Divinas Escrituras | O que é a Bíblia? | Quem eram os escritores da Bíblia? | A Bíblia é de fato um livro confiável?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Vamos rezar o terço...


Se há um convite e uma insistência para rezarmos sempre, o santo rosário é um meio secular do povo cristão atender a esse apelo. Foi assim na história da Igreja. Sempre que assaltada por heresias, nos perigos de calamidade para a comunidade cristã, o povo clamou por Maria rezando o rosário. E sempre foi atendido.

Todos os atos de nossa vida devem ser dirigidos para a glória de Deus. Mas, do nascer ao por-do-sol ou na profundidade da escuridão da noite, devemos tirar alguns minutos para estarmos a sós com Deus. Sem que o barulho do mundo nos perturbe. E como é suave a presença de Maria nesses momentos.

Adoramos a majestade divina, rendemos-lhe graças e, na confissão de pecadores, imploramos, como o publicano do Evangelho, a sua misericórdia. Se Maria está a nosso lado, podemos sentir que os olhos divinos a ela se dirigem atendendo nossas súplicas, como poeticamente descreveu Dante na Divina Comédia, pois os olhos de Maria não são senão os olhos divinos, olhos de quem é sua filha e sua mãe.

O terço, especialmente se rezado em família, é um momento precioso para esse ato de louvor.

Nele a oração vocal, a oração que Jesus nos ensinou mescla-se com a saudação à Virgem e, enquanto as recitamos, deslizando as contas do rosário, na sua simplicidade nossa mente e coração se elevam à altura da contemplação dos mistérios da redenção. Ao grande amor de Deus que nos resgatou do pecado para participarmos de sua glória em Cristo.

São quatro séries do mistério da salvação que meditamos e que não se esgotam quanto mais os contemplamos.

Poderíamos condensá-los no texto de São Paulo aos Filipenses (2, 5 a 11). A nossa redenção realizada pelo abatimento da Pessoa do Verbo que despe-se de sua glória divina para assumir a condição humana. Fazendo-se igual a nós, exceto no pecado, como ensina São Paulo, viveu as alegrias e dores que todos nós temos de suportar como homens e até o suplício dos escravos na cruz, para então ser exaltado na glória, que tinha junto ao Pai antes de existir o mundo (cf. Jo. 17, 5)e para a qual também nele seremos destinados, como já o foi Maria na sua gloriosa assunção.

Quando o Verbo se fez carne e habitou entre nós, raiou a alegria no coração da Humanidade. Primeiro em Maria quando disse o seu “sim”, para que em seu seio surgisse a verdadeira Vida e a Luz. João Batista, santificado antes do seu nascimento na visita de Nossa Senhora a Isabel, quando veio à luz, ouviu-se nas montanhas, entoado por seu pai, Zacarias, um hino de louvor. Surgia os albores da redenção. Os pastores e os pobres se alegraram com os anjos na noite de Natal e o velho Simeão proclamou que poderia morrer em paz porque seus olhos viram a salvação de Israel.

Na sua vida pública, na alegria em Caná da Galiléia e nas margens do Tiberíades foi proclamado aos pobres que o tacão do opressor fora esmagado e para os que habitavam as trevas surgia uma grande luz. Multiplicou o pão nas planícies e culminou a sua vida antecipando a doação de si mesmo no Pão Eucarístico e no Vinho que nos dá coragem, tornando-nos um com Ele.

Sofreu os tormentos do abandono total dos homens e do Pai e os suplícios da maldade humana. Tudo suportou até entregar-se: “Pai em tuas mãos entrego o meu espírito”.

Por isso foi exaltado e tem um nome glorioso diante do qual curvam-se céus e terra e as profundezas do sheol e do inferno. Ele nos deu seu Espírito para nos acompanhar na caminhada até o dia em que virá tudo assumir e entregar ao Pai o novo céu e a nova terra.

Quando meditamos todo esse amor, podemos ter confiança em expor nossas angústias, e pedidos, manifestar nossa alegria, tudo aquilo que é a nossa vida. Sairemos reconfortados e não teremos medo do perigo e da morte.

O rosário é a oração do povo. Quantos se santificam pela sua recitação. Aproveitemos este mês para oferecermos essas rosas à Maria e recebermos por sua intercessão os méritos da redenção.
Dom Eurico dos Santos Veloso

Publicado no portal da Comunidade Católica Shalom

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cristofobia ou laicidade positiva?


A perseguição sofrida pelos cristãos

Como se já não fossem suficientes as inúmeras fobias surgidas através dos séculos – das quais, a mais famosa, pelo menos ultimamente, parece ser a homofobia –, eis que agora avança pelo mundo mais uma: a cristofobia. Trata-se de uma enfermidade muito mais comum do que se possa pensar. É a aversão ou ojeriza a tudo o que é cristão. Em poucas palavras: todos têm direito à palavra e à cidadania, menos os que aderem ao cristianismo.

