"Quem já descobriu a Cristo deve levar Ele aos outros. Esta alegria não se pode conter em si mesmo. Deve ser compartilhada." (Papa Bento XVI)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A Bíblia como literatura


É preciso desmistificar as lendas sobre essa leitura

Denis Duarte explica, neste vídeo, a Bíblia como literatura. O objetivo do autor é desmistificar as muitas lendas acerca do Livro Sagrado.

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Denis Duarte
contato@denisduarte.com

Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

O pastoreio familiar


Padre Fábio de Melo
Foto: Robson Siqueira
Que beleza essa Palavra de Jesus, quando Ele olha para a multidão e percebe que ela precisa ser cuidada. Por isso, o Senhor faz a associação direta disso com uma multidão sem pastor. Pastor é para cuidar, não com olhos desconfiados de vigilância, mas com olhar zeloso. O pastor fica atento para o que a ovelha precisa. Jesus fala no contexto d'Ele, pois vivia no ambiente rural, mas nós trazemos o conceito do pastor com sua ovelha para aplicar na nossa vida, falamos da importância de cuidar bem da nossa família, para que ninguém a roube.

Qual é o grande significado de pastor no contexto de Evangelho? Pastor é aquele que está à frente de um determinado rebanho. O padre é o pastor de sua paróquia, o bispo é pastor de sua diocese, o Papa é o pastor da Igreja. Padre não tem outro significado que pai, eu sou seu pai pelo ministério sacerdotal que exerço, para cuidar de sua casa através das minhas palavras, do programa “Direção espiritual”, dos livros que escrevo.

Deus concedeu ao sacerdote o ministério de ser pai assim. Eu cuido das minhas ovelhas, por isso eu alerto vocês sobre as coisas nocivas que podem atingi-los, eu como padre preciso estar comprometido com a felicidade da sua casa. E aquele que está comprometido com a felicidade do outro fala palavras bonitas, ama as pessoas; o padre precisa ser um amante da humanidade. O povo merece a sabedoria e santidade dos padres.

A minha palavra de pastor é para convidar a você para ser pastor também, os padres não são os únicos responsáveis pelo pastoreio das ovelhas. Você é responsável pelo pastoreio de suas ovelhas na sua casa. O bom pai e a boa mãe é que ensina a criança a comer direito desde pequeno. O pastoreio das famílias começa nas panelas. O pastoreio da mulher começa na panela quando ela faz a comida. Não adianta estar dentro de casa, precisa exercer a autoridade dentro de casa. Você não pode ser uma mãe decorativa, a família não precisa ter uma mãe decorativa, a família precisa de uma mãe com as rédeas na mão. Você pai, não pode ser um repolho dentro de casa, todas as vezes que um filho vai até você, você diz para ele procurar a mãe.

As suas ovelhas estão dentro de casa, mas não está dentro de você, não está sobre seu comando. Não queremos encher a cabeça, queremos uma família tranquila, a mãe é uma banana decorativa, o pai é urso panda na sala, e onde está o pastoreio?

Para uma criança chegar a autonomia, ela precisa de adultos dando as rédeas. Não há nada pior nessa vida do que você se sentir sozinho, não falo de solidão do corpo, pois esta vai embora é só chegar perto de gente. Pior solidão é quando você não tem ninguém para falar o que sente e pensa. Você tem que pastorear sua esposa, seu esposo todos os dias, não é vigiar, é amar.
"Precisamos cuidar bem da nossa família para que ninguém a roube" Pe.Fábio
Foto: Robson Siqueira

Muitas mulheres que são casadas já estão solteiras a muito tempo, não tem com quem dividir pensamentos e sentimentos. No início é tudo tão lindo, o primeiro filho, o pai quer dar banho, ama com todas as forças no início e depois não suporta as mínimas coisas.

Existe tantos pais que amam somente o filho na infância e depois se cansa. Nós não podemos cansar do pastoreio. O pastor que vai ficando indiferente aos poucos vai perdendo a confiança. Se você descobre que seu marido está indiferente, você vai esfriando. É preciso do romantismo do início de namoro. Romantismo faz bem, tem que manter. Abrimos mão de fazer da nossa casa romântica. O pastor não pode ser indiferente ao rebanho que tem. As vezes fazemos de tudo para chamar a atenção do outro e não conseguimos e vamos ficando agressivo; quantas vezes a agressividade do filho é um pedido de socorro, “Pai seja meu pastor”.

Você pode ser engenheiro, médico, administrador, empresário, mas o principal ofício que você tem é ser pai, é ser pastor de sua casa. Muitas vezes jogamos o pastoreio de nossa casa para que outros façam, crianças que tem aulas das 7 da manhã até as 10 da noite. E que horas você dá a sua aula? Quem precisa mandar na sua casa é você. Vai ser pai, vai ser mãe, pelo amor de Deus, mergulhe na sabedoria, porque comandar a casa com burrice, é a pior coisa que existe. Vá se preparar para essa paternidade, vai ser um homem de oração. Quando Deus entra na nossa vida, fica mais fácil viver. Pai e mãe que reza educa muito melhor do que um pai que não reza. Para que você seja um bom pastor na sua casa, reze.

