Para os recém-casados, temos a impressão que todo o tempo do mundo seria pouco para viverem a realização dos projetos idealizados a dois. Com o passar do tempo, alguns casais deixam de lado o zelo, o cuidado pelo outro, e o projeto de “viver felizes para sempre” parece ser ofuscado em função das dificuldades pertinentes ao convívio ou talvez pela grande importância dada a fatores de menor relevância.
Se para estabelecer fortes laços de amizades precisamos “quebrar o gelo”, da mesma forma, dentro de um relacionamento conjugal será necessário rasgar a película do individualismo, melindres, rancores entre outros problemas, que poderão surgir com as tribulações no comum do dia-a-dia. Com isso, nos deixamos ser influenciados pelas experiências, conceitos, entendimentos e razões do outro. Muito mais que, apenas, dividir as obrigações e responsabilidades comuns da vida conjugal, deve estar o desejo de compor uma nova história de vida com a participação especial daquele(a) a quem amamos.
Observando os casais transeuntes em ambiente público, facilmente diferenciaremos os namorados dos casais que já vivem, há algum tempo, o matrimônio. Até podemos ficar escandalizados com os namorados mais apaixonados que trocam carícias de maneira desenfreada, esquecendo-se de que estão em ambiente público. Em outras ocasiões, poderemos ser surpreendidos com gestos de carinho de outros casais que aparentam ter anos de convivência. Com poucos cabelos e esbranquiçados pelo tempo, ainda cultivam a alegria de propiciar ao outro o hálito do amor partilhado na simplicidade de um beijo.
Alguns casais ainda sabem proporcionar um ao outro a segurança por meio das mãos entrelaçadas, mesmo que já não detenham a mesma vitalidade das forças de antes. Para eles, se fossem interpelados com a sentença do cônjuge: “O que sou para você?” Certamente a resposta seria alguma coisa parecida com “Você é o melhor pedaço de mim!”
Talvez alguns casais não tenham uma resposta para a simples pergunta do cônjuge: “O que sou para você?” Mesmo que quem esteja lhe perguntando isso não seja um estranho, mas alguém a quem se conhece muito bem, e está ao seu lado por muito tempo. Pois, mesmo convivendo sob o mesmo teto, dividindo a mesma cama, muitos não participam da vida um do outro como se fossem um.
Talvez, os bilhetinhos apaixonados em um pedaço de guardanapo, ou o beijo de “bom dia” somado com o desejo de se comprometer com o cônjuge naquilo que contribui para a sua felicidade, possa ser o começo para fazer com que o outro se apaixone novamente. A cada manhã será necessário reviver as atitudes que, um dia, conquistaram a atenção e o amor do outro. Dificuldades todos os demais casais também viveram e souberam superar quando, somado aos seus esforços, depositaram a confiança n’Aquele que os uniu.
Um abraço, Deus nos abençoe com o romantismo renovado.
Dado Moura
Acesse a página sobre dicas de leitura
outros artigos relacionados na categoria Casais
Publicado no Blog Comportamento
Nenhum comentário:
Postar um comentário