Ao participar, no final de agosto, de um congresso de líderes católicos em Rimini, na Itália, Dom Dominique Mamberti, Secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, se referiu à perseguição sofrida pelos cristãos: «A discriminação e a intolerância com os cristãos devem ser enfrentadas com a mesma determinação com que se combatem o anti-semitismo e a islamofobia».

A intervenção do prelado não era dirigida apenas às freqüentes ondas de violência anticristã que se sucedem na Índia e em alguns países comunistas e muçulmanos, mas principalmente ao clima de hostilidade que se verifica em inúmeros ambientes sociais e culturais, nos quais a religião é ridicularizada ou relegada à sacristia, como algo indigno de seres humanos que se prezam.

A expressão “cristofobia” foi introduzida pela primeira vez em 2003, durante a 58ª Assembléia Geral da ONU, para significar a intolerância, a discriminação e a perseguição difundidas em toda a parte contra os cristãos; até mesmo por professores e educadores que apresentam uma história do cristianismo eivada de preconceitos. Ao mesmo tempo em que se lembram e se lamentam as vítimas da Inquisição, das Cruzadas, do Nazismo, do Comunismo e de outros genocídios perpetrados no passado, aceita-se e promove-se, em pleno século XXI, um anticristianismo excludente, em nome da liberdade de opinião e de imprensa!

A Índia é um dos exemplos mais recentes desse anticristianismo. No Estado de Orissa, um dos mais pobres do país, os cristãos estão sendo exterminados às centenas, por causa de sua fé. Um dos novos santos, que esse genocídio oferece ao mundo, é Rajani Majhi, uma jovem de 20 anos, queimada viva por fanáticos hindus, que não aceitavam sua atividade a serviço de crianças párias, a casta dos intocáveis, num orfanato católico.

Para quem endeusa o racionalismo, não lhe sobra nenhum outro caminho para percorrer senão o secularismo e o laicismo, dois corifeus da liberdade de pensamento e de opinião – contanto que seja para si próprios, e não para quem pensa diferente, sobretudo se for cristão! A prova mais cabal foi o que aconteceu com o Papa Bento XVI, impedido por um grupo de professores e alunos ateus de pronunciar sua conferência numa universidade romana, no dia 17 de janeiro deste ano.

Mas, já que há males que vêm para o bem, o fato levou pensadores a rever os conceitos de secularismo e laicismo, como demonstram alguns de seus expoentes mais representativos. Um deles, Fabio Mussi, Ministro do Governo Italiano, assim se expressou: «Não sou crente nem pertenço à Igreja Católica. Mas não compreendo porque o Papa Bento XVI não pôde pronunciar pessoalmente o discurso que enviou por escrito à Universidade. É um texto que merece ser ouvido e discutido. A Universidade é laica, isto é, livre, tolerante, aberta. Se existe um espaço no qual a regra à palavra, a palavra de todos, este espaço é a Universidade».

Jorge Israel, professor na mesma universidade que recusou a visita pontifícia, lembra que os autores do repúdio ao Papa «nunca disseram uma palavra contra o fundamentalismo islâmico ou contra quem nega o holocausto judaico. O que aconteceu foi apenas uma manifestação de uma cultura secularista, a qual, por não ter argumentos, cria demônios e monstros. A ameaça ao Sumo Pontífice foi uma tragédia do ponto de vista cultural e cívico».

A eles se junta a voz do presidente francês, Nicolas Sarkozy, uma autoridade no assunto. Ao receber em Paris o Papa Bento XVI, no dia 12 de setembro, falou de uma “laicidade positiva”, como sendo o caminho por excelência para uma convivência adulta e pacífica entre os povos: «As religiões, sobretudo a cristã, com a qual compartilhamos uma longa história, são patrimônios da reflexão e do pensamento, não só sobre Deus, mas também sobre o homem, a sociedade e a natureza. Seria uma loucura privar-nos das religiões, uma falta contra a cultura e o pensamento. É por isso que falo de uma laicidade positiva. Ela oferece às nossas consciências a possibilidade de chegar a um intercâmbio, muito além das crenças e ritos, sobre o sentido que queremos dar às nossas existências. A laicidade positiva, a laicidade aberta, é um convite ao diálogo, à tolerância e ao respeito. É uma oportunidade, um estímulo, uma dimensão suplementar ao debate público. É um alento para as religiões e para todas as correntes de pensamento».

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Dom Redovino Rizzardo, cs
domredovino@terra.com.br

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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quando os filhos vêm


Alguns casais acham que o relacionamento está esfriando

Dentro do casamento, com a chegada dos filhos, os casais experimentam a passagem do estado de vida de marido e mulher para pai e mãe. Com o nascimento do filho, a vida tranqüila estabelecida entre os cônjuges pode parecer, para os mais carentes, que estão deixando de ser amados, pois já não têm a mesma atenção de antes. Para outros casais, a criança veio roubar toda a atenção e o cuidado do mundo, e acreditam que, justamente por causa do bebê, o relacionamento está esfriando.