Não temos como fugir disso, enquanto eu tiver vida, eu quero continuar te ajudando, pois o que me interessa é a sua felicidade. Eu não faço milagre, eu quero ter fé, para ver os milagres acontecerem. Nunca se esqueça que o seu pastoreio é o maior milagre que você pode realizar nessa vida.


Padre Fábio de Melo

Publicado no Portal da Comunidade Católica Canção Nova

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O ipê à beira da estrada.

Não quero perder a capacidade de admirar as belezas do mundo. O ipê florido à beira da estrada é um imperativo que reconheço bíblico. Nele há uma fala de Deus me pedindo calma. A sacralidade da vida ganhou voz em estruturas singelas, e solicita que eu me proste.

É santo o que os meus olhos enxergam. A cor amarela encontra moldura no azul dos contornos do céu. Ao longe, o verde completa o quadro. Paira sobre a cena um mistério raro, como se houvesse uma névoa a me recordar que a raridade da beleza é uma epfania divina.

O meu desejo é deixar de seguir o caminho que me leva ao meu destino. Impossibilitado da parada, ouso diminuir a marcha. Quero a cena dentro de mim. Ouso rezar a Deus que me permita registrar na memória a beleza que não posso aprisionar.

Olho para os que passam. A velocidade dos carros não permite que os seus ocupantes vejam o que vejo. Eles estão privados da mística que só pode ser compreendida quando os passos perdem a pressa. Estão ocupados demais com suas urgências práticas. É preciso chegar. Há muitas iniciativas a serem tomadas e o tempo não pode ser perdido.

Enquanto isso, o ipê se ocupa de sua florada amarela. Cumpre no tempo a proeza de ser um sentido oculto e deslumbrante para os distraídos que o percebem.

Nele há uma pequena parte da beleza do mundo que tive a graça de descobrir. E só por isso diminuí o ritmo da minha vida.

Olhei com calma para sua beleza e nele percebi o sorriso do Criador. Sorriso de Pai, que vez em quando, faz questão que seus filhos diminuam suas velocidades para uma breve brincadeira redentora.

Eu aceitei. Brinquei com Ele. Fiquei mais feliz!

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Família Cristocêntrica


Padre Fabrício
Foto: Nara Bessa
A ação é própria do Espírito, que é perito em reviver, que faz novas todas as coisas, que tem poder de fazer a minha e a sua família reviver. Ação do Espírito só não acontece se o coração estiver fechado. A liturgia da Palavra promove essa renovação e a promessa desse encontro é fazer nova todas as famílias, valorizar aquele que uniu você e sua esposa, você e seus filhos e nos dá a noção da beleza que temos em casa. Precisamos ter a certeza da beleza de se ter uma família; a beleza da aliança, não somente a de ouro, mas beleza que Deus fez conosco. A aliança de um Deus que a todo tempo se esforça para se aproximar de nós, que toma a iniciativa de estar próximo de mim e de você.

A beleza se ter uma família, de ser casado, de se ter um sacramento só pode ser entendido a luz da beleza que Deus fez com a humanidade, que Cristo fez com a Igreja.

O que impede de enxergamos essa beleza do matrimônio, é ter os olhos ofuscados por outras realidades e não pela luz, pela beleza desse sacramento. A indissolubilidade, a fidelidade e a fecundidade que são características do sacramento do matrimônio, não foi criação de quem queria criar regras e característica, é espelho do relacionamento de Cristo com sua Igreja, que tem uma Aliança indissolúvel, que venha o que vier, Cristo permanece uma aliança fecunda.

Deus é perito em estabelecer aliança, e hoje quer restabelecer sua aliança matrimonial. O homem, a mulher, e Deus no meio, o sacramento do matrimônio faz isso, une o homem e a mulher em Deus. Isto é um sacramento que acontece no momento que recebo a benção, e não só na hora da benção, depois para onde eles forem, Deus vai junto.

É muito fácil unir um homem e uma mulher, isso não é sacramento, sacramento é quando o homem e a mulher são unidos na pessoa de Cristo. O amor que você tem pelo seu esposo é o mesmo amor que Cristo tem pela sua esposa.

