"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Fofocas


A fofoca, na verdade, revela a fraca auto estima de quem a provoca


É muito difícil manter a paz e a serenidade até descobrirmos a páz inquieta. Ela é exatamente o contrário da apatia: provoca-nos as mudanças necessárias e nos ajuda a aceitar o que não pode ser mudado.

Infelizmente o mundo parece não gostar das coisas boas. Prova disso é o amplo espaço que dá às coisas negativas. Existe uma sede muito grande de fofoca no coração de muitas pessoas. São os “urubus” sociais. Ficam a espera de algo negativo para poder alardear. Mentiras, fofocas, calúnias... e isso gera um pessimismo de vida, um negativismo constante. Com isso as pessoas não sabem mais sorrir. Vivem criticando e se lamentando... Acho que aqui se encontra uma das grandes causas da maioria das doenças.

Sabemos que existe uma causa para tudo isso. As pessoas que vivem para falar mal das outras na verdade estão querendo se esconder por trás de tudo isso.

Com medo de que se descubram o quanto são infelizes e frustradas, elas procuram comentar a vida alheia esperando que suas carências e frustrações passem despercebidas. São doentes sociais, não aprenderam a saborear a vida. São carentes e mal amados e além disso têm medo de buscar auxilio. A fofoca, na verdade, esconde sentimentos negativos plantados no coração dessas pessoas.

Muitos nunca descobrirão essa paz inquieta porque são especialistas em criticar os outros. São aqueles que estão sempre atentos para descobrir o erro alheio e mais prontos ainda para alardear estes erros aos quatros ventos... O pior crítico é aquele que, inconscientemente, é o maior crítico de si mesmo. O processo funciona mais ou menos assim: uma pessoa, por ser incapaz de atingir seu padrão pessoal, devido à fraca auto-estima, consequentemente não admite que ninguém atinja padrão algum. A verdade é que ela sente prazer em provar que os outros são de fato tão deficientes e ruins quanto ela em seu próprio conceito.

O tempo é o senhor da razão. Se as críticas são mesmo injustas, com o tempo as pessoas acabam descobrindo isso por si mesmas. Quem tem coração tranqüilo e paz inquieta não precisa se preocupar com a autodefesa. Os que conhecem realmente a pessoa estarão sempre prontos a defendê-la.

A paz inquieta não se consegue por meio de brigas, duscussoes, ações penais, autodefesa e tantos outros caminhos que as pessoas nos sugerem. A paz inquieta é fruto de um coração sereno. Ela nos vem pela graça de Deus e pela humildade.

Humildade não é sinônimo de apatia e roupas velhas ou surradas, é uma atitude de vida, é saber quem somos. Conhecer nossos defeitos, limitações e trabalhar para mudar o que pode ser mudado. Isso exige um coração curado.

Pela cura interior, o Espírito Santo molda nosso coração, tornando o semelhante ao coração de Jesus Cristo.

É um processo lento e progressivo. Exige que sempre fiquemos atentos às moções do Espírito, que sempre procuremos nos alimentar com a palavra de Deus e com os sacramentos que o Espírito presenteou à Igreja, especialmente os sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação.

A cura interior nos ensina que viver é como nadar contra a corrente. Não podemos parar nunca. Por isso precisamos sempre ter objetivos bem-definidos para a nossa vida.

Quem sabe para onde vai não se detém diante de criticas injustas. A cura interior nos ajuda também a discernir o valor da crítica positiva e construtiva. Ela nos revela que todos somos passíveis de erros e falhas e nos ajuda a aceitar tudo isso como um grande processo de amadurecimento.

extraído do livro Seja feliz todos os dias

Pe. Léo

Publicado no portal da Canção Nova

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