Dentre as muitas adequações que precisamos viver com o nosso cônjuge, a paternidade nos impõe outras mudanças naquilo que antes era vivido apenas entre duas pessoas. O que era necessário para a promoção da harmonia do convívio a dois, passa a ser uma exigência dentro de um triângulo amoroso - pai-mãe-filho.


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A mudança repentina de casais de namorados para família faz com que os cônjuges se sintam, momentaneamente, perdidos sobre como administrar as novas tarefas. Novos hábitos deverão ser assimilados pelos casais, pois, aumentam-se os afazeres e o dia continua com as mesmas 24 horas. A criança, recém-chegada, já estabelece aos pais a obrigação de trocar suas fraldas, arrumar a mamadeira e define ao casal novos horários para dormir e acordar, além de fazer costumeiras interrupções do sono durante a madrugada.

Nas 24 horas do dia o “filhote” exigirá dos pais uma atenção dedicada. Tudo aquilo que era vivido entre marido e mulher - os namoros, as atividades de finais de semana, os compromissos sem hora marcada - passa a ser, agora, vivido em função dos horários permitidos pelo bebê. Conseqüentemente, todas essas novas atividades, facilmente, vão alterar os ânimos, e a relação conjugal poderá ficar muito limitada; até que sejam estabelecidas novas fórmulas para compensar tantas mudanças.

Alguns casais, diante dessa novidade, podem se sentir “maiores abandonados” ou “mal-amados” em razão da desatenção ou falta de solidariedade do companheiro para o cumprimento das novas tarefas como pais.

Antes mesmo de se fazer um diagnóstico condenando a relação conjugal, é interessante lembrar que na proposta do casamento estão implícitas a aceitação e a educação dos filhos. Assim, se os casais não estiverem unidos no mesmo compromisso ou considerarem que os cuidados com o filho cabem apenas à genitora, problemas certamente vão surgir. Novamente, caberá aos casais o desafio de descobrirem no marido o pai e na esposa a mãe, os quais antes de se tornarem pais, continuam sendo as mesmas pessoas “enamoradas e apaixonados” de 9 meses atrás.

Se desejamos ter os mesmos carinhos e atenção de antes, é necessário manifestar a disposição para acolher outras mudanças, que começarão na partilha das tarefas, na paciência e na flexibilidade dos conceitos para o novo que a paternidade e a maternidade traz.

Com a chegada da “cegonha” muitos novos hábitos deverão ser assimilados pelos casais, sem que necessitem abandonar os carinhos de marido e mulher.

Dividir as obrigações alivia a responsabilidade do cônjuge; por conseguinte, propicia o tempinho, suficiente, para se viver com qualidade o momento de pai, agora apaixonado pela mãe.

Um abraço,

José Eduardo Moura

Publicado no Blog Comportamento

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dar tempo para o tempo de Deus!


Às vezes me pego brigando com Deus a respeito do tempo…

Que tempo é o meu diante de Deus? Qual é o espaço que ocupo? TEMPO E ESPAÇO. Vocês já pararam para pensar quanta coisa se esconde por detrás dessas duas palavras? Pois eu digo: nessa “duziazinha” exata de letras residem toda a nossa mortalidade, insignificância e efemeridade diante do universo. E, também, podem apostar, toda a nossa grandiosidade.

Tempo e espaço são nossos desafios supremos. Brigamos com eles desde que mastigávamos animais crus em cavernas escuras - e continuamos a enfrentá-los agora que já pusemos os pés na Lua e podemos enviar mensagens instantâneas para qualquer parte do mundo.

Mas o que me fez pensar em coisas tão imensas e complicadas como essas? Às vezes me pego brigando com Deus a respeito do tempo… Quantas demoras. Passado que se torna presente e futuro incerto!

Tempo e espaço. Categorias tão distantes e próximas. Tão incertas e certas! Contrários que se encontram.

Quantas vezes reclamamos de algo ter saído diferente do que queríamos e mais tarde percebemos que foi melhor como aconteceu? Nosso Deus é sábio e quer o melhor para nós, quer que nossa alegria seja completa. O tempo, para Ele, não está limitado no que conhecemos como noção de tempo: passado, presente e futuro. Ele tem planos para a eternidade. O eterno que me espera.

Hoje concluo que é preciso dar tempo ao tempo de Deus! Deus é atemporal! Quer dizer: não tem tempo, é o mesmo ontem, hoje e sempre. Mas, interessante: mesmo sendo atemporal se encaixa no tempo e mexe na história. Localiza-se em meu espaço e me lança no tempo…

Não tenha receio de dar tempo para o tempo de Deus.

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Adriano Gonçalves
adriano@geracaophn.com

sábado, 25 de outubro de 2008

A catequese precisa de catequistas corajosos


Por: Alberto Meneguzzi
E-MAIL: Alberto@albertomeneguzzi.com.br
MSN: meneguzzi@hotmail.com
SITE: www.paroquiadelourdes.com.br
AUTOR DO LIVRO: "Paixão de Anunciar - Reflexões sobre o dia-a-dia na catequese".
Leia os outros artigos
Queria escrever tanta coisa, relatar tantas situações, falar das emoções de tudo o que aconteceu nestes três anos em que me comunico com catequistas de todo o Brasil. Mas vou ser breve, pois a emoção toma conta. Os meus textos surgiram da minha indignação.