Aliança firmada de um Deus que não escapole no momento de dificuldade. E a liturgia vai nos provocando a entender que muitas famílias estão perdidas, está se desmanchando porque resolveu largar o braço de Jesus e resolveu andar sozinho, mas Deus é capaz de restabelecer o sacramento. Um matrimônio que tenha Cristo no centro gera uma família cristocêntrica. Mas há muitas famílias lunáticas, porque não tem o Cristo no centro, que vivem no mundo da lua.
"Famílias serão reavivada pela coragem de proclamar o nome de Jesus"
Foto: Nara Bessa

Se Cristo está no meio, tudo o que passa na cabeça de um para chegar no outro passa primeiramente por Cristo e é santificado. Numa família lunática, cada um fica para um lado, cada um tem seu quarto, e como estão distantes não conseguem se ver, se reconhecer. Anda espalhada por ai, cada um no seu universo. Se fosse uma família cristocêntrica, Ele atrairia os para si, pois existe aliança. Mas também família lunática vai dando um jeitinho nas coisas, vai colocando pesos, pois não tem a atração de Cristo, o que faz uma pessoa andar na luar é o peso que eles tem na roupa.

Pode ser que na família lunática, o que está prendendo, que não faz largar é o dinheiro. Existe outro peso, o sexo, e quem disse que o casamento foi feito para sexo? É o sexo que foi feito para casamento, e você lunático, muitas vezes usa do sexo para prenderem seu esposo e esposa. Outro peso é o tempo, está cansado.

Teste para sua família, chegou o tempo das férias, para onde vocês vão? O marido vai para praia, a esposa para casa de campo, os filhos para colônia de férias. Nas férias tiram férias da família, família lunática. É coisa de família lunática que cada um queira viver suas férias do seu jeito, em cada lugar. Que diversão é essa que você vive longe da sua família. Se você está dizendo que não é você que deveria estar ouvindo isso, era seu vizinho, é assim que começa a ficar lunático, para de olhar para dentro de casa e fica olhando para fora. Se você não reconhece seu filho, é porque você foi se divertir fora e não viu seu filho crescer.

Se a família não é lunática, então é cristocêntrica. Quem é que está no lugar mais alto da sua casa? A família deixa de ser lunática, quando tem um centro de atração. E não adianta falar que tem uma cruz e uma imagem, eu estou falando de famílias consagradas, porque imagem no centro de macumba também tem e o senhor lá é outro.

A família cristocêntrica é do jeito da família de Nazaré, e o evangelho nos dá a receita certa, “não quero o sacrifício eu quero a misericórdia”. Você sai de casa, vai para o bar e depois fala que voltou para o inferno, para o sacrifício. A mulher, fica linda e bela no trabalho, e depois em casa é um sacrifício. Deus não quer que sua casa seja uma casa de sacrifício, Ele quer uma casa de misericórdia.

Se na sua casa tem limitação, isto significa que lá tem gente, não tem ET, gente que tem defeito, mas também significa que teremos que reviver a nossa família, proclamar o Senhor na nossa casa, temos que tomar o cuidado, de quem está sendo o Senhor da nossa família.
"O sacramento do matrimônio une o homem e a mulher em Deus"
Foto: Nara Bessa

Nós precisamos aprender a proclamar a benção dentro de nossas casas, a família lunática, cada um proclama um senhor nas páginas de internet no seu quarto, se a sua família não invocar Jesus como senhor, outros falsos senhores serão invocados.

O pai e a mãe tem força de abençoar, mas muito pai e muita mãe amaldiçoam a casa pela coisas que levam para dentro, pelos palavrões, pelos gritos. Quando você fala palavrão, você deixa de consagrar a sua casa a Deus e consagra aquela porcaria que você fala.

Famílias serão reavivadas pela coragem de proclamar o nome de Jesus, se entre um homem e uma mulher é proclamado o nome do Senhor, a aliança acontece, é sacramento.

Mas se na sua casa você proclama o nome do demônio, na hora de reclamar, você mancha o sacramento, fere o centro de gravidade da sua casa. Família refeita, é família que tem coragem de colocar Cristo no centro. Já ouviram falar de perdão, reconciliação? Família cristocêntrica sabe pedir perdão, sabe se reconciliar, permanecer junto, levantar os braços e invocar o nome de Jesus.






Padre Fabrício
Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Regiane Calixto
Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Tesouro de Jesus


Aquele que encontra esse tesouro fica cheio de alegria

Jesus disse que há um tesouro precioso, que carrega em si um grande desejo: produzir alegria em quem o encontra. Portanto, aqueles que o encontram podem encher-se de alegria.

O tesouro existe e a alegria é manifestada em quem o encontra. Ele contém a capacidade de produzir “automaticamente” essa alegria. Assim como quem tem uma habilidade, quer prová-la por intermédio do que faz, esse tesouro demonstra quem é pela alegria que produz em quem o encontra.

Mas, afinal quem é esse precioso tesouro e como encontrá-lo? Como é possível ter a garantia de que ele, de fato, produz alegria? Esta certeza nos foi dada pelo próprio Jesus. “O Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo” (Mateus 13,44).

Jesus garante que quem o [tesouro] encontra fica “cheio de alegria”.