Não suporto mais esta catequese medrosa, sem coragem, que se afunda cada vez mais na mesmice, na tradição ultrapassada e que vai do nada a lugar algum. Por isso escrevo, para desabafar.

Coloco meus sentimentos, minhas angústias nas palavras e faço isso chegar a muitas pessoas. Muitos não gostam do meu estilo. Outros se identificam com ele. Mas não escrevo para agradar, para receber elogios, para ser reconhecido.

Escrevo para alertar. Meus textos são como se fossem gritos de desespero e pedidos de ajuda. E muitos catequistas começaram, desde 21 de outubro de 2005, a querer gritar por mudanças e a dizerem que não suportam mais este modelo.

Eu quero dar um passo adiante na catequese. Estou decidido a não tolerar mais coordenadores autoritários, padres ausentes, catequistas preguiçosos. Precisamos enfrentar estes dilemas com coragem, autoridade, discernimento e ação. O silêncio não leva a nada quando o assunto é catequese e seus erros. Quero dar um passo adiante, mas para isso, preciso estar cada vez mais consciente do meu amor pelo projeto de Deus, que vou me deparar com uma série de dificuldades, com caminhos tortuosos, com pessoas que não pensam, ou não querem mudanças.

Por isso me anima, cada vez mais, conversar com cada um de vocês, catequistas que são anjos. Me anima cada recado que recebo e cada manifestação se torna, para mim, um aprendizado. Me anima saber que neste imenso Brasil, sou parte de uma parte que também quer mudanças, que também luta por uma catequese melhor.

Este dia é especial para mim. Dia 21 de outubro é o dia de aniversário dos catequistas ANJOS DO BRASIL, um grupo que mudou minha vida para sempre. Um grupo que me faz readquirir o ânimo perdido, a vontade esquecida, a coragem guardada, a alegria. Me deu forças para prosseguir. Me deu um livro para dividir histórias. Me deu oportunidades de conhecer diversas comunidades por este Brasil. Me devolveu a vida, a emoção e o encantamento pelas coisas de Deus.

Por isso, o meu muito obrigado por você ainda fazer parte desta lista de e-mails. Isso significa que para mim, você é um pedacinho da minha mudança.

Parabéns anjos.

Obrigado por tudo.

A catequese precisa de catequistas corajosos.


Publicado no Portal A Catequese Católica

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Que maravilha! Papai não é perfeito!!!

Dentre as frases mas famosas de nossa infância, você e eu, com certeza, nos lembramos de algo como: “Se você for bonzinho, Papai do Céu vai ficar feliz!”; “Olha só! O anjinho da guarda está chorando! Você foi mau com seu irmãozinho! Que coisa feia!” Este tipo de frase, repetido à exaustão durante nossa infância, pode ter tido, pelo menos, três efeitos devastadores.

O primeiro é a impressão de que Deus só nos ama se formos perfeitos e se fizermos tudo de forma perfeita. Como sabemos, isto é a mais redonda mentira. O segundo, é a noção de que só seremos amados se formos perfeitos. Isso, infelizmente, é uma tendência de nossa mentalidade egoísta e, portanto, não deixa de tornar-se, na prática, verdadeiro. O terceiro efeito, muito mais sutil que os dois primeiros – e muito mais avassalador do ponto de vista do relacionamento familiar e humano – é o de acreditarmos que só é digno do nosso amor quem é nada mais nada menos que... perfeito!

Cuidado! Não chegue rápido demais à conclusão de que, então, só Deus é digno de amor! Ao ler “perfeito”, leia “como eu quero que a pessoa seja”. Isso, naturalmente, exclui Deus, por três razões: primeiro porque, no amor verdadeiro, aquele que é Deus, toda pessoa é digna de amor. Aquela que não é perfeita, no entanto, é digna de um amor todo especial. Segundo, porque se só sei amar quem é como eu quero, isso exclui Deus, que não é como eu quero, mas é inteira e livremente quem Ele é. Terceiro, porque se estou pronto a amar quem é como eu quero que seja, então Deus também está de fora, pois é a mim mesmo que amo, não ao outro e, portanto, não a Deus.

O amor intolerante, orgulhoso, que exige dos outros a perfeição, não passa de imaturidade espiritual e, portanto, humana. Espiritual porque não entendeu ainda que o amor exige renúncia e vem de mãos dadas com a humildade e a tolerância, para que possa tudo crer, tudo suportar e tudo esperar, inclusive, o nada esperar, o nada exigir do outro. Este “amor” ou forma de relacionar-se é, ainda, imaturidade humana. É o amor do adolescente, que exige que o outro seja perfeito, seja como ele quer e espera que ele seja. À menor decepção, o outro é riscado do mapa dos seus relacionamentos. Seus critérios rígidos de julgamento e crítica não deixam passar o menor vestígio do que ele considere imperfeição. Todos têm de ver as coisas como ele, pensar como ele, agir como ele agiria, pensar como ele pensa, querer como ele quer, seguir o seu método infalível, observar suas regras salvadoras. Quem não for uma projeção da fantasia que faz sobre si mesmo, em sua onipotência orgulhosa e, por conseguinte, cega, não é digno do seu apreço, de sua admiração, do seu assim chamado amor ou amizade.

Os relacionamentos familiares e comunitários tendem a repetir ao infinito este comportamento e mentalidade adolescentes. Irmão, irmã, marido, mulher, pai, mãe, sogro e sogra, cunhados e primos, só são dignos do meu amor, admiração e amizade se forem como quero que sejam. Se forem a encarnação dos meus conceitos e desejos, se preencherem minhas carências de minha própria perfeição, então são dignos de mim, de minha companhia, de minha camaradagem e amizade. Podem contar comigo. Porém, se não forem o que exijo, espero, fantasio e, egoisticamente, desejo que sejam, então, adeus! Vai o marido para um lado e a mulher para o outro, os irmãos, primos e cunhados se mordem e esfolam, pais e filhos desistem uns dos outros, desanimados, idosos inadequados são peremptoriamente abandonados.

A maturidade espiritual e humana, aquela autêntica, que vem do amor, começará a desabrochar quando eu puder dizer: “Ele é diferente de mim. Não pensa como eu penso nem como acho que deveria pensar, não vê o mundo e as pessoas como eu creio que deveria ver, não tem as reações que eu teria ou que acho que ele deveria ter. Que maravilha! Ele não é perfeito! Posso amá-lo! Posso deixar de amar a mim mesmo para amá-lo! Que oportunidade fantástica! Tenho a chance de acolher meu irmão como Jesus o acolhe, como Ele me acolhe: porque sou pecador, porque não ajo sempre como ele agiria, porque não penso sempre como ele pensaria, porque não sou perfeito! Ah! Liberdade das liberdades! Posso, finalmente, amar! Encontrei, finalmente, motivos para amar meu irmão: Ele não é perfeito! Ah! Perfeita liberdade que vem tão somente de Deus!”

Ao ler a vida de santos recentes, como Santa Teresinha, como Giana Beretta Molla, que tanto prezaram a vida de família e os relacionamentos familiares, fico a me perguntar em que ponto de nossa história perdemos o sentido do verdadeiro amor, aquele que é vivido em primeiro lugar na família. Aquele amor que preza e valoriza o sacrifício, a renúncia discreta e escondida, o exigir de si mesmo e não do outro, o dar espaço para o outro e, para isso, perder seu próprio espaço, o aceitar desaparecer para que o outro apareça e entender que, no amor encontramos toda alegria. Onde foram parar as virtudes? Onde está este elo perdido?

Não me sinto capaz de grandes análises. Além disso, não há espaço nem tempo. Sei onde encontrar o elo perdido e como, a partir da família, re-estabelecer ligações eternas. É urgente cavar no Evangelho e na vida dos santos o elo perdido do amor que é paciente e bom, que se alegra com a verdade do amar, com a justiça do sacrifício, com a descrição do escondimento, o Evangelho aplicado à família! Não somente aos monges, não somente aos celibatários, mas às famílias. Famílias que vivam e ensinem a viver a tolerância, a humildade, o tudo suportar, o nada exigir do outro, a acolhida do diferente, morrer para que o outro tenha vida. Famílias-escola de virtudes, de caridade, de maturidade, de fortaleza.

Um dia, quem sabe, voltaremos a ouvir frases como: “Shhh! O papai está dormindo, desliga o teu som!”; “Perdoe a mamãe, ela está preocupada hoje”; “Sei que ele está errado, exatamente por isso precisa do teu perdão. Se estivesse certo, não precisaria, não é verdade?”; “Perdoe, filhinho! Perdão, a gente não merece, a gente recisa...”; “Meu bem, precisamos deixar de trabalhar tanto para ficar mais com as crianças. Não importa se ganhemos menos. Teremos como dar-lhes mais!”; “Que tal a gente congelar este prato para quando o irmãozinho chegar de viagem? Ele é louco por peixe!”; “Tenha paciência, não sei se um dia seu pai vai mudar, mas o seu amor por ele pode mudar tudo”.

Neste dia bendito, quem sabe digamos frases como: “O Papai do Céu vai te amar mesmo se você não for bonzinho, mas, por amor a Ele, que tal não bater mais no irmãozinho?”; “O anjinho da guarda viu que você errou e já está vindo correndo te ajudar!”; “Não é maravilhoso que seu pai pense diferente de nós? Temos uma oportunidade imperdível de amá-lo e nos abrirmos para acolhê-lo!”; “Sei que você não gosta de fazer isso, filhinho, mas se você o fizer por amor a Deus e à sua irmãzinha você terá um tesouro no céu. Você aceita o desafio do sacrifício?”