Como e quando ele produz alegria? O próprio Senhor responde: Quando é encontrado. Caso não o seja, não consegue dar o fruto da alegria a que deseja.

Esse tesouro é o Reino dos céus. Esse tesouro é Jesus.

Quantos ainda não o encontraram! Quantos ansiosamente vivem buscando a alegria. Encontram outros falsos tesouros, com aparência de verdadeiros, mas falsos. Alegram-se quando os encontram, mas essa alegria é efêmera, passageira. São tesouros ocos, vazios. São os ídolos. Tesouros que não são capazes de preencher o vazio, mesmo depois de terem sido encontrados.

São os tesouros do prazer, do dinheiro, do ter a roupa ou tênis de marca. Ou, ainda, os tesouros da droga, da bebida, do sexo. A alegria que produzem, infelizmente, logo a seguir pode transformar-se em tristeza.

A possibilidade de sentir tristeza foi Deus mesmo quem a deu. A tristeza deveria despertar nas pessoas a saudade e o desejo de retornar a Deus. Assim como fez o filho pródigo. Ele retornou ao verdadeiro tesouro, onde estava a verdadeira alegria: Junto do Pai, do qual jamais deveria ter se afastado.

Tarefa do missionário

Esta é a tarefa do missionário: apresentar o verdadeiro tesouro: JESUS.

Tesouro verdadeiro que produz a verdadeira e permanente alegria. Alegria que acontece com quem é apresentado ao tesouro (o evangelizado). E alegria que experimenta o que apresenta o tesouro (o evangelizador). “Porque eis que se pode dizer com toda verdade: Um é o que semeia outro é o que ceifa” (João 4,37). Esta é a graça da missão. Este é o privilégio do missionário: ver rostos se encherem de alegria por encontrar o precioso tesouro: Jesus.

Entre neste grupo! Seja um missionário e experimente esta alegria!

Reze pelos missionários.

Há tanta gente triste porque ainda não encontrou o verdadeiro tesouro. Entremos nessa e aproveitemos as oportunidades que temos de apresentar a quem não conhece o Maior de todos os Tesouros: Jesus.

Padre Alir Sanagiotto, SCJ

Publicado no Portal da Comunidade Católica Canção Nova

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Matrimônio é território santo


Padre Fábio de Melo
Foto: Robson Siqueira
O amor só pode ser eterno à medida que vivermos a conquista do outro todos os dias. E isso só a partir do momento em que o amor de Deus incendiar a nossa vida.

Ouvir esta música (Incendeia a minha alma) falando de fogo, vem ao encontro da Palavra que Deus me deu como motivação para pregar hoje. Nunca fico muito preocupado com que vou pregar, porque se tem uma coisa de que tenho certeza é de que Deus não me desampara.

Em meu coração veio a imagem da sarça ardente, que está em Êxodo 3,1ss: "1.Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Um dia em que conduzira o rebanho para além do deserto, chegou até a montanha de Deus, Horeb. 2.O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama (que saía) do meio a uma sarça. Moisés olhava: a sarça ardia, mas não se consumia. 3.“Vou me aproximar, disse ele consigo, para contemplar esse extraordinário espetáculo, e saber porque a sarça não se consome.” 4.Vendo o Senhor que ele se aproximou para ver, chamou-o do meio da sarça: “Moisés, Moisés!” “Eis-me aqui!” respondeu ele. 5.E Deus: “Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa.

Nós só podemos ser livres quando temos dono, mas um dono que nos administre para o amor e para a liberdade. O meu Dono [Deus] me ama, tem apreço por mim! Não vai me sugerir nada que vá me fazer mal, porque Seu dom é amor. Ele não escraviza ninguém.

Para ter fogo é preciso ter lenha. Deus é o fogo. Nós precisamos ser essa lenha onde Ele queime. O Todo-poderoso não faz milagres para mostrar o Seu poder apenas, mas todas as manifestações do Senhor são para conquistar o coração que está ali. Ele assim fez com Moisés. A conquista vem através de coisas bonitas. Se você vai receber amigos, você dá o melhor. Busca um jeito de manifestar o amor. É isso que Deus fez com esse profeta.

O 'bonito' não se limita a um atrativo estético, interior. É você perceber algo a mais. É descobrir que alguma coisa daquela beleza supera as suas formas. É algo maior que me chama, que fala de mim, como se aquela beleza fosse algo que me falta.

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. No meio de tanta gente, alguém se torna especial pra você e você se aproxima.
Amar é você começar a descobrir que numa multidão, alguem não é multidão.
O amor é essa capacidade de retirar alguém da multidão, tirar do lugar comum, para um lugar dedicado, especial. Alguém descobriu uma sacralidade em você.
"Quando você chegou na vida do outro, ele já pertencia a Deus"
Foto: Robson Siqueira
Quando alguém se aproximou foi porque você gerou um encanto. O outro se sentiu melhor quando se aproximou de você. A beleza da totalidade que você tem faz o outro melhor. A primeira coisa que o amor esponsal e conjugal cura são as orfandades que a vida nos colocou.

Algumas vezes a esposa é meio mãe do marido. É amor de complementos. Ser em pequenas medidas aquilo que o outro precisa que eu seja. Está fascinado? Está encantado? Tira as sandálias dos pés. Este território é santo! Não acredito em um casamento que não tem Deus na história. Como o seu marido vai reconhecer a sacralidade do seu coração se ele não traz a consciência de todo o sagrado que você é?

Namoro tem que começar assim: “Tira as sandálias dos pés, eu não sou um território qualquer”. O primeiro encanto tem que ser essa consciência de que se Deus lhe deu esta pessoa, Ele é dono antes de você.

O amor quando não é amor, vira competição, disputa. Por isso o amor que é iniciado e mantido em Deus será sempre um amor de promoção do outro.

O casamento é um encantamento pelo o outro, que vai ganhando sentido quando o vou conhecendo. O amor para ser verdadeiro tem que passar pelas fases da descoberta. Você tem que saber quem é outro.

A grande lição para quem se casa é esta: todos os dias você precisa se aproximar do outro e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante dessa 'sarça'.
Marido agressor tem que ir pra cadeia. Agressão é crime.

Eu convido você para pensar: o que é que você faz com a sarça que arde no coração de quem você casou?
Sera que em algum momento vocês se esqueceram do valor que têm? Que o outro não é um território qualquer onde eu posso banalizar?

O casamento é essa oportunidade bonita de se ajoelhar diante de alguém, de ter essa parte de Deus em sua vida. Como que você vai agredir a sua própria carne? Vocês são uma só carne!
"O amor que é iniciado e mantido em Deus é sempre um amor que promove o outro"
Foto: Robson Siqueira
Quando você chegou na vida do outro, ele já pertencia a Deus. Eu não posso apagar esse fogo de Deus que já existia nele, nela.

Casamento em que o outro é opressão, não é amor. O amor leva para o alto!
Se vocês não se promovem mais, significa que vocês estão esquecendo a vocação primeira do matrimônio: o de acender o fogo do amor, da dignidade e da felicidade do outro.

O sexo errado na vida de um casal é a porta por onde o diabo pode entrar para fazer do outro um objeto. Cuidado com o que vocês trazem para a vida sexual de vocês, para não fazer o outro se sentir um objeto, uma prostituta (o).

Não levem para vida sexual instrumentais diabólicos. Que coisa ridícula a mulher se vestir de 'coelhinha', ou o marido de 'batman' ou sei lá de quê. E ainda vem com a desculpa de dizer que isso é para 'incrementar' a relação. Se o amor que você tem por ela não for o melhor incremento, esqueça!
Sejam criativos sim, mas sem perder a dignidade. A maior criatividade da vida sexual e para que vocês se sintam amados é carinho, afeto, dedicação!

Cuidado porque a roupa de coelhinha, professorinha, e etc, pode fazer seu marido esquecer que você é sagrada. Cuidado com essa mentalidade mundana que está transformando as mulheres e homens em objeto. O incremento da vida sexual é carinho, afeto, dedicação. Isso nos faz sentir amados!
Se não tem amor, depois do prazer você joga o outro fora. O amor do outro tem que lhe promover na sua dignidade.

O único objetivo do diabo tem é apagar nossa dignidade. Se você faz parceria com o diabo o seu casamento está em risco. Se você permite que sua dignidade seja atentada, põe o seu casamento em risco.

Abra os olhos na forma de educar seus filhos. E pense no amor que vocês dispensam um ao outro. Você não tem direito de tratar um ao outro de qualquer jeito.

Este corpo que você está abraçando, é território santo. É 'sarça' que precisa arder. É vida que precisa continuar iluminada e continuar na dignidade. Que precisa ascender, ir pro alto!

Padre Fábio de Melo
Padre que evangeliza como cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.

Transcrição e adaptação: Nara Bessa
Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 16 de julho de 2009

As coisas vão de mal a pior. O que fazer?

Se sua casa se tornar um santuário de oração, acredite: ela será visitada por Anjos. Mais ainda: o Anjo da guarda estará muito presente nela. Você não estará sozinho.

Muitas vezes, estragamos tudo porque queremos fazer as coisas por nós mesmos. É preciso que aconteça radicalmente o contrário. Ore, peça, interceda e tenha certeza: o próprio Senhor vai fazer com que o Anjo da guarda de cada pessoa da sua família entre em ação para trazer a paz, a concórdia, a libertação e a saúde de que precisam.