A exigência de perfeição do outro, a intolerância para com o imperfeito e o diferente de nós são, sem dúvida, chagas provocadas pelo egoísmo que tem início na família. Geram eternos adolescentes a baterem o pé pelo mundo afora, tristemente frustrados consigo e com os outros, ridiculamente exigentes da perfeição alheia. No livro e curso “Tecendo o Fio de Ouro” dedicamos toda a segunda parte a este fenômeno que é, sem dúvida, um dos males mais sutis da cultura ocidental hodierna. É espantoso verificar como as pessoas reagem muito mais forte e negativamente ao fato de não serem deuses, de não serem perfeitas, que a grandes dores do seu passado. As dores servem de desculpa para suas eventuais imperfeições, mas seus limites, necessidades e fraquezas que, admitidos e acolhidos, levariam à humildade, tolerância e misericórdia, são, na maioria das vezes, rechaçados, pois são vistos como prova de que não são dignos de serem amados. A reação inicial dos que fizeram o curso foi tão forte que fizemos uma segunda edição mais esclarecedora e publicamos um livro humorístico, “Joaquim e Sua Padiola”, na tentativa de levar a todos a entendermos que quando somos fracos, então é que somos fortes e quando aceitamos ser fracos, então teremos aberto o caminho para a humildade, tolerância e caridade, para o amor gratuito, fruto de uma libertadora decisão de amar o não amável, o não aceitável, como renúncia livre e amorosa, como exercício maior de amor a Jesus, nosso Esposo.

Na família – quem diria – esconde-se o segredo do amor esponsal a Jesus oculto e revelado em cada homem imperfeito!

Maria Emmir Oquendo Nogueira
queroouvirvoce@comshalom.org

Publicado no Portal da Comunidade Católica Shalom

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mês das missões


Nós também somos chamados para o anúncio de Cristo

Neste mês de outubro, a Igreja se volta para a necessária compreensão das Missões, isto é, da permanente preocupação pelo anúncio do Evangelho a todos os povos. A vinda de Cristo à terra foi para nos revelar o mistério de Deus e ensinar-nos a caminhar para vivermos na sua graça e assim merecermos uma felicidade que não tem fim, que é o céu. São muitos os povos ainda hoje, aos quais a revelação divina de Cristo não os iluminou. Não conhecem o Salvador, a sua vinda histórica, a sua doutrina e o destino feliz a que Deus nos chama.

A ordem de Cristo – “Pregai a boa nova do Evangelho a toda criatura” – nos impulsiona a levar ao mundo todo a notícia feliz que, desde o nascimento de Cristo em Belém, foi anunciada pelos anjos aos pastores e a nós: “Nasceu hoje para nós o Salvador”. Aquela parábola (Mt 20), em que, nas diversas horas do dia, o Senhor convida os trabalhadores para sua vinha, é um chamado a cada um para pôr-se a serviço do Evangelho.

Há uma cena que nos deixa bem claro como o Senhor chama para a honrosa missão de anunciar a todos a salvação. É quando Jesus passa pela banca de impostos de Mateus e o chama – a ele pecador público, como era considerado – para fazer parte dos seus seguidores. De cobrador de impostos tornou-se imediatamente seguidor fervoroso de Jesus. A graça transforma.

Neste mês, a Igreja insiste na necessidade da missão, isto é, de anunciar a salvação, que nos é dada, pelo conhecimento de Jesus e pela adesão fiel e resoluta a Ele, no Messias Salvador.

Cristo nos chama. Não foi só Mateus que foi chamado. Também Paulo, no caminho de Damasco que fez dele o mais ardoroso anunciador de Cristo. A graça agiu nele, transformando-o de perigoso perseguidor em apóstolo, cujo “viver era Cristo”, como ele mesmo confessa. Nós também fomos chamados e isto é a nossa felicidade.

Causa porém tristeza ver como muitíssimos cristãos não têm pelo Senhor Jesus fervoroso entusiasmo, a tal ponto que os leve a anunciá-lo aos que ainda não o conhecem, anunciá-lo pelo testemunho da própria vida oportunamente, sem medo, sem fanatismo, mas com a sinceridade da fé e do amor. Anunciá-lo pela palavra, quando oportuna e pelo testemunho. Outubro é o mês em que a Igreja procura acender o zelo de seus filhos para o anúncio de Cristo em favor dos que O não conhecem e estimular o testemunho dEle para a sociedade em que vivemos.

Dom Benedicto de Ulhôa Vieira

Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ser cristão, um caminho a seguir


Deus é sempre fiel e conta com a nossa fidelidade nas intenções

Pois é … Os antigos cristãos, logo nos primeiros anos do cristianismo, eram chamados de aqueles que seguiam o “Caminho”(Cf . At 9, 2). Era o termo usado para o cristianismo nascente. Os relatos bíblicos falam que em Antioquia eles foram, pela primeira vez, chamados de cristãos(Cf. At 11, 26).

Alguns estudiosos dizem que o nome “cristãos” foi dado pelos romanos, que queriam denominar aqueles que seguiam Jesus, o chamado “Cristo”(ungido em grego), e faziam parte deste movimento religioso que tinha convicções religiosas diferentes das do Império Romano. Para os romanos, algo depreciativo e que representava, em determinado momento da historia, uma ameaça à soberania dos Imperadores romanos. Porém, alguns outros afirmam que o nome “cristão” foi utilizado para descrever uma qualificação dos seguidores de Jesus, ou seja, aqueles que também eram portadores da unção que era recebida com o batismo.

Porém, quer seja um nome depreciativo ou uma qualidade atribuída pelos moradores de Antioquia, o fato é que ser cristão, não é um título ou um apelido, é uma questão de ser. Desde sempre, o ser cristão é algo que pressupõe responsabilidade. Somos seguidores do Caminho, que é Jesus. Estamos à caminho do céu. Este céu que já começa aqui e se plenifica na eternidade, pois Jesus trouxe os valores do Reino de Deus, com a sua entrada na historia, no tempo, no espaço, em vista da plenitude dos tempos.

Deus é sempre fiel e conta com a nossa fidelidade nas intenções e nas atitudes, para promover o bem, contando sempre com a sua graça para sermos cada vez mais transformados. Somos “caminheiros” e no “Caminho” que seguimos temos quedas, encontramos atalhos, passamos por obstáculos, andamos em passos mais largos ou mais lentamente. O importante é ter os olhos fixos na nossa meta que é o Céu, andando pela via da nossa salvação, ou seja, olhando fixamente para Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, pois Ele já fixou o olhar sobre nós por primeiro e nos amou com um amor sem limites.

Nesta certeza que somos chamados sigamos o Caminho, como os primeiros cristãos, sabendo que Jesus é a nossa força e a nossa salvação.

Tarciana Barreto

Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A Palavra de Deus na vida e missão da Igreja


Anunciar e transmitir Cristo por meio da nossa conduta de vida

Em toda a história da Igreja e do povo de Deus a Palavra de Deus sempre ocupou um lugar fundamental, a começar pelos princípios de nossa existência, ou seja, pela nossa própria criação. Deus criou o mundo e o edificou através da Palavra, ao longo do tempo. Ela foi comunicada aos homens e transmitida a eles - por intermédio dos que foram escolhidos e enviados pelo próprio Deus - para que se comunicassem entre si conduzindo e orientando a humanidade ao longo da história. No tempo oportuno, a própria Palavra: “O Verbo se fez carne e veio habitar no meio de nós” (Jo 1,14).

Mediante essa revelação, portanto, o Deus invisível, levado por Seu grande amor, fala aos homens como amigos e com eles se entretém. Assim chegamos ao longo dos tempos e percursos da história, guiados e orientados por esta Palavra, que constitui sustentáculo e vigor para a Igreja e para seus filhos firmeza da fé, alimento da alma, pura e perene fonte da vida espiritual.

“Nós queremos confirmar uma vez mais ainda que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja!” (Trecho da Declaração dos padres sinodais ao final do Grande Sínodo de 1974).

“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!” (Mc 16,15).

O mandato e o envio de Jesus aos Seus apóstolos é bem claro e evidente. Eis a grande missão da Igreja. São Mateus o completa: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28,19-20).

Todo esse anúncio está contido em Jesus. Ele é a Palavra, o Verbo de Deus (cf. Jo 1). Toda a missão e o ministério de Cristo partem da Palavra do Pai, a Palavra de Deus. Aí está expresso, para nós, o princípio da missão. “O espírito do Senhor está sobre mim, porque me conferiu a unção; a anunciar a Boa Nova” (Lc 4,18).

Ao longo da história do Povo de Deus, o próprio Deus se comunica com os Seus escolhidos e os envia a falar aos homens: “Vai, portanto, que eu estarei com tua boca e te ensinarei o que deverás dizer” (Ex 4,12).

A missão parte da Palavra. Ela continua a ser sempre atual, sobretudo, quando ela é portadora da força divina, assim também como mantêm todo o seu vigor as mesmas palavras do apóstolo Paulo: “Logo a fé vem pela pregação e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10,17).

E o que nos apresenta a Palavra de Cristo? A grande Boa Nova do Reino de Deus, um programa de vida, um estilo de vida, “pois não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do batismo e da vida segundo o Evangelho” (Paulo VI, Evangelli Nuntiandi).

Esse programa de vida nos apresenta um caminho: a verdade e a própria vida contida em Jesus e apresentada por Ele e por todos aqueles que são enviados em Seu nome. Vivemos novos tempos e conseqüentemente desafios novos provenientes do tempo em que vivemos, no qual a busca e a sede pelo conhecimento tornam-se a cada dia mais intensos. Novas linhas de pensamento e mentalidades nas quais, muitas vezes, a “verdade” é transmitida por conveniência e a mentira se camufla e se disfarça de verdade.

Atual continua a ser o envio de Jesus a nós, os discípulos de hoje, “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações”. Precisamos dar e ser essa resposta aos desafios e necessidades atuais desta grande missão, nos tempos de hoje, dentro do contexto no qual estamos inseridos, não temendo os desafios e tudo aquilo que vier por conseqüência da missão. Precisamos anunciar a Palavra com a nossa vida: “Para que se alguns não obedecem a Palavra venham a ser conquistados sem palavras, pelo procedimento. Será, pois, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja , antes de mais nada, evangelizara este mundo; ou seja, pelo seu testemunho vivido com fidelidade ao Senhor Jesus (...)” (Paulo VI).