Quanto à educação das crianças: confie seus filhos ao Anjo da guarda de cada um deles; peça a este [Anjo] que lhe dê sabedoria para educá-los, e ele irá derramá-la em sua mente e em seu coração; também vai corrigi-lo em coisas que você não deve fazer. Se você ouvi-lo e obedecê-lo, obterá a sabedoria de que precisa para educar os pequenos.

Se as coisas vão de mal a pior é porque nossa vida e nossa casa não têm sido um lugar de oração; pelo contrário: nosso lar tem sido local onde todo o mundo xinga, briga, se ofende; onde há muita pornografia, adultério... e onde, infelizmente, não se reza.

Chegamos ao ponto de ver pais que têm vergonha de abençoar seus filhos. E filhos que não sabem pedir a bênção aos genitores. As pessoas têm vergonha até de fazer o sinal-da-cruz... Adoram a televisão: passam horas diante dela... e toda espécie de sujeira entra pelos olhos, ouvidos e coração. Com tudo isso, é claro, não se consegue ter tempo para rezar um terço, para unir a família em oração, para ler a Bíblia. Tem-se vergonha de Deus! Por isso as coisas vão de mal a pior.

Tudo vai depender de você. Se os outros não querem rezar, disponha-se a fazê-lo: reze você! E saiba: além dos Anjos de Deus, infelizmente a Palavra nos diz que existe uma multidão de espíritos malignos, de anjos decaídos – desobedientes e rebeldes – que estão também ao nosso redor. Vejamos na Carta de São Paulo aos Efésios:
“Para terminar, armai-vos de força no Senhor, da sua força onipotente. Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, os Poderes, os Dominadores deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus. Lançai mão, portanto, da armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer de pé, tendo recorrido a tudo” (Efésios 6,10-13).

Compreenda: você não luta contra seu marido que bebe; nem contra sua mulher que caiu na infidelidade ou contra seu filho que entrou para o mundo das drogas. O maior perigo não são as forças humanas, mas as forças espirituais do mal. São espíritos malignos que querem nos destruir. Destruir casamentos, nossos lares, nossas famílias.

O grande segredo é compreender que não somos nós que lutamos contra os espíritos malignos, nem temos forças para enfrentá-los. Seríamos tolos se quiséssemos fazer isso. Quem luta contra eles são os Anjos do Senhor. Quem os sustenta na batalha somos nós, com nossas orações. Anjos bons lutam por nossa causa, para nos defender. É disso que São Paulo nos fala: “Há uma luta espiritual nos ares, nesse mundo de trevas”. E como daremos a vitória aos Anhos que lutam por nós? A resposta está no mesmo capítulo do livro de Efésios:
“Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos” (Efésios 6,18).

Aí está a solução: “Intensificai as vossas invocações e súplicas por todos os cristãos”.
Como Tobit e Sara, apresentemos a Deus o nosso coração angustiado e nossos problemas. Oremos ao Senhor para que os Anjos possam guerrear a nosso favor, e a vitória acontecerá.

(Trecho do livro "Anjos: companheiros no dia-a-dia" de monsenhor Jonas Abib.).

Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Navegar sem risco de naufragar


Internet, o que ler neste oceano de informação?

Alguns anos atrás, quando era preciso fazer uma pesquisa escolar, o local mais indicado para se obter informação era a biblioteca. Fazer a busca de um tema em várias prateleiras, folhear dezenas de livros, transcrever ou fazer cópias de algum conteúdo para iniciar um trabalho são coisas do passado. Muitas de nossas crianças jamais entraram numa biblioteca com esse objetivo. A internet mudou o ritmo de vida das pessoas mais velhas e incorporou-se de maneira anatômica ao cotidiano da nova geração.

De acordo com a estatística da Netcraft de junho de 2009, estão à disposição dos usuários mais de 238 milhões de sites, que são grande fonte de informação e entretenimento.

Com tantas possibilidades de escolha de conteúdo, cresce também, de maneira proporcional, a preocupação de pais e formadores com relação ao que está sendo acessado pelos filhos. Para isso, há muitos programas que auxiliam na filtragem de conteúdos impróprios, mas sabemos que quando há interesse em romper uma regra, outras possibilidades são criadas.

O acesso à web, atualmente, deixou de ser exclusividade dos computadores. Os telefones celulares, hoje, são equipamentos multifuncionais no sentido mais amplo da palavra. Por intermédio desses aparelhos é possível assistir TV, fotografar, filmar, ouvir rádio... e acessar a internet. Dessa maneira, se há algum computador com programas de restrições em casa, o telefone móvel é a saída para quem deseja romper ou burlar normas.

Como todo utensílio, a internet pode ser utilizada tanto para o bem quanto para o mal. E para não permitir que alguém venha a naufragar nesse oceano de informação, uma opção seria a conscientização dos objetivos a que se pretende alcançar, quando a pessoa se dispõe a acessar a rede.

O conhecer nos transforma e traz vida por meio de uma nova perspectiva. Assim, o contato com a informação favorece, a cada um de nós, a abertura ao aprendizado e como resultado nos traz a transformação da nossa consciência.

Conteúdos pornográficos, de baixo nível ou de informações irrelevantes nos deixam como herança o vício de um vocabulário chulo ou de hábitos impróprios, tanto para jovens como para adultos.

Diante da necessidade de uma navegação segura cabe a cada um de nós, internautas, zelar por aquilo que estamos absorvendo como conhecimento. Pois nossos hábitos refletem aquilo que costumamos acolher.

Para os formadores de opinião, responsáveis pela manutenção de um site, o desafio está em tornar seu conteúdo relevante a ponto de se destacar entre os demais por sua importância, contribuindo com o desenvolvimento da formação humana e com a credibilidade das informações contidas neste celeiro virtual. Dessa maneira, asseguramos a liberdade de navegação para todos que entenderam o verdadeiro propósito da rede mundial de computadores.

Um abraço,

Dado Moura
contato@dadomoura.com



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Publicado no Blog Comportamento

terça-feira, 14 de julho de 2009

Para quem devo contar minha dor?



Terça, 14 de julho de 2009
Para quem devo contar minha dor?


Num mundo com valores tão confusos, é preciso ter muito zelo com o que sentimos e nos faz sofrer. Este mesmo mundo também está disposto a nos ensinar a jogar a dor fora, como lixo e como coisa ruim que de nada serve.

Entretanto, antes de falar por aí que você está sofrendo, experimente se perguntar se essas dores não são também mestras da sabedoria do viver. Falando aos outros, queremos, na verdade, retirá-las de nós e os resultados você também já experimentou.

Que tal guardá-las um pouquinho, meditar com elas, rezar com o que provocam em você e amadurecer?

Assim, mais do que levá-las a alguém, vamos crescer na sabedoria e desenvolver a habilidade de caminhar entre espinhos.

É você quem escolhe!


Assim que puder, me conte seus avanços no blog.cancaonova.com/ricardosa..

Com carinho e orações,


Seu irmão,
Ricardo Sá

Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Sangue de Cristo


Hoje esse Sangue redentor está à nossa disposição

O mês de julho a Igreja dedica ao preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. O Sangue de Cristo representa a Sua Vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. Quem for batizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo Sangue de Cristo.

Em cada Santa Missa a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza este Sacrifício de Cristo pela Redenção da humanidade. Em média, a cada quatro segundos essa oferta divina sobe ao Céu em todo o mundo.

O Catecismo da Igreja ensina que mesmo que o mais santo dos homens tivesse morrido na cruz, seria o seu sacrifício insuficiente para resgatar a humanidade das garras do demônio; era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer este sacrifício; então, o Verbo divino, dignou-se assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.

“Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,8-9).

São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus, mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe1,19)

Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar pela fé; somos justificados por esse Sangue ensina S. Paulo:

“Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9).

Ele está à nossa disposição também no Sacramento da Confissão; pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o seu precioso Sangue. Infelizmente muitos católicos ainda não entenderam a profundidade deste Sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na Confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.

Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso parar para adorá-lo no Seu Corpo dado a nós. Infelizmente muitos ainda comungam mal, com pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o Sangue Real e divino lave a alma pecadora e doente.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Publicao no Portal da Comunidade Católica Canção Nova

quarta-feira, 8 de julho de 2009

"É necessário que você se renda a Deus"

Teve início às 20h a Missa que abriu o XXVIII Congresso Nacional da Renovação Carismática Católica (RCC) na sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). A Celebração Eucarística foi presidida pelo Arcebispo de Palmas (TO) e assistente espiritual da RCC, Dom Alberto Taveira Corrêa e concelebrada por sacerdotes de todas as regiões do Brasil.

Na homilia, relacionando a liturgia do dia com o tema do Congresso, "Jesus Cristo é o Senhor", Dom Alberto recordou que: "O Espírito Santo nos faz proclamar que Jesus é o Senhor (...) É necessário que você se renda a Deus".

Missa de abertura do Congresso Nacional da RCC
Foto: Regiane Calixto


No início da Missa, Dom Alberto saudou a Comunidade Canção Nova, o Bispo da Diocese de Lorena, Dom Benedito Beni, os presbíteros e diáconos presentes, os membros da RCC e todos os que acompanhavam a abertura do evento através dos meios de comunicação.

Antes da Missa, em entrevista ao cancaonova.com, o assistente espiritual da RCC considerou que "todo congresso da Renovação Carismática Católica "é uma oportunidade preciosa de formação, encontro, intercâmbio de experiências e de exercícios daquilo que é próprio da renovação, o exercício dos carismas". "A Renovação sai crescida de cada congresso e nós temos a certeza de que este ano acontecerá a mesma coisa", assegurou.