Há muitos lugares onde a Boa Nova, isto é, a Palavra de Deus, já foi anunciada e o está sendo; mas também há muitos aos quais ela ainda não chegou. E há outros nos quais, por motivos políticos e religiosos dominantes, não se pode expressar a fé. Muitos são os homens e mulheres que têm dado a sua vida e a estão transformando num anúncio, sem palavras, da própria Palavra. Estão anunciando o Reino de Deus com a própria vida. Eis o grande desafio para os discípulos de hoje e a grande necessidade para o tempo em que vivemos: transmitir a Palavra de Deus por meio do nosso testemunho de vida. Como discípulos e missionários essa é a nossa grande resposta à missão dada e orientada por Cristo-Palavra: anunciá-Lo e transmiti-Lo por meio da nossa conduta de vida.

André Felipe - Com. Obra de Maria
andre@obrademaria.com.br

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

'Dar um F5' na minha vida


'Aumente a memória' de seu relacionamento com Deus

Estou atualizando minha vida. Como passa o tempo e "notícia velha irrita muita gente", eu procuro atualizar minha vida a cada momento. "Dar um F5" é ter a certeza de que algo de bom aconteceu naquela situação que estava parada na janela do meu "Windows".

Às vezes, no ato de atualizar, "dar F5", encontro situações que "não respondem ao sistema". Situações que "travam" outros "programas". Privam-me de ter acesso aos meus relacionamentos. Nessa hora é preciso ter coragem de dar um "Ctrl + Alt + Del", bloquear situações, fechar janelas. E se preciso for, "desligar" ou fazer "logoff".

Lembro-me do passado como um aprendizado, não como uma prisão; vivo o presente semeando no hoje os frutos do amanhã. E deixo "arquivado" aquilo que me promove como pessoa.

Revejo atitudes, analiso se algo não precisa ser mudado; se descobrir que sim, procuro não me envolver com a angústia, e sim, com a serenidade que é o primeiro passo para que a mudança ocorra. "Lixeiras" também precisam ser esvaziadas. É preciso ter coragem de "formatar" nossa história.

Vivo o luto, porque se não chorarmos nossas dores, não podemos fechar um ciclo e iniciar outro, e a vida é constante renovação. Então, não paralisemos nossos passos nem nos tornemos descrentes; aprendamos a viver.

Um novo "comando" pode ser dado!

Agora envio para você este "SMS":

"Aumente a memória de seu relacionamento com Deus e compartilhe com os que ama aquilo que foi registrado em seu coração".

Creia: ser gente é ter capacidade de dar "ESC" quando precisar; "F5" a cada dia, e também "reiniciar" quando tudo deu errado, na certeza de que novas "janelas" lhe são oferecidas.

Tamu junto!

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Adriano Gonçalves
adriano@geracaophn.com

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Autocontrole – uma necessidade de todos


O autocontrole nos purifica do nosso egoísmo

Um pressuposto indispensável para conseguir a maturidade é a capacidade de autocontrole. Para dar alguma coisa a alguém, antes é necessário possuí-la. Para que nós possamos ser uma doação para os outros, devemos, antes, possuir-nos a nós mesmos, isto é, ter o autocontrole.

Todos os nossos pensamentos, desejos, impulsos sexuais e tudo aquilo que constitui, neste campo, o nosso psiquismo consciente e inconsciente devem encontrar uma forma de equilíbrio através do autocontrole. Deste modo, tendo alcançado uma liberdade interior, o nosso agir será uma doação para quem está próximo de nós no pleno respeito das exigências alheias e da lei de Deus, inscrita no coração do homem.

Sabemos que todo homem e toda mulher são uma obra-prima de Deus, seres únicos e irrepetíveis, criados por amor e lançados por amor na divina aventura da vida. O autocontrole nos ajuda a nos colocarmos perto de todo homem e de toda mulher, não como elemento que perturba este plano de Deus e torna o outro infeliz, mas como alguém que o ajuda a alcançar a felicidade.

O controle de nós mesmos nos purifica do nosso egoísmo e, colocando-nos em atitude de serviço, desenvolve em nós aquela paternidade ou maternidade espiritual de que falaremos mais à frente.

Quando um homem alcançou certo equilíbrio – não digo perfeito, mas, ao menos, suficiente – e sabe sair do próprio egoísmo para se doar, então ele é uma pessoa livre e se encontra nas condições normais para aceitar o chamado de Deus ao matrimônio ou à virgindade.

Podemos dizer que ele tem a pureza no sentido evangélico. Pode, por isso, descobrir e colocar em prática o plano de Deus na sua vida: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus"’. (MT 5,8).

De Enrico Pepe

Vera Lúcia Reis
artigos@cancaonova.com

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