Dom Alberto ressaltou ainda que, no início deste Congresso, traz no coração o desejo de que todos os participantes tenham um encontro "mais precioso com Jesus Cristo" e afirmou: "Jesus Cristo é o Senhor. É o que nós queremos proclamar".

"Muitas vezes deixamos que Deus tome conta da nossa oração, mas, não deixamos que Ele tome conta do nosso coração, e por isso, muitas vezes trazemos a idolatria ao dinheiro ou a prisão por alguns afetos e isso não deixa que nos abandonemos inteiramente a Deus", disse durante a homilia.

"Tome a sua decisão rápido, imediatamente". Após esta exortação, que finalizou a homilia, o arcebispo conduziu um forte momento de clamor por cada Diocese do Brasil. "Para que respondam aos apelos do tempo atual, para que respondam ao apelo de Deus", orou. Em seguida convidou todos a rezarem pelo Papa Bento XVI e definiu o atual Pontífice como um "homem escolhido pelo dom do Espírito para conduzir a Igreja de Jesus Cristo e que conta com a oração da nossa Igreja". Recordou-se, ainda, do Ano Sacerdotal e orou por todos presbíteros. Cada concelebrante foi motivado a impor as mãos sobre o povo e clamar pela efusão dos dons do Espírito Santo.

Ao final da Celebração, a secretária-geral, Maria Beatriz Vargas, e, em seguida, o presidente da RCC no Brasil, Marcos Volcan, deram boas vindas ao congressistas e às autoridades religiosas presentes. "Estamos para proclamar e viver o que é excelência da nossa pregação: 'Jesus Cristo é o Senhor' (...). Não viemos como mestres, mas, como aqueles que querem aprender do Senhor", concluiu.

Assista ao vídeo: Dom Alberto após Santa Missa






XXVIII Congresso Nacional da RCC
Publicado no Portal da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ninguém está livre das crises de relacionamento

Viver bem um relacionamento significa assumir o objetivo de um compromisso pautado no equilíbrio. Podemos ter anos de convivência conjugal, sem com isso anular a nossa identidade ao nos relacionarmos com nosso cônjuge.

Dessa forma, no decorrer dos dias, apesar da reta intenção, vamos descobrindo que, apesar do longo convívio, não estamos isentos de desavenças pertinentes às nossas vidas.

Ao iniciarmos uma vida a dois, traçamos projetos e idealizamos uma convivência livre de transtornos, mas, por mais que acreditemos na infalibilidade de nossas metas, podemos testemunhar alguns erros na administração de alguns conflitos quando surgem divergências de opinião.

Se há uma coisa da qual não podemos nos vangloriar é a respeito da nossa superioridade quanto às crises e dificuldades durante nossas vidas. Mesmo aqueles que sustentam uma saudável convivência, é perfeitamente natural que, vez por outra, também tenham de enfrentar suas falhas.

Por melhores que sejam nossas relações, ainda assim, jamais estaremos livres dos choques de opinião. Cedo ou tarde, o número de pessoas com as quais nos relacionamos cresce e numa família, apesar dos conflitos (o que é normal), não podemos transformar nossa casa numa arena na qual somente o mais forte sobrevive.

Não será na elevação do tom de voz ou na imposição da autoridade que faremos alguém nos ouvir ou ser convencido daquilo que argumentamos. Muitas brigas e debates alcançam drásticos desfechos quando a consciência é dirigida por uma razão irredutível ou sedenta de vencer uma discussão a qualquer custo. Mesmo que para isso seja necessário interromper o discurso da outra pessoa com frases do tipo: “Você sempre diz a mesma coisa!”; “É assim que eu quero que seja!” ou “Você nunca fez isso ou aquilo”… Suprimindo, dessa forma, o direito de fala do outro e sem apresentar uma solução plausível à questão em pauta.

O entendimento diante dos impasses acontece quando há uma troca de ideias e o monólogo cede lugar ao diálogo.

Graças às exigências dos nossos convívios, somos impulsionados a nos “desinstalar” de nossa autosuficiência. Reconhecer nossa fraqueza ou nossa impotência em assimilar algo novo, não minimiza nossa integridade, mas nos faz nos unir, mais uma vez, com a pessoa, seja o cônjuge ou filhos, na intenção do propósito assumido.

Tornar a nossa opinião clara e objetiva – diante dos inevitáveis impasses – é o que faz com que um diálogo flua. Dessa forma, devemos atentar para o modo como tratamos as divergências, pois, a habilidade em resolver uma questão delicada está na maneira como alcançamos seus resultados. Assim, aprenderemos nesse percurso a acolher as ideias da outra pessoa, percebendo que, em muitas ocasiões, “perder” numa discussão pode significar ganhar em conhecimento a partir de outra perspectiva.

Deus abençoe

Dado Moura

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Publicado no Blog Comportamento